domingo, 22 de fevereiro de 2015

Governo relança plano para melhoria do ambiente de negócios


O Governo da Guiné-Bissau pretende relançar um plano de ação para melhoria do ambiente de negócios no país, anunciou hoje o Ministério da Economia. A proposta vai ser analisada amanhã, durante uma conferência dedicada ao tema, numa unidade hoteleira de Bissau, e que deverá juntar os diferentes agentes da vida económica do país.

"Os desafios ao desenvolvimento do setor privado na Guiné-Bissau são consideráveis. O acesso ao financiamento e o ambiente de negócios constituem os principais constrangimentos", justifica a secretaria da Estado do Plano e Integração Regional no documento de apresentação da iniciativa. Lusa

CINEMA: "O Espinho da Rosa" representará a Guiné-Bissau no FESPACO, a maior montra do cinema africano




Depois de 9 prémios internacionais conquistados, e agora com o apoio do INCA - Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual, o filme "O Espinho da Rosa", do cineasta Filipe Henriques, vai representar a Guiné Bissau no FESPACO, maior festival de cinema africano, que se realiza no Burkina Faso. AAS

FMI, missão em Bissau


Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) está em Bissau até quinta-feira para apreciar a situação do país depois de ter recebido um empréstimo da instituição, anunciou o Ministério da Economia e Finanças guineense. O objetivo da visita passa por "avaliar o desempenho económico, ao abrigo da modalidade de crédito rápido, aprovado pelo FMI em novembro", refere em comunicado.

Na altura, foi aprovado um empréstimo de 5,4 milhões de dólares (4,7 milhões de euros) ao Governo da Guiné-Bissau para fazer face às despesas urgentes e para pagamento de parte da quota do país para com a organização.

A urgência, justificou o FMI, devia-se ao facto de as novas autoridades da Guiné-Bissau (eleitas em 2014) terem herdado "uma situação difícil" em termos de tesouraria "após dois anos de perturbações económicas" na sequência do golpe de Estado militar de 2012.

A situação era caracterizada por "quebra nas receitas do Estado, salários atrasados dos funcionários públicos, queda do Produto Interno Bruto (PIB) em dois por cento e um aumento drástico" dos níveis da pobreza no país. Tal como no último ano, a missão é liderada pelo economista Félix Fischer.

O programa de crédito rápido representou "uma primeira etapa da normalização" de relações entre o FMI e Bissau, com o objetivo de dar um sinal de confiança às novas autoridades, referiu. Posteriormente, a instituição financeira admite discutir um programa de financiamento a três anos. Lusa

Ó progressistas...copiem e colem: OBSCENAS


E não OBESCENAS...que cena, meus! Até a copiar dão erros...catano, pá!



Carta para a editora portuguesa do italiano Roberto Saviano


Enviada para:
Editora Objectiva, e Penguin Random House,
Roberto Saviano.

"Caros senhores,

Chegou-me às mãos em Cabo Verde, onde vivo, o livro "ZeroZeroZero" do italiano Roberto Saviano. Chegado à página 419, as minhas melhores expectativas caíram por terra.

Escrevi então no meu blogue:

"Forte mintida (Grande mentira)

Mentira. Do 'Mamadu'?, do Roberto Saviano no seu 'ZeroZeroZero'? - isso não sei. O que sei é que se alguém testemunhou tudo nessa trágica noite do assassinato do Presidente da República 'Nino' Vieira, esse alguém fui eu - seu vizinho. E não, não vi Mamadus nem Savianos; não vi carros e menos ainda ouvi derrapagens. Mentira. "Transeuntes aterrorizados", sim, mas dentro da casa e não na rua..."no chão, o corpo cravejado de um homem desconhecido"..."Só no dia seguinte, olhando de esguelha para os TÍTULOS DOS JORNAIS, Mamadu descobriu que se tratava do Presidente da República" Títulos dos jornais??? Que jornais? 'Nino' foi assassinado de madrugada, capisce? Kkkkk...ó Saviano! AAS

Link: http://ditaduradoconsenso.blogspot.com/2015/02/forti-mintida.html

Está claro que a vossa editora nada tem que ver com o colorido do Saviano, mesmo assim entendi que devia contactá-los. Ou seja, Saviano não falou com nenhum Mamadu - que não existe, porque nada disso aconteceu.

