segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Os autos do medo


Sem se decretar ela vai-se impondo e paulatinamente esta a transformar-se no modus vivendi dos guineenses. O guineense esta a deixar-se modelar pelo medo, a sujeitar-se ao conformismo do djitu ka tem.

O medo esta a enraizar no guineense um espirito de conformismo e que esta a leva-lo a retrair-se nas suas acções de cidadania que apela a reações reactivas contra o estado de coisas vigente na Guiné-Bissau apos o golpe de estado de 12 de abril de 2012. O sentimento de insegurança assume-se na prudência retractiva que hoje esta involuntariamente a invadir o cidadão guineense, desde os politicos, intelectuais ao comum dos cidadãos, fazendo dele um povo cobarde que se demite dos seus direitos e da suas aspirações de viver em liberdade.

Reservar-se e não intervir, parece funcionar hoje na Guiné-Bissau, como o melhor «conselheiro» dos actos dos cidadãos e tal facto, leva-o a alhear-se do interesse comum, fechando-se num egoismo pessoal, de grupo ou de interesses.

Esse comportamento retro-activismo de exercicio de cidadania, faz hoje parecer que, o guineense aceita complascentemente uma opressão que se esta expressar na sua forma mais brutal e desumana sobre os seus mais legitimos interesses e aspirações de cidadania que é o exercicio da democracia em plena liberdade de escolha e de afirmação de identidade.

Nota-se que, uma larga maioria dos guineenses esta inconscientemente a aceitar que os seus sonhos e perspectivas de vida sejam coagidos, sufocados, banalizados e espezinhados. Enfim, os seus direitos mais lementares estão a ser sucessivamente interrompidos por uma horda de bandidos e criminosos que, infelizmente mal preparados para viver numa sociedade aberta, entendem impôr-se aos seus demais concidadãos utilizando metodos brutais e a pratica de actos criminosos traduzidos na violência e na intimidação quotidiana que vêm exercendo contra a população indefesa e, muitas vezes, quando os seus fins assim exigirem, acabam em mortes atroces como tem acontecido ultimamente no pais.

Aceitar-mos pacificamente, que essa cultura do medo seja enraizada na nossa mente bloqueando a nossa reactividade humana e civica, inibindo-nos de reagir contra esses actos de barbarie que esta sendo praticda por uma minoria em armas, cujos argumentos de «superioridade» prima pela cultura da violência de comportamentos e complexos de falsa legitimidade de mandar, estamos a condenar e hipotecar, não so o nosso futuro, mas também dos nossos filhos e das gerações vindouras e, mesmo a continuidade da Guiné-Bissau como pais uno e indivisivel.

Aceitar este estado de coisas, estaremos enfim, a render-mo-nos aos argumentos de um tribalismo perigosamente emergente que se orienta pelo sentimento de dominação impondo-se pelo odio, a exclusão ou mesmo a exterminação, querendo aqueles que o praticam, escamotear a sua inadaptação social e incapacitação para viver numa sociedade que se prima pela concorrência do saber e da qualidade.

Por isso, exorto os meus compatriotas guineenses a remanescer-mo-nos no nosso orgulho de unidade nacional que projectou a gloriosa luta de independência que venceu apeoticamente um colonialismo bem mais brutal do que a ameaça que encarna essa minoria complexada que esta a desestruturar e banalizar a nossa sociedade.

Juntos estou certo, de que podemos e devemos expurgar esse sentimento de conformismo que esta a invadir as nossas mentes e reactivar os nossos actos de cidadania para assim, unidos fazermos frente a todas e quaisquer tentativas de denominação da nossa sociedade multicultural e inter-relacional, por um grupo de pessoas complexadas, incapazes, incompetentes e retrogados que so se revêm na violência inspirado num tribalismo primario e apologista da exclusão.

Carlos Sa
Sociologo

'Guerra' na APGB


O Conselho Fiscal da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) está com os cabelos em pé, a propósito do sistemático desvio de fundos detectados junto da administração da mesma, isto desde que os novos corpos entrararm em funções, nomeados pelo governo ilegítimo saído do golpe de Estado de 12 de abril último.

Conforme apurou o ditadura do consenso junto de uma fonte da APGB, foram já detectados desvios de mais de 400 milhões de FCFA (perto de 1 milhão de USD dólares). O Conselho Fiscal acusa em particular um elemento da administração de "passar indevidamente isencões portuárias a algumas empresas". Apontam uma importação de cimento, da qual, garantem "membros da administração receberam comissões" por parte da empresa importadora.

O Conselho Fiscal revela outro desvio no valor de 8 milhões de FCFA, e acusam esse membro do Conselho de Administração de ter levantado 20 milhões de FCFA para a compra de mobilário para a sua residência particular. Dizem que o membro do CA "não tem poderes executivos" e, assim, acusam-no de agir "como patrão da APGB" e ao director-geral, Augusto Kabi "de obedecer-lhe como se de um criado se tratasse." Reunidos em 'conclave' há dias atrás num cafe de Bissau, consta que a roupa suja foi bem lavada... Estiveram presentes, para além do acusado, ST, HP, HV entre outros. AAS

domingo, 16 de dezembro de 2012

É hoje, é hoje



Uma missão de representantes de várias organizações internacionais chega hoje a Bissau para se inteirar da situação naquele país, anunciou o representante permanente da União Africana no país. Ovídeo Pequeno adiantou que a missão será constituída por representantes da CPLP, Comunidade Económica de Desenvolvimento da África Ocidental (CEDEAO), União Africana, União Europeia e Organização das Nações Unidas. O objectivo da missão, cujo envio foi decidido numa reunião da comunidade Africana que teve lugar em Addis Abeba, capital da Etiópia, afirmou que a visita tem como finalidade analisar com as autoridades ilegítimas de Bissau, sociedade civil e povo em geral a situação do país e apresentar recomendações que possam servir de base a um trabalho harmonizado da comunidade internacional.

A Guiné-Bissau tem estado a vegetar, com “um governo e um presidente de transição”, designados pela CEDEAO na sequência do golpe de Estado militar de 12 de Abril que depôs as autoridades legítimas e interrompeu a segunda volta da eleição presidencial. A comunidade internacional, com excepção da organização sub regional CEDEAO, continua a não reconhecer as novas autoridades provenientes do golpe militar.

