quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Ah, ah, ahhhhh


Olá Meu caro Aly

Sou um dos colaboradores de uma das associações da comunidade guineense em Portugal, na nossa reunião da Direcção fomos informados de que terá lugar na nossa Embaixada de Portugal, uma reunião convocada com único ponto de trabalho " Troca de Impressões" como se pode ler no documento em anexo.

Gostaria de chamar a atenção ao Governo de Transição no sentido de mudar a sua estratégia para com a diáspora guineense radicada em Portugal, e principalmente para com os seus dirigentes associativos; pois com os inúmeros pronblemas que existem neste país de acolhimento, é absurdo e intolerável convocar uma reunião com o teor pouco diplomático e sem carácter, facto que não dignifica de maneira alguma a nossa representação Diplomática em Portugal.

Aliás, na última reunião (27 de Outubro de 2012) que se realizou na Embaixada convocada pelo Encarregado de Negócios Sr. Carlos Edmilson (Nony), além de ter chegado com 1 hora de atraso, como se não bastasse, depois da reunião ter começado, passou-se horas a fim a ler o Seu duvidoso Curriculum Vitae. Todos os presentes ficaram estupefactos e desiludidos para além de discussões infundadas entre o Nony e o representante da AGUINENSO - Associação Guineense de Solidariedade Social, dirigida por Fernando Ká.

Abaixo a ditadura da cocaína na Guiné-Bissau


A acusação feita à Guiné-Bissau, no recente relatório do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, é grave e não pode passar despercebida. A Guiné-Bissau, lendo o relatório, tornou-se na maior base de operações do narcotráfico na sub região da África Ocidental, e ponta-de-lança neste negócio da morte. Desta vez, as acusações foram transversais – para além dos militares, aparecem agora os agentes da Segurança e...os políticos, pois claro. ESTÃO TODOS METIDOS ATÉ AOS CABELOS no negócio do tráfico de drogas, o principal instigador e financiador do golpe de Estado de 12 de abril em Bissau.

Agora que os estilhaços acertaram em cheio e pela primeira vez, pedimos humildemente ao Conselho de Segurança da ONU uma tomada de posição FIRME e clara, sem subterfúgios nem ambiguidades, no que diz respeito ao conteúdo do referido relatório do Secretário-Geral da ONU, de 6 de dezembro de 2012. É necessário, é urgente mesmo o envio de uma FORÇA INTERNACIONAL DE INTERPOSIÇÃO, ESTABILIZAÇÃO, chame-se-lhe o que se quiser, para salvar o Povo da Guiné-Bissau.

Eu alertara, era preciso, imperioso mesmo, sancionar também os políticos que tomaram o País de assalto e se arvoram em governantes, sujando o nome de milhões de guineenses. O Mali não será nem mais nem menos do que a Guiné-Bissau, corre nas veias do Povo maliano sangue, tal como corre nas veias do Povo guineense sangue. O Povo do Mali sofre com a dor do Povo da Guiné-Bissau e vice-versa. Perguntem-lhes e eles dirão se sim ou se não... Abaixo a ditadura da cocaína na Guiné-Bissau.
António Aly Silva

Presidente de Cabo Verde condena sem ambiguidades golpes de Estado na Guiné-Bissau


O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, reafirmou, perante o novo embaixador da Nigéria na Cidade da Praia, que Cabo Verde condena "sem ambiguidade" os golpes de Estado perpetrados na Guiné-Bissau e Mali, defendendo uma solução "simpática" para a crise guineense, noticia a AFP. Citado pela agência Inforpress, Jorge Carlos Fonseca, ao receber as cartas credenciais que acreditam Ahmed Maigida Adams como embaixador extraordinário e plenipotenciário da Nigéria em Cabo Verde, justificou a posição por razões de princípio e respeito de valores, defendendo o retorno à ordem institucional e à legalidade.