Outra falha grave a fechar o capítulo Guiné-Bissau, vem na página 431: "Fiz as contas", diz-me Mamadu. "À trigêsima entrega, já terei posto de parte dinheiro suficiente para lhe oferecer um jantar num restaurante elegante de Lisboa."

Outra inverdade, pois eu, enquanto jornalista de investigação no extinto semanário O Independente sei muito bem quanto é que uma mula recebe por viagem: nunca menos de 1.000€ - e isso, meus caros, daria para um ou mais jantares elegantes em qualquer restaurante do mundo.

Peço desculpa pela inconveniência, e desejo um bom ano a todos os vossos colaboradores.
António Aly Silva"

sábado, 21 de fevereiro de 2015

DROGA: Suspeito detido em Bissau


A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau deteve um homem suspeito de tráfico de droga à chegada ao aeroporto internacional do país, proveniente de Lisboa, disse à Lusa fonte daquela força policial. O suspeito, de 36 anos, de nacionalidade togolesa, ingeriu cápsulas de cocaína em quantidade ainda por apurar e viajou para Bissau no único voo directo semanal entre Lisboa e a capital guineense, referiu. De acordo com a mesma fonte, suspeita-se que agisse como um "correio de droga". A detenção deu-se pelas 14h00 e o homem encontra-se nas instalações da PJ, em Bissau.

PONTO DE ORDEM: Recebi alguns emails com queixas (devo dizer queixinhas?) por não publicar "nada" sobre o Fafali Koudawo. Mentira. Eu dei a notícia do seu desaparecimento físico. Vamos então acabar com isto: eu não conhecia o Fafali, nunca bebemos um café. De resto, nunca me foi apresentado. Como querem que fale de alguém que não conhecia? Que a terra lhe seja leve. Boa noite. AAS

... Retrocesso nacional




"OBECENAS"?, "MAIS"?, "PODEREOS": NÃO!

'Obscenas', 'mas', 'poderemos': SIM

Queiram por favor compreender...;)

NOTÍCIA DC: A partir do dia 17 de Março, a EuroAtlantic passa a fazer dois voos para Bissau- às terças e sextas-feiras. A boa notícia, é que o Governo guineense não tem de pagar mais por esse segundo voo. AAS

INTERNET LIVRE/PRAÇA dos HERÓIS NACIONAIS: O Primeiro Ministro, Domingos Simões Pereira, inaugurou esta manhã, depois de uma marcha do aeroporto à Praça dos Heróis Nacionais, a segunda praça de internet no País. Na cerimónia, pediu ao Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira que trabalhasse no sentido de serem abertas mais praças com acesso livre à internet, mas com incidência no interior do País. AAS

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

MNE guineense visita Luanda


O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa, efectua uma visita oficial a Angola, a partir da próxima segunda-feira, dia 23, no âmbito do reforço da cooperação entre os dois países.

De acordo com a Direcção de Comunicação Institucional e de Informação do Ministério angolano das Relações Exteriores (Mirex), o governante guineense chega à capital angolana no fim-de-semana e segunda-feira de manhã é recebido, em audiência, pelo chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti.

O Comunicado de Imprensa do Mirex indica que durante a sua permanência em Angola, José Mário Lopes terá também encontros de trabalho com outros membros do Governo Angolano, não especificados na informação. Portalangop

ONU:Guiné-Bissau está a passar por uma "situação animadora"


A Guiné-Bissau está a passar por uma "situação animadora", considerou hoje o representante da ONU para a África Ocidental, Mohamed Chambas, no segundo dia de visita ao país.

A nação vive "uma situação animadora" para encetar "o desenvolvimento pós-conflito em todos os aspetos", referiu, à saída de um encontro com o Presidente da República guineense, José Mário Vaz.

"Esperamos que, com o apoio dos parceiros na mesa redonda de dia 25 de março, possamos acelerar o desenvolvimento", acrescentou. A Guiné-Bissau está a organizar uma mesa redonda de doadores internacionais (países e outras entidades) para 25 de março, em Bruxelas, com vista a angariar fundos para o plano estratégico de desenvolvimento do país.

Um novo governo e presidente foram eleitos em 2014 depois de o país ter estado entregue a autoridades nomeadas a seguir a um golpe de Estado militar em 2012. Mohamed Chambas assumiu o cargo de representante da ONU para a África Ocidental em setembro de 2014 e esta é a primeira visita no cargo à Guiné-Bissau, com o propósito de se inteirar da situação do país.