POSSE NA CNE

O novo presidente da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau já tomou posse, apesar da polémica suscitada por alguns partidos que contestam a nomeação, pedindo até a impugnação do acto eleitoral. Rui Nené, que substitui Desejado Lima da Costa, falecido recentemente em Portugal vítima de doença, disse que “a crítica em democracia é normal, desde que seja bem fundamentada”.

A inveja - O Pecado Inútil*


O ressentimento em relação aos outros parece ser inato, sobretudo nas pessoas de talento. Por quê? Será o dinheiro, a fama, os carros de luxo ou a beleza física que a desencadeiam? Ou ela nasce simplesmente da nossa insegurança?

A inveja é um dos sentimentos mais difusos, mas ao mesmo tempo é o que temos maior dificuldade em admitir. É o único pecado capital completamente inútil (ao contrário da gula ou da luxúria); no entanto, é tão poderoso que provoca grande sofrimento em quem o experimenta. Psicólogos e sociólogos ainda não sabem exatamente o que é a inveja nem de onde ela vem. Mas, na história da humanidade, a inveja tem sido a causa de grandes realizações.

A execução dos afrescos da abóbada da Capela Sistina, por exemplo, foi confiada a Michelangelo diante da insistência do grande arquiteto e pintor Bramante (1444-1514). Este último, que invejava o talento e a qualidade do trabalho de Michelangelo, estava convencido de que a pintura em tetos era o seu ponto fraco. Acreditando que Michelangelo não seria capaz de realizá-la, usou de sua influência para que a obra fosse encomendada ao rival. Resultado: Michelangelo criou uma das mais extraordinárias obras-primas da história da arte.

Ao contrário da gula e da luxúria, a inveja é o único pecado capital totalmente inútil. no entanto, é tão poderoso que causa grande sofrimento em quem o experimenta Sucesso Profissional De acordo com uma pesquisa, 12% dos entrevistados invejam o sucesso profissional alheio, enquanto 39% dos homens admitiram cobiçar a companheira do colega. Como nasce a inveja? Comecemos pelo próprio sentido da palavra: ela vem do latim invido, de olhar mal, ou melhor, de mau-olhado (na Itália meridional, tirar o mau-olhado significa expulsar a inveja). O invejoso lança um olhar fulminante sobre o objeto invejado. Eis por que, quando sentimos inveja de uma pessoa, não conseguimos enxergar um único lado positivo nela. Não por acaso costuma-se dizer que a inveja seca. Lembram-se da expressão "olhar de seca-pimenteira"?


O sociólogo italiano Francesco Alberoni, no livro Os invejosos, escreve: "O invejoso diminui o sucesso dos outros, sustentando que ele é fruto de uma injustiça. Porém, se o invejoso estivesse vivendo as mesmas condições e recebendo o mesmo reconhecimento que a pessoa alvo de sua inveja, ele diria que o seu sucesso seria merecido." Terra.

* Dedicado a todos aqueles que invejam o editor deste blog... AAS

sábado, 15 de dezembro de 2012

Novo: vídeos no DC, sem sair do seu blog preferido

Nova sondagem DC: Vote. AAS

Guineenses querem força de estabilização internacional sob mandato da ONU


Sondagem ditadura do consenso

Pergunta: Força de Interposição (ONU, UA, CPLP e CEDEAO) para a Guiné-Bissau?

Respostas:

Sim - 1050 (91%)
 
Não - 91 (7%)
 
Não sei/
Não respondo - 12 (1%)

Votos apurados: 1153
 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Hanks, Russel Hanks


Russel Hanks, o representante norte-americano em Bissau – tem um ar pouco convencional quando comparado com um típico e bem composto diplomata norte-americano – mesmo os mais novos, apesar de ele, já ter provavelmente atingido a década dos 50. O rabo-de-cavalo, espécie de tufo exibido numa cabeça de couro cabeludo já raro, é um dos traços do seu “desconvencionalismo”; outro, é a sua exuberância pessoal, manifestada em coisas como a forma calorosa como cumprimenta na rua os altos funcionários e militares com que se cruza.

Os adversários internos do golpe de Estado de 12 de abril detestavam as públicas efusividades do representante com a gente do poder; considerava-as manifestações de adulação em relação a “simples golpistas”, impróprias na conduta de alguém que representa um país com o gabarito dos EUA e os padrões morais a que as suas políticas devem estar sujeitas. As autoridades “provenientes” do golpe do Estado, essas, por sua vez, compraziam-se com os actos e até com as palavras do representante, vendo nelas compreensão dos EUA onde no caso da restante comunidade internacional só viam condenações. Eram por demais notórias as extremas mesuras com que as mais altas autoridades do regime pós golpe recebiam em audiência o representante norte-americano, para as quais cuidavam sempre de convocar os media, sabendo, como sabiam, da sua disposição em falar.

A exuberância do representante norte-americano tem, afinal, uma razão de ser – que por isso passou a ser objecto da compreensão dos que a detestavam. Não é propriamente diplomacia, na pura acepção da palavra, aquilo que ele faz em Bissau; ocupa-se disso, mas porventura acessoriamente. O seu verdadeiro “job”, para o qual apresenta um apreciável currículo, é quase de certeza o de acompanhar, com o seu olhar e os seus saberes de “expert” na matéria, fenómenos como o do narcotráfico e correlativos que se desenvolvem em toda a região, com ramificações na Guiné-Bissau. E, para isso, é de toda a conveniência um bom círculo de contactos e acessos, que a sua exuberância aparentemente inata facilita – nas circunstâncias em que é exercida. AM

Na hora 'H', mas com o pensamento na letra 'E'


Na hora de se escolher o novo presidente do Partido da Renovação Social (PRS), eis que Kumba Yalá, fundador do partido, decidiu desistir da presidência desta força política. A notícia não deixou de surpreender, mas para os analistas, é uma estratégia para preparar as próximas eleições do Presidente da República... Pois. AAS

ONU quer 'supervisão eficaz' do exército


O Conselho de Segurança da ONU divulgou ontem um comunicado à imprensa pedindo a restauração completa do constitucionalismo em Guiné-Bissau. A entidade expressou sua preocupação com falta de desenvolvimento deste processo. O CS reiterou que apenas com base em diálogos genuínos, supervisão eficaz do exército e através da transição coordenada,

é possível estabilizar o país. A entidade dá boas-vindas à abertura da Assembleia Nacional 2012-2013 de Guiné-Bissau e espera os consensos sejam alcançados no encontro. A entidade indicou ainda que a cooperação e o esforço da comunidade internacional são importantes para a solução da crise de Guiné-Bissau. o CS encoraja as cooperações entre Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Organização das Nações Unidas, União Áfricana e União Europeia. AAS

De promessas está o inferno cheio. Queremos acções!