No caso específico da Guiné-Bissau, onde reside o novo embaixador da Nigéria, o chefe de Estado sugeriu uma "solução simpática", na qual se associariam todos os actores políticos guineenses envolvidos no quadro do mandato conferido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e monitorizado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e União Africana. "Esta é a estratégia indispensável para pôr termo à situação de instabilidade que prevalece (na Guiné-Bissau). Só num clima de paz e estabilidade a sub-região poderá reunir condições para avançar rumo ao desenvolvimento dos seus países-membros e do bem-estar efetivo das suas populações", afirmou. Na sua intervenção, Jorge Carlos Fonseca propôs à Nigéria a institucionalização de um mecanismo permanente de consulta bilateral ao mais alto nível para manter a sub-região africana livre de pirataria marítima, de acções terroristas, de ameaças do tráfico e do crime transnacional.

Destacando o importante papel que a Nigéria tem vindo a desempenhar na CEDEAO, Jorge Carlos Fonseca justificou a intenção para combater os fenómenos nocivos e manifestou disponibilidade do país para, no âmbito da organização sub-regional, cooperar "lá onde for possível". Jorge Carlos Fonseca exortou os dois países a relançarem a cooperação, sobretudo nas áreas de assistência técnica, pesca, comércio e indústria, principalmente na aviação civil e energia, enquanto "setores estratégicos" da economia. O Presidente cabo-verdiano sublinhou, por outro lado, que Cabo Verde vê com "grande interesse" o desenvolvimento de uma "cooperação frutífera" com a Nigéria nos domínios da aviação civil e energia, para inaugurar uma "nova etapa" nas relações bilaterais, que abrandaram nos últimos anos.

O chefe de Estado cabo-verdiano lamentou os "acontecimentos trágicos" que estão a ocorrer na Nigéria, "ceifando vidas inocentes, além de avultados prejuízos económicos", repudiando-os "com toda a veemência". Ahmed Maigida Adams, por sua vez, transmitiu as felicitações do Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, tendo manifestado a intenção de trabalhar para reforçar "cada vez mais" a cooperação entre os dois países, por entender que a estabilidade com que se vive em Cabo Verde poderá ser determinante para o desenvolvimento. O diplomata nigeriano enumerou as áreas políticas, económicas, cooperação e desenvolvimento como pontos essenciais para que os dois países continuem a gozar de um progresso e estabilidade nesta região africana.

Retrato tenebroso


O retrato da Guiné-Bissau, que o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon traça no seu último relatório ao Conselho de Segurança, não deixa dúvidas: o tráfico de drogas registou uma “forte intensificação” e a violência contra opositores e activistas aumentou desde o golpe de Estado de 12 de Abril liderado pelo agora Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general António Indjai.

Um e outro são crime e deviam ser punidos, bem como o desrespeito pela legalidade constitucional, decorrente do golpe, considera Ban Ki-moon no documento apresentado na semana passada, antes da discussão marcada para a próxima terça-feira em Nova Iorque. O relatório de treze páginas pode ser consultado no site da ONU.

Nele, Ban Ki-moon aponta duas datas marcantes. A primeira – o dia do golpe – a partir da qual o tráfico de droga aumentou na Guiné-Bissau. E aumentou num contexto em que a cumplicidade e “o apoio de membros das forças de defesa e segurança e das elites políticas” estão a permitir que os grupos de criminalidade organizada transitem agora mais facilmente pela Guiné-Bissau. “Centenas de quilos de cocaína estarão assim a entrar clandestinamente em cada operação” e cada operação terá lugar “uma ou duas vezes por semana sem nenhuma intervenção dos poderes públicos”, refere o secretário-geral da ONU.

As informações de que dispõe permitem-lhe ainda afirmar que “o modo operatório dos traficantes consiste em encaminhar a droga para a Guiné-Bissau a bordo de pequenas avionetas que aterram em lugares clandestinos ou navios atracados ao longo da costa.”

Acções de militares

A segunda data é 21 de Outubro, dia de um ataque a uma base militar com vítimas mortais e que os críticos do regime viram como uma encenação para justificar uma perseguição de opositores. Desde então, a ONU registou um maior número de perseguições a vozes dissonantes do novo regime, com aumento das execuções sumárias, prisões e tortura. Pessoas pertencentes à etnia felupe, e que tinham sido acusadas do ataque, foram torturadas e algumas mortas, fazendo recear a ocorrência de “violências e fenómenos de dominação fundados em factores étnicos”, lê-se no relatório.