O dirigente desvalorizou eventuais divergências na política interna guineense, entre o primeiro-ministro e o Presidente da República, depois de questionado pelos jornalistas sobre se o tema foi abordado no encontro de hoje com o chefe de Estado.

"É natural que cada país tenha os seus conflitos institucionais. Isso não é anormal", referiu, acrescentando: "há exagero nessa questão". Chambas considera que numa "democracia jovem", como a da Guiné-Bissau, haverá confronto político de tempos a tempos, mas também diálogo e o país acabará por "aprofundar a democracia".

No segundo e último dia de visita a Bissau, o representante da ONU visitou também as instalações da Polícia Judiciária, em que foi apresentada a Unidade de Crimes Transnacional - que agrega diferentes forças de segurança guineenses.

No final, considerou a organização da mesa redonda de doadores igualmente importante para a "angariação de recurso para combate ao crime internacional". Lusa

UM HOMEM, UM VOTO. VOTE NA SONDAGEM DO DITADURA DO CONSENSO. MAIS TARDE OU MAIS CEDO, O SEU BLOG DE REFERÊNCIA VERDADEIRAMENTE UNIVERSAL.


GUINÉ-BISSAU/CABO VERDE: Cerca de 40 empresários caboverdeanos chegam a Bissau no próximo dia 4 de março. A visita acontece depois do 'desafio lançado pelo Primeiro-Ministro guineense, Domingos Simões Pereira, durante a visita oficial que efectuou a Cabo Verde há duas semanas. Os empresários ficarão quatro dias na Guiné-Bissau. AAS

'Caso gerador e frio': Ministério Público arquiva processo contra MNE Mário Lopes da Rosa


O Ministério Público, mandou arquivar um processo de alegada apropriação de bens do Estado por parte do ministro dos Negócios Estrangeiros, Mário Lopes da Rosa, anunciou hoje o advogado do governante. "O processo chegou ao fim com o arquivamento definitivo porquanto os elementos que foram apurados permitiram concluir que não houve qualquer intenção criminosa", referiu o advogado, Carlos Pinto Pereira.

O Ministério da Administração Interna, que tutela as forças de segurança, anunciou em agosto do último ano a apreensão de um gerador elétrico e equipamento de frio para conservação de pescado que estava em casa de um familiar de Mário Lopes da Rosa.

De acordo com a denúncia de um funcionário do Estado, o governante ter-se-ia apropriado do material enquanto foi ministro das Pescas (no governo de transição, entre 2012 e 2014).

O advogado referiu hoje que a intenção de Mário Lopes da Rosa foi "guardar o equipamento, porque os beneficiários", uma cooperativa de pescadores, "não estavam preparados para o receber". "A atitude tomada era do conhecimento de toda a equipa do Ministério, do ex-primeiro-ministro, outros membros do Governo e deputados da Assembleia Nacional Popular (ANP)", referiu.

De acordo com Carlos Pinto Pereira, provou-se que "não houve qualquer intenção [do governante] de se apropriar de equipamento do Estado". "Neste momento não existe qualquer processo contra Mário Lopes da Rosa, ministro das Pescas de então", sublinhou.

Carlos Pinto Pereira falava à porta do Ministério da Administração Interna, em Bissau, que hoje vai entregar o material retido à Cooperativa de Pescadores da Região de Biombo. O equipamento vai servir para melhorar as condições de conservação do peixe fresco até chegar ao mercado, explicou aos jornalistas o presidente da Cooperativa de Pescadores, Papa Cá, enquanto esperava pela entrega.

Em resposta à agência Lusa, Carlos Pinto Pereira aproveitou ainda o momento para tecer críticas à forma como o processo surgiu. "Pareceu-me inconcebível que um membro do Governo levantasse acusações contra outro, sem o ouvir. Este processo nasceu mal, mas acabou bem", concluiu.