O Conselho de Segurança das Nações Unidas admitiu hoje desencadear meios de identificação e recolha de informação sobre narcotraficantes e criminosos internacionais operacionais na Guiné-Bissau.

A informação consta de uma declaração pública do Conselho, divulgada hoje nas Nações Unidas, cuja versão inicial foi circulada no início da semana por Portugal entre os restantes membros, após um 'briefing' pelo representante cessante do secretário-geral em Bissau, Joseph Mutaboba. Na mesma linha do último relatório secretário-geral da ONU, a declaração expressa "séria preocupação" com indicações de aumento de tráfico de droga no país desde o golpe de Estado em abril, apelando aos líderes militares para demonstrarem "maior compromisso com os esforços internacionais" anti-narcotráfico, em particular assegurando o "total funcionamento" das agências responsáveis.

Os países-membros declaram a sua "disponibilidade para considerar formas de garantir a recolha de dados adicionais sobre a identidade e atividade dos envolvidos no tráfico de droga e crime organizado na Guiné-Bissau". No seu último relatório sobre a situação na Guiné-Bissau depois do golpe de Estado, Ban Ki-moon reitera o pedido ao Conselho para que seja estabelecido um painel de peritos para investigar a atividade e identidade dos envolvidos no tráfico de droga e crime organizado, face ao agravamento da situação.

A declaração reitera o pedido de "total reposição da ordem constitucional" no país. Condena os ataques na Base Aérea de Bissalanca, a 21 de outubro e, na sequência destes, expressa "séria preocupação" com relatos de assassínios e "sérias" violações de Direitos Humanos, bem como "contínuas restrições sobre a liberdade de reunião, opinião e informação". Outro motivo de preocupação são os relatos de "ameaças e intimidação contra pessoal da ONU", quando compete às autoridades garantir a segurança do pessoal internacional, exigindo que as autoridades investiguem os episódios e levem os responsáveis perante a Justiça.

Numa altura em que se aguarda o anúncio do sucessor de Joseph Mutaboba como representante da ONU, os países-membros sublinham ainda a necessidade de o gabinete em Bissau (UNIOGBIS) ter condições para cumprir o seu mandato. Ao nível dos contactos políticos e diplomáticos, o Conselho de Segurança expressa "preocupação" com a falta de progressos na reposição da ordem constitucional, saudando o reinício dos trabalhos da Assembleia Nacional e aguardando um acordo sobre um calendário "claro e credível" para realização de eleições.

A declaração sublinha ainda a importância da coordenação entre os parceiros internacionais, em particular ONU, União Africana, União Europeia e as organizações regional (CEDEAO) e lusófona (CPLP), saudando o envio em breve de uma missão conjunta de avaliação para o terreno. Avaliando a situação política e de segurança, esta irá informar recomendações sobre a cooperação entre parceiros internacionais em áreas como a reforma do aparelho militar e o combate ao narcotráfico e impunidade judicial.

Afinal, em que ficamos?


"Reposição da Verdade

Escrevo este artigo para responder ao outro publicado neste blogue intitulado “Denúncia: Façam barulho”. Em nome dos organizadores do evento em causa, eu Eldmir Barreto Faria, não podia nunca deixar em branco esta tentativa de associação ao Governo de Transição. Isso porque é público o meu repúdio aos golpes, às violações de Direitos Humanos por principio, mas também porque esta organização conta com nomes de pessoas de bem, que foram convidados por mim. Entre eles, Julião de Sousa Soares, Tcherno Djaló, Luis Paquete, Alage Baldé, Tony Tcheka, Beto Garez, Joacine Moreira, Afonso Gomes, Filomena Djassi, Juca Delgado e o jovem Mamadú Saibana…

A ideia de organizar esta conferência surgiu na sequência da 2ª Edição do Dia da Comunidade Guineense em Portugal, sob lema “Para Uma Efectiva Reconciliação Nacional” e depois da conversa com alguns amigos (Tony Tcheka, Beto Garez e o Afonso Gomes, que curiosamente tem apoiado todas as iniciativas nossas, através da sua gráfica), decidimos lançar este evento no intuito de dar início ao Ciclo de Conferências sobre o nosso país, com objectivo, último, de criar um verdadeiro Movimento da Cidadania em Portugal. Somos todos nesta organização pessoas de Bem e de Pensamento Livre, que de maneira nenhuma aceitam ser porta-voz de Governantes da Guiné-Bissau, nem dos que lá estão nem dos que estão fora do país, NEM HOJE, NEM ONTEM E NEM NUNCA!

É verdade que Afonso Gomes é um dos elementos da organização mas NÃO É RESPONSÁVEL NEM TEM MAIS PRIVILÉGIO QUE OS DEMAIS ELEMENTOS. Mas nem a ele, nem os outros elementos foi questionado sobre o seu posicionamento na cena política actual, pois estamos aqui mesmo para procurar pluralidade de opiniões e unidade na acção que se propõe delinear para a Efectiva Contribuição da Diáspora Guineense em Portugal, neste processo de Reconciliação Nacional de que o país tanto carece.

Para que não restem dúvidas sobre a nossa posição devo esclarecer que desde sempre têm sido em defesa dos Princípios Democráticos como solução para o País. Aquando do Assassinato do Presidente da República João Bernardo Vieira juntei um grupo de pessoas (Jorge Vilela de Carvalho, Afonso Gomes e o Tony Tcheka) e no meu espaço Ébano apresentamos a nossa condenação, contando com cobertura dos meios de Comunicação Social.