Em agosto de 2014, o Ministério da Administração Interna (dirigido pelo ministro Botche Candé, entretanto demitido) anunciou a apreensão dos equipamentos e um porta-voz referiu que a alegada apropriação se tratava de "um ato vergonhoso para o Estado" guineense. Lusa

M/N: Hum...AAS

Forti mintida


Mentira. Do 'Mamadu'?, do Roberto Saviano no seu 'ZeroZeroZero'? - isso não sei. O que sei é que se alguém testemunhou tudo nessa trágica noite do assassinato do Presidente da República 'Nino' Vieira, esse alguém fui eu. E não, não vi Mamadus nem Savianos; não vi carros e menos ainda ouvi derrapagens. Mentira. "Transeuntes aterrorizados", sim, mas dentro da casa e não na rua..."no chão, o corpo cravejado de um homem desconhecido"..."só no dia seguinte, olhando de esguelha para os TÍTULOS DOS JORNAIS, Mamadu descobriu que se tratava do Presidente da República" Títulos dos jornais??? Que jornais? 'Nino' foi assassinado de madrugada, capisce? Kkkkk...ó Saviano! AAS

Fundo Soberano de Angola é o 2º mais transparente de África. A Nigéria segue na frente


O Instituto de Fundos Soberanos atribuiu ao Fundo Soberano de Angola (FSDEA) oito pontos em dez possíveis, tornando-o no segundo mais transparente em África, a seguir à Nigéria, e nos melhores 30 dos cerca de 80 analisados.

De acordo com a informação publicada no sítio na Internet deste Instituto, que serve de referência para este setor, consultado hoje pela Lusa, o Fundo Soberano de Angola obteve oito pontos em dez possíveis no último trimestre do ano passado, ao ser analisado através do Índice de Transparência Linaburg-Maduell.

O FSDEA, liderado por José Filomeno dos Santos, filho do Presidente de Angola, consegue inclusivamente ter uma melhor classificação do que o Fundo Pula, do Botswana, que é frequentemente citado como um exemplo de boas práticas nesta área.

Divido em dez alíneas que valem um ponto cada, o Instituto analisa a transparência do Fundo, não classificando a qualidade nem a quantidade dos investimentos, mas sim aspetos como a disponibilização de informação sobre a história, as razões para a criação do fundo, a origem da riqueza, a estrutura de acionistas, os contactos e a morada, estratégias e objetivos claros, e valorização do portefólio, entre outros.

"Desde o lançamento em outubro de 2012, o Fundo Soberano de Angola não perdeu nenhuma oportunidade para sublinhar o seu compromisso com a transparência, apesar de a nomeação de José Filomeno dos Santos, o filho mais velho do Presidente, como presidente executivo, ter estado a ser difícil de vender aos mercados e analistas", que também olham com "inquietação" para a escolha de uma única empresa de gestão de ativos, baseada na Suíça, e fundada por Jean-Claude Bastos de Morais, descrito pela Economist Intelligence Unit como "um privilegiado parceiro de negócios" do presidente do Fundo.

Num comunicado de imprensa colocado na sua página na Internet, relativamente a esta atribuição, o presidente do Fundo, José Filomeno dos Santos, afirma que "a nota positiva do Índice de Transparência Linaburg-Maduell evidencia o compromisso do FSDEA com na aplicação dos princípios recomendáveis e as boas práticas de gestão, definidos pelos Princípios de Santiago, em todos os aspetos da sua governação e atividades" e acrescenta que "esta classificação é um marco importante para o Estado Angolano e demonstra o compromisso do FSDEA com a prestação de um serviço responsável e eficiente para o benefício das gerações atuais e futuras de Angolanos".

Entre outros fundos lusófonos que aparecem na tabela, destaque para os nove pontos do Fundo brasileiro e para os oito obtidos pelo Fundo de Timor-Leste. Lusa

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

DOAÇÃO: 7 milhões de euros da União Europeia para 16 projectos na Guiné-Bissau. AAS

União Europeia aponta "irregularidades" nas eleições em Moçambique. AAS

ALERTA: Guineenses, um provérbio na Serra Leoa (país que conheci, infelizmente, como um matadouro a céu aberto) diz: "Uma pedra debaixo de água não sabe que está a chover". Guineenses: Há que defender o País, o País corre perigo, o País está a ser ameaçado - e tudo isso é injusto. AAS

CULTURA: Da Guiné-Bissau para Cabo Verde; do arquipélago para o mundo


OUVIR

FATTÚ DJÁKITÉ, "Bendedera di Sol", clip de apresentação
Produção: Artemedia

Morreu ontem, em Lisboa, Eduardo Esteves (Dade). De morte súbita. À família, o editor do DC envia os mais profundos sentimentos de pesar. Descansa em paz, amigo, e que a terra te seja leve. AAS


OPINIÃO/MESA REDONDA: What do you expect, mother fuckers?


"O governo não só merece todo o apoio para a mesa redonda de Bruxelas como merece todo o apoio até ao fim do seu mandato, sufragado pelo Povo da Guiné-Bissau. E, qualquer pessoa que seja honesta e quer o bem daquele povo, devia levantaar e dizer basta!!!

Eu, sinceramente não sei quando é que Deus vai tirar aquele pedaço da terra nas mãos dos filhos da ....... e assim entregar a um outro povo que o bem merece. Porra pá, que diabo de gentes...

Quando um certo grupo está doente de Herpes e nao sabem como encontrar medicamentos para sanea-la, inventam ou criam logo polemicas para assim derrubar qualquer merda do genero para depois assaltar o cofre do Estado.

Alguem me disse, como é possivel termos politicos honestos com experiencia e capacidade para governar aquela merda, quando passamos toda a vida a trocar governos/presidentes como se fossem simples trajes. Depois dizem que sao todos corruptos! Oh yeah, what do you expect, mother fuckers?!

Sr. Presidente Jomav, rezo todos os dias para que o senhor esteja num bom estado mental para assim tomar decisoes sabias. Espero que o seu bom senso prevaleça e tambem espero que o senhor nao so saiba tirar proveito da sua inteligência lógica mas sim que saiba usar a mais essencial que é a sua inteligencia emocional para assim defender os interesses superiores daquela nação.

Abaixo os malfeitores
Abaixo a ignorancia

Viva a democracia!!!

A. Quadé"

Reconciliação adidada sine die

A posse dos novos membros da comissão organizadora da Conferência Nacional para Consolidação da Paz da Guiné-Bissau, estrutura criada pela Assembleia Nacional Popular (ANP), foi hoje adiada sem data, disse à Lusa fonte da organização.

A presidência da comissão vai ser entregue a José Lampra Cá, bispo auxiliar da Diocese de Bissau, e o adiamento deve-se ao facto de o prelado aguardar por uma comunicação da hierarquia da Igreja, no Vaticano, relativamente ao desempenho das funções, referiu a mesma fonte.

O bispo auxiliar foi escolhido pelos pares da comissão, depois de traçado o perfil de "personalidade apartidária e de reconhecida idoneidade" para a presidência, e será acompanhado por dois vice-presidentes dos dois partidos mais representativos da sociedade guineense, PAIGC e PRS.

"A conferência pretende envolver todos (...) para que na Guiné-Bissau se acabe de uma vez para sempre com a instabilidade e ciclos de violência e para que se crie uma verdadeira cultura de diálogo, confiança, tolerância e paz social", refere o documento orientador da iniciativa, redigido em janeiro de 2010.

A nova comissão deverá organizar o encontro de reconciliação no prazo de um ano após a entrada em funções, concluiu a mesma fonte. Lusa

"Presidencialismo, ou semi-presidencialismo?" A dúvida é do presidente da ANP


O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, questionou ontem, na tomada de posse da comissão parlamentar de revisão constitucional, o modo semipresidencialista em que funciona a Constituição guineense e entende que talvez seja preciso mais que corrigi-la.

«Será que o nosso modelo semipresidencialista anda de boa saúde? Vamos preservar o modelo vigente e limitarmo-nos apenas a corrigir as suas prováveis deficiências e as suas conhecidas lacunas ou vamos ter que ponderar uma alteração mais radical do regime constitucional?», questionou, referindo que as suas palavras são apenas «eco» de algumas das preocupações que têm sido levantadas.

«Não pode haver tabus, nem temas proibidos no projeto de revisão constitucional», disse ainda, acrescentando que a Constituição de 1996 «deixa espaço para diferentes interpretações». A Bola

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

CRÓNICA: Lembras-te de Bissau?


"Venham daí esses ossos!". Cruzámos por acaso, ia eu a atravessar a avenida em direcção à fortaleza da Amura. Abraçamo-nos, depois afastou-se e disse: "Olha só para ti, estás um homem!" Depois da constatação, outro abraço, ainda mais demorado. Este meu amigo, que era colega e amigo do meu Pai, costumava parar no bar 'Escondidinho', que fica na esquina da antiga escola "Marques Palmeirim", rebaptizada de "Combatente Desconhecido".