Sou eu, o mesmo Eldmir Barreto Faria, que se for puxar pelas minhas origens, sou de Cachéu,  familiar direto de Honório Barreto (que para os mais atentos, rapidamente percebem a importância) e que tenho ligações familiares mais próximas com o Ex Primeiro-ministro Sr Carlos Gomes Júnior, por via da esposa dele que é minha tia, e que nem por isso deixo de pensar com a minha própria cabeça, e, que ao longo destes anos tenho vindo a trabalhar com apoio sempre de muitos amigos, com propósito único de promover a Guiné-Bissau e patrocinar convívios entre irmãos guineenses e amigos do país, isso para não referir inúmeros eventos culturais de cariz humanitário concretizados em conjunto com as nossas associações em Portugal e projetos sociais.

Todo o mundo sabe que não faço política nem tenho nenhuma vocação para isso, os meus eventos nunca tiveram e nem tem patrocínios ou apoios dos Governantes da Guiné-Bissau, sejam estes ou outros quaisquer. Desde sempre o que nos move é o patriotismo e genuína vontade de contribuir. Foi assim que organizamos “É Desta, Eu Acredito”, com um propósito, apoio a boa-governação, foi também assim que juntamos líderes das diferentes religiões da Guiné-Bissau em Portugal num outro evento de enorme importância “juntos pela paz, reconciliação nacional e diversidade religiosa”, com o apoio da Casa da Guiné em Lisboa, foi assim realizamos esses e todos os outros eventos de que se pode claramente esquecer com esta calúnia.

Para terminar, queremos repudiar esta tentativa de associar este evento ao Governo de Transição, reforçando que a nossa única motivação é trabalhar para a Guiné-Bissau estável e melhor para todos.    

Pela Guiné-Bissau, Pela Efectiva Reconciliação Nacional.

Mantenhas di Ermondadi
Um Abraço a todos!  
Eldmir Barreto Faria"

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Iagu fika nhu Abdú


A Procuradoria Geral da República, notificou na quarta-feira o jornalista Braima Sissé, produtor e apresentador do programa «NÔ KUNSI NÔ DIRITU» da Rádio Voz de Quelelé, igualmente director de programas desta estação comunitária, para dar esclarecimento sobre a intervenção do Deputado Nelson Moreira, no passado dia 2 do corrente mês. Nelson Moreira questionou sobre a ida do PGR ao Parlamento para pedir o levantamento da imunidade do Deputado Kancan.

O Procurador Geral da República Abdu Mané, pediu até que lhe fosse enviado uma cópia do referido programa um dia antes, mas não lho deram... AAS

O cair da máscara


Decorridos pouco tempo sobre os acontecimentos do alegado assalto ao aquartelamento dos para-comandos, em Bra, muita coisa, por falta de inteligência ou por descaramento e comportamento dos seus actores, começam a estar mais claro na mente dos guineenses. Hoje, face à realidade que se constata em Bissau, pode-se dar como provado sobre esse facto tão badalado na imprensa nacional e estrangeira, de que:

– Tudo não passou de uma montagem com fins que agora, pouco a pouco, se despontam à luz do dia;

– O capitão Pansau Intchama regressou a Bissau com o aval e consentimento do CEMGFA Antonio Injai, e após chegarem a acordo sobre a troca de interesses entre ambos;

– Antonio INjai, negociou e "comprou" o testemunho do capitão a seu favor, para o utilizar no orquestrado relançamento do processo das mortes de 'Nino' Vieira, Tagmé Na Wayé, Helder Proença e Baciro Dabo, insistentemente solicitado por Serifo Nhamadjo ao novo PGR;

- O general pretende ter garantias de branquear o seu envolvimento nos referidos assassinatos com a utilização do capitão - a unica pessoa que o acusou e incriminou directamente nesses assassinatos (salvo o de Tagmé Na Wayé);

- Como troca, o general deu garantias de perdão e protecção ao capitão e á sua familia, em particular a sua mulher a qual estava a mercê de chantagens e ameças de represálias caso o marido não aceitasse a "permuta". A situação de quase refém e o assédio de que era alvo a mulher do capitão acabou por facilitar a montagem e ser peça fulcral na «capitulação» de Pansau Intchama;

– A promessa da reabilitação do capitão para um posto de confiança junto ao general foi também determinante assim como o foi a atracção pelos ganhos que iria ter com o negócio do tráfico de droga de momento em estado florescente após o golpe;

– As dificuldades financeiras de Pansau Ntchama em Portugal eram bem conhecidas e isso se notava na sua instabilidade de comportamento, recurso a bebida, nervosismo permanente, agravado pela não regularização da sua situação de estada em Portugal (sentimento de abandono pelas autoridades portuguesas);

– O capitão ja estava em Bissau ha quase dois meses antes do suposto ataque a base dos para-comandos que hoje se sabe, foi mera encenação de cenários para tirar ganhos politicos militares e fazerem alguns ajustes de contas a nivel dos quarteis, incluindo a inglória morte dos felupes;

– Os jovens mortos a sangue frio em Bolama, foram uma especie de apagamento de testemunhas sobre a montagem da operação de captura do capitão, pois estes conviviam com ele e sabiam de que ele não estava foragido;

– Pansau Intchama, é presença assídua no EMGFA e mantém relações muito proximas, até se pode dizer de muita intimidade com Antonio Injai e demais chefias militares;

– As esposas de PI e de AI se frequentam e tornaram-se amigas inseparaveis e diversas vezes foram vistas juntas em Bissau, quer nas actividades diárias de domesticidade (ir ao mercado fazer as compras dominicais) ou outras, tais como passagens nas casas de câmbio para trocarem dólares americanos (advinhe-se a proveniência dos USDolares!);

– O capitão goza de total liberdade de movimento, tanto nos quartéis como em todo o território nacional e até tem direito a guarda-costas;

– Ao capitão, o general pretende confiar o treinamento militar dos novos mancebos selectivamente escolhidos para reforçar a sua guarda pretoriana. Os treinos dessa milicia particular far-se-á nas matas situadas entre Bissorã e Binar;

– Salvo algum imprevisto ou desentendimento por qualquer outro motivo, Antonio Injai e Pansau Intchama estão em perfeita sintonia e em coordenação de objectivos, reforçado pelo sentimento do "chamamento balanta", afinidades caracteristico aos balantas oriundos do norte do pais.