Chegava de sorriso aberto, ao final da tarde, depois de grandes caminhadas pelo dia e depois de noites que só ele sabia viver. "Já estou de abalada", ameaçava. Aliás, dizia isso sem ressentimentos nem temor. Começou a dizê-lo, contaram-me, ia nos quarenta. Durou mais trinta.

O 'Escondidinho» enchia-lhe as medidas todas e a sandes de linguiça era divinal. Bebia o seu tinto, conversava, rindo de riso breve, ouvindo histórias. Histórias como aquelas que ele próprio contava, algumas inventadas, mas sempre numa toada lenta e despedida de deselegância. Porém, vivia sempre o seu tempo.

O meu amigo adorava falar de mulheres - "na minha idade é que era, vocês hoje vão para a cama por tudo e por nada." E tinha razão. Estamos sempre a ir para a cama, de manhã, à tarde, à noite. Pela primeira vez ouvi-o falar da violência que dois palmos de terra podem gerar, dos ardores do sexo e de gente que se maltratava por um corpo quente de mulher. De gente que ele viu matar por um desvio de águas ou por causa de um dito mal interpretado.

Nesse encontro, dois anos antes da sua morte, ocorreu-nos muitas coisas. Contou-me que enviuvara fazia cinco anos. A mulher morreu na sala de operações, em pleno parto, por falha de electricidade. "Ninguém contava com aquilo, foi terrível." Fez-se um silêncio sepulcral. Não consegui olhá-lo nos olhos. Senti-me enfraquecido e a desfalecer e culpado por não saber o que dizer para confortá-lo. "Bom, pelo menos ainda temos o ‘Escondidinho’" - disse-lhe meu desajeitado. Pareceu-me confortado.

Assim que nos sentamos, pediu o seu 'pénalti' do costume e voltou a desabafar o que lhe ia na alma. "Os amigos morreram todos. Um a um; o Ucha, o Fernandinho, o Sampaio, o Zeca. O último foi o teu pai", disse-me. O meu pai morrera nesse ano, mais precisamente. Fiquei então a saber aquilo que anos a fio me apoquentava: ou seja, o que este meu amigo procurava no 'Escondidinho': Letrado, ele procurava a ração de afecto, os gomos de ternura, que, confirmou-mo agora, só a sua pacata e recôndita aldeia lhe poderia realmente oferecer.

Veio então à lembrança aa festa, a alegria que era quando ia ter com o meu Pai a esse bar. Era sobretudo a liberdade! Imaginei-os ontem, ali no 'Escondidinho', todos na mesma mesa, a beber mais do que manda a lei do equilíbrio; e, sobretudo ouvi-los a conversar muito e educadamente. Percebi então que este meu amigo percebera que perdera o tom da época; que a sua época era outra e que sobre essa época outra escrevera tudo quanto tinha de escrever. Porém manteve-se interessado. Pelo menos lia o que os outros escreviam - "tens boa pena. O teu Pai também tinha."

Certa tarde – contou-me o senhor Zé do 'Escondidinho' - o nosso amigo decidiu que chegara a hora de regressar à sua aldeia. Como a aldeia nem era assim tão longe e nem era propriamente uma aldeia, eles iam lá, vê-lo e conversá-lo. "Bebíamos agora um pouco e devagar", contou. O meu amigo, sábio e antigo, quedava-se agora no batente da porta, no silêncio da tarde, no silêncio de todas as tardes. "Já nem havia palavra, aliás", sussurrou-me o senhor Zé. Depois ergueu-se e, pausadamente, atravessou os umbrais da eternidade. António Aly Silva

ÉBOLA: Riscos de contágio permanecem na Guiné-Bissau


Os riscos de contágio por Ébola continuam a existir na Guiné-Bissau, apesar de o país não ter registado nenhum caso, alerta um boletim do Observatório da África Ocidental do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD.

"Nenhum caso de febre Ébola foi oficialmente declarado no país" mas, "dada a debilidade do sistema de saúde e a geografia do país, que faz fronteira com a Guiné-Conacri, o risco de contágio permanece", refere. O boletim datado de janeiro e divulgado pelo BAD na última semana, na Internet, é dedicado ao setor da Saúde.

O Observatório refere que, apesar de o governo guineense e os seus parceiros terem preparado um plano de emergência para enfrentar o vírus Ébola, continua a faltar parte do financiamento necessário para implementar a estratégia. Desde o início da epidemia na África Ocidental, 22.894 pessoas foram infetadas em nove países e 9.177 morreram. Todas as mortes, exceto 15, ocorreram na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.

Para além do Ébola, o boletim avalia a situação geral do país, concluindo que "o Estado não tem recursos necessários para pôr em prática um sistema de saúde eficaz", apesar de haver uma perspetiva positiva de evolução económica, em parte, graças à retoma das ajudas internacionais - que tinham sido reduzidas depois do golpe militar de 2012 até às eleições gerais do último ano.

A Guiné-Bissau surge referenciada em diferentes temas ao longo do relatório. Na comparação entre 15 países da África Ocidental, é o que tem maior taxa de prevalência de Sida entre os 15 e os 49 anos, a rondar os 4%, segundo dados de 2013 da Organização Mundial de Saúde.

É também o país com menor esperança de vida (48 anos) a par da Serra Leoa e com a menor percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido na saúde, na ordem de 1,33%, em 2012, segundo dados do Banco Mundial. De uma forma global, os cuidados de saúde são fracos em toda a África Ocidental.

O observatório do grupo BAD conclui que um dos principais obstáculos para melhorar a situação é "o baixo valor atribuído à Saúde nos orçamentos de Estado dos países e que flutuaram entre um e cinco por cento do PIB entre 2000 e 2012" - por exemplo, os países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) investiram em saúde nove por cento do PIB, segundo dados de 2011.

"As desigualdades sociais e territoriais no acesso aos cuidados de saúde e as deficiências do sistema, mesmo ao nível mais básico", são outros desafios. Naquela região africana, "80% por cento da população pensa primeiro em recorrer a um curandeiro", segundo dados da OMS, acrescenta o relatório.

O documento aponta ainda outra meta por alcançar: "todos os países da região estão abaixo do rácio crítico de 23 agentes de saúde (médicos, enfermeiros, parteiras) por 10 mil habitantes, a quantidade de pessoal que a OMS considera suficiente para fazer face às necessidades da população.

Os 15 países analisados são Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gambia, Gana, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Niger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. Lusa

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OPINIÃO: A Questão do Momento


"O povo Guineense é de novo chamado a pronunciar-se sobre a questão do momento, quanto mais não seja através do blog de referência nacional.

Duas questões sobressaem, ganhando especial preponderância:

1º Pode ou não o Presidente da Republica (ora em diante PR) exonerar o primeiro-ministro (ora em diante PM)?

2º Deve ou não fazê-lo?

Antes de passar a abordagem das questões em si, importa uma ressalva, esta decisão política de crucial importância, não pode, nem deve, ser transformada numa questão fragmentadora da nossa sociedade, com projecção nos principais blogs guineenses.

Retomando a abordagem da primeira questão: Pode o PR exonerar o PM? SIM PODE, e isso não seria nenhuma transgressão as principais lei da república, tão pouco, estaria ferida de inconstitucionalidade. Até porque uma das funções ou competência reservadas ao PR na constituição guineense é precisamente essa. Se o PR entender que por qualquer motivo haja problemas nos partidos, na assembleia, na sociedade, no governo no seu todo, com alguns dos seus membros ou até mesmo com a política do governo, como é o caso da exploração dos recursos naturais, nesse caso compete ao PR intervir directamente para repor nas instituições, nas entidade ou nas políticas, o rumo dos supremos interesses da nação. Mas o critério a usar não está estabelecido em lado algum, cabe ao próprio, e apenas a ele, essa ponderação, essa é a razão pela qual o PR e os deputados são sufragados directamente pelo povo e os demais órgão de soberania não. Este detalhe vem reforça a soberania e a legitimidade do próprio PR bem como da Assembleia Nacional Popular (ora em diante ANP).

Mas deve o PR fazê-lo nas circunstâncias políticas actuais? A resposta remeteria para o rol de competência do PR, isto é, cabe-lhe a ele tal decisão. Porem, tal não nos amputa o direito a opinião. Sem querer deitar mais achas para fogueira, passemos a elencar os argumentos das partes deste salutar litígio político-democrático.