Em tudo isso, a única conclusão que se pode chegar, é que é preciso pôr-se a pau, pois a dupla da morte está reconstituida e está a organizar-se... AAS

Até quando?


Até Quando ?

Quando, vôs os poderosos, ouvirão as nossas vozes ?
Quando sentirão as nossas lamentações ?
Quando tomarão consciência do nosso sofrimento ?
Quando darão conta de que estão a torturar-nos ?
Quando se aperceberão de que estão a oprimir-nos ?
Quando renderão conta de que estão a matar-nos ?

Quando, vôs os poderosos darão conta, de que estão a tribalizar o pais ?
Quando acordarão para constactar a violência sectaria que se alastra ?
Quando notarão que so uns é que matam os outros ?
Quando sentirão os ventos do genocio que se prepara ?
Quando despertarão para barar o mal maior ?

Quando, vôs os poderoso,s darão conta de que vossa indeferença
A vossa inércia,
A vossa omissão de auxilio,

… esta a ser a morte lenta do Povo Guineense.
 
Até Quando ?

O Poeta envergonhado

Transitar...sem parar!!!



 
TRANSITAR... SEM PARAR.

O porta-disparates do Governo da CEDEAO para a Guiné-Bissau não tem mesmo jeito para a politica pelo que tem mostrado com as suas infelizes abordagenss sobre a actual situação de crise que se vive na Guiné-Bissau. Denota-se do seu balão de ensaio ontem lançado numa entrevista na RDP-Africa que, entre a falta de jeito à chacota matreira vai um pequeno passo de diferença. Porém, como diz um velho ditado, «pela boca, morre o peixe»

Ontem, Nando-dôdôte (nome interessante e sugestivo), que assistia ao congresso do PRS sendo interpelado sobre o andamento da transição, mordeu o isco e disparou a falar em voz alta aquilo que os seus parceiros maquiavélicamente engendram em surdina.

Estou certo de que, o porta-disparates fala por encomenda de alguém para testar as reacções politicas, dai que, o «atrevimento» em si não deixa de ser inquietante, tendo em conta o que se sabe das verdadeiras intenções dos actuais detentores do poder em Bissau sobre a transição. Sabe-se que,... se pretende, sem freios e sem limites.

O Nandinho Trambiqueiro até foi «modesto» na abordagem do sujeito propondo «uma transição de pelo menos 3 a 4 anos», isto é, segundo ele «para permitir criarem-se condições ideais para se garantir uma transição segura...». E mais, ele propôs, que de futuro, «quaisquer que sejam os resultados eleitorais, devia-se sempre ter em conta o mapa politico do pais e integrar todas as forças politicas na governação. Não é nada de novo pois ela se verifica nos outros paises»...(entenda-se bem, que contem sempre com ele para algum tacho).

Imagino um dialogo entre o Nandinho e um seu primo e amigo de peito inseparavel..., trambiqueiro como ele, «nada mal para quem é versado em calotes e não em politica. Nada mau na verdade Nandinho. E uma boa ideia sim senhor. E, porque não, também uma optima «solução». Esta-se a ver..., pois como ja apanhastes o gosto e os habitos da vida ministerial que o golpe te proporcionou, mesmo confinado ao espaço CEDEAO, como falas aquele português refinado, podes até a ser ministroporta voz toda a vida. Calhava mesmo bem, pois de boleia, eu também ganhava com isso. Boa ideia, disse o L. Bentana, sem deixar de escapar um sorrisso castiço de bom malandro».

Na verdade o que o Nando Dôdôte esta mesmo interessado, tal como o PRS e os seus dirigentes, é que não haja nunca eleições na Guiné-Bissau pois o status quo actual lhes convém a todos na perfeição, porquanto, assim poderão continuar com as suas delinquências de mamanços e trambiquices sem responsabilidades.

Para confortar essa ideia, basta ver a lista dos duvidosos «empresarios» que o Dôdôte traz ou tem feito desembarcar para, segundo ele, «virem seriamente investir na Guiné-Bissau». Basta apenas ver a megalomania e a pouca seriedade dos projetos pomposamente apresentados para se perceber a razão e o interesse do Dôdôte para que a situação de assalto ao poder vigente se eternize na Guiné-Bissau, pois hoje, para além de placa giratoria do trafico de droga, o pais esta transformado também, numa enorme «lavandaria» de dinheiro sujo proveniente do trafico de droga, de ganhos com actos terroristas, desvios de bens publicos de outros paises e também charneira financeira para saida de capitais de paises cujos investimentos estão bloqueados pelas sanções internacionais, como são os casos do Irão e do Sudão.

O ambiente que se vive hoje na Guiné-Bissau constitui um habitat ideal para um parasita social como o Nando Dôdôte, que a coberto de autoridades irresponsaveis e criminosas como ele, pode ir gravitando e resolvendo os seus problemas de vicios cronico com o dinheiro. Assim vai-se governando tranquilamente, ora através dos negocios duvidosos com os seus parceiros colombianos que demandam frequentemente Bissau esses tempos, ora lançando projectos de fachada com empresarios de duvidosa idoneidade, os quais não visam outro objectivo, senão encobrir lavagens de dinheiro de provenência duvidosa e ou criminosa... mais ainda..., enquanto ministeriavel o Nandinho mantêm-se aparentemente a coberto dos seus varios credores que injenuamente cairam nas redes da sua imensa rede de calotices.

Porém, como disse no inicio desta minha contribuição, é bom que os guineenses, não tomem de animo leve essa gracinha do Dôdôte, pois a proposta foi feita por encomenda dos senhores de Bissau.

Bem haja a Guiné-Bissau

Antonio Busa Nhaté
Lisboa – Chão da Palheira

Carlos Gomes Jr., indisponível para depor em Bissau


Os advogados do primeiro-ministro da Guiné-Bissau deposto pelo golpe de Estado de 12 de abril, informaram esta semana o tribunal de Bissau que Carlos Gomes Júnior não vai a Bissau depor num processo em que é arguido, disse hoje à Lusa fonte judicial. Em outubro passado o Ministério Público da Guiné-Bissau enviou às autoridades portuguesas uma carta rogatória no sentido de Carlos Gomes Júnior, ser ouvido no âmbito do processo do político Helder Proença, assassinado em 2009. O antigo dirigente vive em Portugal desde o golpe de estado de 12 de abril que o afastou do poder.  
 