Do lado dos que pensam que não deve o PR exonerar o PM, pode se ler e ouvir:

· O País precisa de estabilidade – Verdade, ela é um elemento facilitador de consensos e de criação de rotinas de sucesso, mas, a colocação da questão denota implicitamente, que a estabilidade já está em perigo, ou no mínimo fragilizada por factores vários que precedem a questão do momento.

· O Governo merece voto de confiança – Verdade, principalmente se alinharmos com o ponto anterior. O que não deixa de intrigar até mesmo ao mais ferrenho defensor desta tese, é a constatação, em praça pública, que o próprio líder do governo se considera merecedor deste voto, mas apenas num horizonte temporal limitado e circunscrito a realização da mesa redonda, transparecendo a ideia de que a queda do governo é uma fatalidade inalterável, em relação ao qual, já só se pode discutir o momento adequando.

· O PM e o governo resultam de eleição recente – Este é o argumento completamente falso, errado, e que deriva do débil entendimento da realidade política de que o eleitor guineense padece. De facto, o PM e o governo nunca são votas pelo povo, resultam de jogadas politicas, também já referidas como concertações, daí a sua relativa fragilidade, como se pode facilmente perceber hoje em dia. Paradoxalmente, foi o próprio povo a dar cartão vermelho ao PM quando em uníssono manifestou a sua profunda rejeição ao elenco governamental apresentado, isso mais não fez, que reforçar a legitimidade do PR quando questiona alguns elementos (nomes) de ministros que lhe são propostos, assim como, por consequência as politicas governamentais para determinados sectores, com particular relevo, para os da agricultura, onde se começa a desenhar algum consenso, por aproximação as ideias do PR, e em contra ponto, aprofundam-se as divergência no que toca a exploração dos recursos minerais, em ralação aos quais o PR acentua a sua discórdia e rejeição, apontando perigos de corrupção no seio do governo, do qual o incidente com o Senhor ministro Daniel Gomes é um exemplo concreto.

Do lado dos que consideram oportuno e adequado uma intervenção do PR dentro dos parâmetros constitucionais, apontam-se:

· Retirada de suporte político do PAIGC ao PM e presidente do partido – Verdade, parece que os camaradas arrependeram-se da escolha de Cacheu, os incidentes são vários e seria impossível menciona-los ainda que parcialmente, mas conheceram o ponto mais alto com a ameaça de agressão entre o presidente da ANP e o PM, um destacado dirigente partidário, e o próprio líder do partido respectivamente. Quando as coisas chegam a tal ponto, é escusado investir na reconciliação pelo menos ao nível partidário.

· Divergências profundas e insanável entre o PR e o PM – É uma realidade que antecede o próprio congresso de Cacheu que por sua vez apenas serviu para o aprofundar, até mesmo a campanha eleitoral, ao contrário do que se pode ler em alguns folhetins, veio piorar ainda mais as coisas. Ficaram desconfianças de eventual apoio do PM e líder do PAIGC ao candidato Paulo Gomes, contrariando de forma grosseira a votação do comité central do PAIGC que manifestou apoio inequívoco a JOMAV, actual PR.

· Drástica perda de popularidade interna do PM devido a estagnação do país resultante da inercia governativa – Verdade, a nível interno, é hoje recorrente ouvir que o PR é que devia ser PM, ou no mínimo, ter uma postura mais interventiva na acção do governo. A realidade mostra, sem grandes possibilidades de contraditar, que o governo tem privilegiado acções mediáticas, com impacto e alcance junto da diáspora e das comunidades urbanas e suburbanas, nomeadamente eventos de caris cultural entre outros, com projecção mediática na imprensa e nos média, descurando e negligenciando aspectos estruturantes das reformas económicas, politicas e sociais necessárias e urgentes.

Por muito que se esforce em esgrimir argumentos, esta é uma questão que é de competência exclusiva do PR (JOMAV), e a decisão dele prevalecerá, assim como a do Nino Vieira prevaleceu em duas ocasiões anteriores. Da mesma forma que as tão polémicas, quão surpreendentes, nomeações e exonerações do Presidente Kumba Yala, tiveram que prevalecer por terem cabimento legal e constitucional.

Saudações Patrióticas,
S. Gomes"