A carta pedia às autoridades portuguesas para que notificassem Carlos  Gomes Júnior para comparecer na Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau  no dia 10 de dezembro "na qualidade de suspeito sobre os factos de que vem sendo acusado". Na queixa afirma-se que o Governo, na pessoa do primeiro-ministro, denunciou na altura uma tentativa de golpe de Estado, envolvendo Helder Proença, o que configura "denúncia caluniosa".  
 
Segundo a fonte, Carlos Gomes Júnior foi de facto notificado mas os  seus advogados em Bissau informaram o tribunal de que o primeiro-ministro  deposto não estaria presente porque o chefe das Forças Armadas "tem dito repetidas vezes que não lhe garante a segurança". "Para um crime tão insignificante (denúncia caluniosa), ele não vai  a Bissau responder", disse a fonte, segundo a qual Carlos Gomes Júnior é apenas acusado de ter insistido na tese de um golpe de Estado em preparação, em 2009, e de ter perguntado o porquê do arquivamento do processo.  
 
Os advogados, ainda segundo a fonte, sugeriram ao tribunal que oiça as fontes que Carlos Gomes Júnior citou na altura para falar da tese de golpe de Estado em preparação, que eram as chefias militares. Segundo a fonte, deveriam ser ouvidos no processo o ex-chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Zamora Induta, o atual chefe, António Indjai, e o atual ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de transição, Faustino Imbali. LUSA

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Patriotismo acima de tudo



No LUXEMBURGO, dia 15/12/12, Parlamento Europeu, no plateau de Kirchberg às 15 horas

fotografia

ÚLTIMA HORA: Morreu a D. Berta. Que a sua alma descanse em paz. Condolências à família. AAS

As verdades de um relatório


Percorrendo os pontos 1 a 53 do ultimo Relatorio sobre a situação na Guiné-Bissau elaborada pelo Secretario Geral das Nações para o Conselho de Segurança e apresentado ontem nas NU, fica-se com a ideia clara de que, a crise guineense não tem segredos para essa organização mundial. E, se nada fôr feito de sério e exemplar, ficaremos com a sensação de que o Povo da Guiné-Bissau não entra nas preocupações desse orgéao mundial.

Um relatorio minucioso e preciso que expõe com particular fidelidade e realismo a situação politico-militar de anormalidade que se vive na Guiné-Bissau nestes ultimos tempos. A descrição sumaria dos factos e acontecimentos, retrata de forma assombradamente clara a situação de crise que se vive nesse pais, não deixando assim, quaisquer margens de duvidas aos espiritos mais distraidos e aversos à atenção que deve merecer a grave crise guineense.

Provado esta pela propria NU de que a situação na Guiné-Bissau é particularmente preocupante e representa o staus quo da situação vigente, um desafio flagrante à ordem juridica internacional, em particular dos ditâmes e decisões das NU, nomeadamente a sua Resolução 2048/2012.

Ficou provado na mais ampla plateia mundial de que, de 12 de Abril 2012 à data em que se apresentou o referido Relatorio de que, as NU dispõem suficientemente de matéria e factos para tomarem medidas decisivas e determinantes para a resolução firme dessa grave crise que assola a Guiné-Bissau.

O desrespeito das normas constitucionais, a violação dos direitos humanos, o atropelo dos direitos civicos e politicos dos cidadãos é moeda corrente nesse pais e esta mais do provado nesse relatorio. Foi suficientemente relatado a intromissão do poder militar na esfera politica, mostrando que a sobreposição desta ao poder civil é uma realidade quotidiana. A Participação de militares, no caso concrecto as altas chefias e de alguns elementos da hierarquia do estado em negocios do crime organizado ligado ao narcotrafico e lavagem de dinheiro esta bem focalizado no referido Relatorio.

A tendência de criação de condições para instaurar o dominio de um grupo étnico considerado sobre o conjunto da população maioritaria é suficientemente considerado e relatado sem reservas no Relatorio. O envolvimento e conluio para tomada do poder vigente entre uma franja politica (identificando-se o PRS e mais um grupo de micro partidos sem expressão democratica), com a cupula militar na gestão premeditada do status quo politico-militar foi amplamente evidenciada nesse documento recentemente apresentado. A lista de assassinatos, sequestros, espancamentos e manipulações de instabilidade estão exaustivamente retratadas e conectas como situações forjadas para justificar estados de excepção e de terror contra a população. A delapidação do erario publico pelos militares não foi poupado. E, por fim, os lideres do golpe de estado de 12 de abril, estão perfeitamente identificados, respectivamente no duo da parelha politico-militar-tribal, pessoa do lider militar golpista, Antonio Injai e no lider politico tribal, Kumba Yala.

Pergunta-se, se perante este cenario de extrema clareza que se reporta sobre a situação de crise na Guiné-Bissau, o que mais querera as NU para tomar medidas firmes e empreender acçéoes rigorosas e exemplares contra esses precaviradores das leis e normas que gerem o Direito Internacional, incluindo o desrespeito cagaçado que dão às Resoluções e Recomendações das NU.

Aqui, os guineenses não pedem as NU a realização de nenhum milagre, exigem somente que sejam coerentes e estejam à altura das suas responsabilidades, pois NAO SAO ROSAS,... não, Senhor Ban Ki-Moon, ... SAO PROVAS..., PROVAS VOSSAS dadas pelo vosso Representante no terreno.

Felisberto Pinto
Sociologo"

Jornalista ambulante: Amanhã, vou a Milão (Itália), depois Paris (França), e a seguir Bruxelas (Bélgica). O périplo acaba em Sevilha (Espanha). Assim, que os vossos deuses estejam comigo, e que o frio me poupe! AAS

Saúde de morte!: O sector da Saúde pública da Guiné-Bissau iniciou hoje uma greve de 7 dias para reclamar o pagamento de seis meses de salários em atraso. AAS

Denúncia: Façam barulho


Caro Aly,

Sou acompanhante do seu blogue e obviamente escrevo sobre anonimato. Isso deve-se ao facto estar aqui para fazer uma denúncia sobre a conferência que está para acontecer este sábado na Universidade Lusofona, em Lisboa.

Para dizer que este grupo é liderado, ainda que disfarçado, pelo Afonso Gomes, o frustado apoiante de Serifo Nhamadjo e que se auto-intitula' representante da Comunidade guineense em Portugal'. Ele acabou de chegar da Guiné-Bissau, onde lhe encomendaram esta acção, para vir depois dizer que esta é que é a posição da diáspora guineense na Europa.

Este homem tentou juntar muitos nomes conscientes da Guiné-Bissau para este evento e não conseguiu, tendo ficado frustado e respondendo mal a algumas pessoas. Mas lá conseguiu convencer alguns que estão cegos e hoje já circula no facebook um evento criado pela Associação de Estudantes Guineenses em Portugal que também não passa de pau mandado para convocar pessoas.

A estratégia passa pela discussão sobre o período de transição (que, como já se viu, prolongar-se-á por anos, tal como Porta-Disparates defendeu já em Bissau. É preciso anunciar que este evento contará com a presença de conselheiros do 'Presidente de CDEAO', Candjura Injai e Mendes Pereira. A Comunidade devia sim ir lá mostrar a esta gente o que quer, porque estamos prestes a ver o nosso nome no lixo.

Espero merecer a sua atenção porque assunto é sério.

Mantenhas


NOTA: A comunidade guineense que é contra os golpes de Estado devia ir em massa e FAZER-SE ouvir bem alto. Todos para a Universidade Lusófona!!! Esta devia ser a estratégia! AAS

Eleições - A Guiné-Bissau entregue à bicharada


O porta-voz do governo de transição da Guiné Bissau Fernando Vaz defendeu a prorrogação desse governo por vários meses ou mesmo anos. Fernando Vaz falava em nome do seu partido, a União Patriótica Guineense, no congresso de um outro partido que apoiou o golpe de estado de Abril, o Partido da Renovação Social. Para Vaz a Guiné-Bissau precisa de “estabilidade duradoura” pois a “destabilização do quadro político tem sido cíclica e endémica”.

“Pensamos por isso que é necessário consolidar-se a estruturas democráticas e para isso é preciso tempo, pois isso não se pode fazer em seis meses ou num ano,” disse Vaz. “Entendemos que é necessário uma reforma estrutural política e com isso ganhamos tempo para a reforma do sector de defesa e segurança,” acrescentou. Para Fernando Vaz “é fundamental haver um pacto de regime em que futuramente nos próximos oito ou dez anos seja quem ganhar eleições terá no seu governo a representação daquilo que é a malha política da sociedade guineense”.

“Não estamos a inventar nada pois isso sucede em vários países de África com sucesso,” acrescentou. Interrogado sobre qual o período de transição que defende Vaz disse que isso será alvo de discussões mas disse ser a posição do seu partido um período de “três a quatro anos” As declarações de Vaz foram feitas no dia em que o Conselho de Segurança se reunia para analisar um relatório do Secretário-geral da ONU, Ban Ki moon em que este descartou a hipótese apresentada anteriormente pelo governo de transição para a realização de eleições.

Ban Ki-Moon, recorde-se, propôs no seu relatório um “roteiro” para o regresso á “ordem constitucional” elaborado pela ONU, União Africana, União Europeia, CEDAO, CPLP e as partes políticas guineenses. VOA

Acusação disparatada


Esta é a acusação feita ao primeiro-ministro legítimo Carlos Gomes Jr., pelo Ministério Público guineense. Não tem por onde se lhe pegar... AAS

acusaçao 1

acusaçao2

acusaçao3

AAS

Gâmbia e Senegal discutem Casamansa


Uma delegação de alto nivel representando a Gambia encontrou-se na passada segunda-feira com o presidente senegalês Macky Sall para discutir das perturbações actuais na região da Casamansa no sul do Senegal, segundo fontes oficiais. No domingo passado, o governo gambiano obteve a libertação de oito soldados senegaleses, capturados por uma facção do Movimento das Forças Democraticas da Casamansa (MFDC), leal a Salifo Sadjo, declararam os responsaveis gambianos. Esta libertação aconteceu alguns dias apenas de terem completado um ano de cativeiro.

Os soldados capturados foram entregues domingo por uma delegação de responsaveis do governo enviados à Casamansa pelo presidente gambiano Yahya Jammeh. O ministro dos Assuntos Presidenciais Njogou Bag, dirigiu essa delegação comprendendo altos responsaveis governamentais, o embaixador americano na Gambia e os membros da Federação internacional da Cruz-Vermelha e do Crescente-Vermelho. Esta equipa deslocou-se à Dakar para entregar os soldados as autoridades senegalesas, indicou Sr. Bag. O MDFC reivindica a independência da Casamansa desde 1980. O conflito ja fez milhares de mortos e que afecta seriamente as relaçéoes entre os dois paises vizinhos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Reacções internas à normalização política; CEDEAO toma medidas


1 . Os militares implicados no golpe de Estado de 12 de abril e meios político-partidários com os mesmos conotados, em especial a ala do PRS obediente a Kumba Yalá, estão a reagir com atitudes interpretadas como sendo de desconfiança e/ou insegurança às tendências que se desenham no sentido da resolução da crise.

Factos ilustrativos:

- O FPP-Forum dos Partidos Políticos, entidade dominada pela referida ala do PRS (Artur Sanhá, actual presidente da Câmara Municipal de Bissau e principal activista), mas da qual fazem nominalmente parte cerca de vinte outros partidos sem qualquer expressão, contestou publicamente o compromisso, alargado ao PAIGC, com base no qual o funcionamento anormal da Assembleia Nacional Popular foi retomado.

- Os militares, em relação aos quais já se vinham notando sinais de incomodidade face ao cenário de normalização política, ordenaram medidas de prevenção e reforço das Forças Armadas – por exemplo, um plano urgente de recuperação técnica de tanques dados como inoperacionais.

A reacção de ambos os sectores (e suas ramificações na sociedade), decorre de percepções/previsões segundo as quais a evolução que se desenha conduzirá ao fim do actual “status quo”, pós-golpe de Estado; supõe-se que pretendiam prolongar no tempo, ainda que reajustado, o papel preponderante que, de facto, até agora têm exercido. A inclinação que ultimamente vinham deixando transparecer e que consistia na dissolução da Assembleia Nacional Popular (criação em seu lugar de um Conselho Nacional de Transição, vigente por dois anos e encabeçado por Kumba Yalá), também teve um efeito acelerador na mudança de linha da CEDEAO. A notória incomodidade que a ala do PRS identificada com Kumba Yalá revela face ao momento actual é especialmente devida à reabilitação política e institucional do PAIGC. A marginalização e ofuscamento a que este partido estava sujeito era vista como vantagem para implantar o PRS.

2 . A presente evolução da situação adquiriu dinâmica considerada irreversível numa reunião conjunta promovida pela União Africana, em Adis Abeba, em que pela primeira vez desde o golpe de Estado se registou um espírito de “ampla harmonia” entre todas as partes – ONU, União Europeia, CEDEAO e CPLP.

Na esteira da reunião foram postas em marcha ou estão agendadas medidas como as seguintes:

- Em marcha está já o reforço da missão militar da CEDEAO, ECOMIG, em efectivos e material (mais cerca de 500 homens, na sua maioria oriundos da Nigéria; artilharia e blindados ligeiros e pesados).

- Agendadas: missão conjunta, UA, ONU, União Europeia, CEDEAO e CPLP, de 16 a 21 de dezembro, conforme decisão tomada em Adis Abeba; tem a finalidade de acertar com as autoridades um plano de normalização político-constitucional, abrangendo aspectos como realização de eleições e lançamento imediato de um plano de reforma das FA.

O embaixador dos EUA em Dacar, Lewis Lukens, comunicou também a intenção de se deslocar a Bissau (onde também está acreditado), em data coincidente com a presença da missão conjunta. Os EUA denotam preocupações anormais com a realidade do narcotráfico na Guiné-Bissau e na região. O escritório de representação dos EUA em Bissau, à frente da qual se encontra Russel Hanks, supostamente um perito em matérias como narcotráfico e terrorismo (18 anos de missões no Médio Oriente; domínio da língua árabe), é considerado centro de uma rede alargada, destinada a acompanhar o narcotráfico e suas conexões. A preocupação dos EUA está relacionada com o braço da Al Qaeda, consabidamente implantado em regiões do Norte de África geograficamente próximas da Guiné-Bissau. O finaciamento de actividades terroristas da Al Qaeda provém em geral do crime organizado – narcotráfico, exploração ilícita de recursos naturais, etc.

3 . O reforço da ECOMIG aparenta ser ditado por razões como elevar a sua capacidade militar face a “imprevistos” que as actuais circunstâncias político-militares tornaram mais prováveis, mas também equiparar a sua grandeza à de um contingente da CPLP que a ela se juntará para constituir uma força militar mais alargada.

Brasil, Angola, Ghana e Moçambique são os países que, em princípio, integrarão a nova força internacional de estabilização na Guiné-Bissau – a que também se poderão juntar destacamentos de outros países africanos. A função chave da nova força será a de acompanhar/prestar assistência ao processo de reforma das Forças Armadas.

Para alojar os efectivos de reforço da ECOMIG a CEDEAO pediu a cedência do quartel de Mansoa, onde está alojado um Batalhão descrito como leal ao CEMGFA, General António Indjai. A localidade de Mansoa apresenta especial importância geográfica, como cruzamento viário e local de uma ponte indispensável para ligar o Norte ao Sul do territóriio. Informações não inteiramente verificadas, mas consideradas suficientemente credíveis, indicam, também, que a ECOMIG, no quadro de medidas excepcionais alvitradas pelas presentes circunstâncias, selou e montou guarda aos princiupais paióis militares, incluindo o de Brá, nos arredores de Bissau.

António Indjai dispõe actualmente de uma força privativa, vulgo “guarda pretoriana”, que se estima ser constituída por cerca de 300 homens, quase todos balantas; controla também uma rede de contra-inteligência (Ten/Cor Tchipa, chefe). O seu quotidiano é sujeito a medidas de segurança como nunca pernoitar no mesmo local em dias sucessivos. O Estado, na situação de penúria em que o Tesouro se encontra, não dispõe de meios financeiros para suportar as despesas militares (que A Indjai considera prioritárias). A evidência dá azo a conjecturas segundo as quais provem do narcotráfico o grosso dos meios usados para tal fim. Os militares são os principais agentes da actividade. AM

PAIGC: Bá Quecuto na pole position


Braima Camará, vulgo “Bá Quecuto” prepara-se para anunciar a sua candidatura à presidência do PAIGC, logo a seguir à prevista reconfirmação pelo Comité Central - na sua reunião nos dias 15 e 16 de dezembro - da data antes anunciada para o congresso do partido, 16 a 20 de janeiro de 2013. As previsões, cada vez mais fundadas, de que será eleito, despertaram interesse no conhecimento da sua pessoa por parte de serviços de informações e na diplomacia de países com ligações mais estreitas à Guiné-Bissau.

Sem pressões: Joseph Mutaboba, representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, termina mandato no final do ano. Depois, bem, depois logo se verá... E, não, Mutaboba não sairá por causa de pressões das autoridades ilegítimas, golpistas e traficantes da Guiné-Bissau! AAS

Guiné-Bissau: Paulo Portas aborda Ban Ki-Moon


O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, vai reunir-se com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) durante a sua deslocação a Nova Iorque, (hoje e amanhã), informou o seu gabinete. Durante o encontro com Ban Ki-moon, Portas abordará as situações na Guiné-Bissau, Timor-Leste e Síria, bem como o processo de paz para o Médio Oriente.

Do programa consta ainda um almoço com os embaixadores dos países que coincidiram com Portugal no Conselho de Segurança das Nações Unidas e uma intervenção no debate sobre operações de paz das Nações Unidas, que este promove na quarta-feira, dia 12 de Dezembro. O mandato de Portugal no Conselho de Segurança, recorde-se, termina a 31 de Dezembro deste ano.