Ban Ki-moon mostra-se “especialmente preocupado” com as “graves violações de direitos humanos e actos de intimidação cometidos pelos militares” nos últimos meses. E receia que “o direito à vida, à segurança pessoal e física, à integridade física, propriedade privada e ao acesso à justiça bem como a liberdade de reunião, de opinião e de informação continuem a ser violados”. Além disso, diz o secretário-geral, "o país permanece paralisado" com "consequências terríveis para a população".

Do lado de um desejado processo para restabelecer a legalidade constitucional, segundo Ban Ki-moon, não há nenhum avanço. Alguns episódios relatados no documento sustentam uma situação contrária no país agora dirigido por um Governo de transição reconhecido por países como o Senegal, Costa do Marfim ou Burkina Faso, no quadro da posição assumida pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) face ao novo poder da Guiné-Bissau. Um dos exemplos apontados é o facto de o procurador-geral da Guiné-Bissau, que entrou em funções em Agosto, não abrir qualquer inquérito sobre os acontecimentos de 21 de Outubro e delegar essa responsabilidade nas chefias militares.

Ban Ki-moon inclui na lista de “crimes graves” ocorridos na Guiné-Bissau, e que, quanto a ele, não podem ficar impunes, os assassínios políticos do passado, as violências contra opositores do presente, o desrespeito pela ordem constitucional e o tráfico de droga. Quando, em Outubro, foi questionado pela revista Time sobre o alegado envolvimento das chefias militares no crime organizado e tráfico de droga na Guiné-Bissau, o general António Indjai, líder do golpe e actual CEMGFA, respondeu: “Mostrem-me as provas disso.” PÚBLICO

Na íntegra, o relatório de Ban Ki-Moon


LEIA AQUI

Vota na nova sondagem DC

GUINÉ-BISSAU: Ban Ki-Moon "profundamente preocupado"


O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, manifestou-se "profundamente preocupado" com o impasse político e a degradação da segurança na Guiné-Bissau, "deplorando" as persistentes divergências internas e entre parceiros internacionais. A posição é expressa no mais recente relatório do secretário-geral sobre a situação na Guiné-Bissau, a que a Lusa teve acesso, em que Ban Ki-moon revela ter dado instruções ao secretariado da ONU e à missão em Bissau (UNIOGBIS) para organizarem uma reunião entre as "autoridades de facto" e o governo deposto "tão rápido quanto possível". Sob auspícios da União Africana, em Adis Abeba, esta reunião terá como finalidade um acordo sobre os "próximos passos para repor a ordem constitucional através de um processo de diálogo nacional", conforme dita a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança após o golpe de Abril.

O Departamento de Assuntos Políticos foi ainda incumbido de promover a elaboração de um "roteiro" entre União Africana, União Europeia, ONU, comunidade regional (CEDEAO) e comunidade lusófona (CPLP) para apoiar os esforços de reposição da constitucionalidade. "Continuo profundamente preocupado com a persistente falta de progressos na reposição da constitucionalidade na Guiné-Bissau e a deterioração da situação de segurança", afirma Ban no relatório, mencionando o recente ataque contra uma base militar em Bissau.  "O país tem permanecido paralisado com consequências graves para a população e uma degradação da situação económica", adianta.

A situação na Guiné-Bissau será discutida no Conselho de Segurança na próxima terça-feira, 11 de Dezembro, em consultas em que deverá estar presente o representante especial da ONU em Bissau, Joseph Mutaboba. O tráfico de droga e o crime organizado aumentaram substancialmente na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de Abril pelos militares, segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. No seu último relatório sobre a situação na Guiné-Bissau, a que a Lusa teve acesso, Ban Ki-moon reitera o pedido ao Conselho de Segurança da ONU para que, face ao aumento, seja estabelecido um painel de peritos para investigar a actividade e identidade dos envolvidos no tráfico de droga e crime organizado.

"Há provas substanciais de um aumento no tráfico de droga e crime organizado desde o golpe de Estado de 12 de Abril", afirma o secretário-geral no relatório. Ao painel de peritos no Conselho de Segurança, deve ser dado poder de aplicar sanções "direccionadas e punitivas" para "ajudar a inverter o crescimento de actividades relacionadas com tráfico de droga", defende.

O golpe de Abril teve entre os seus principais atores militares ligados pelo Departamento de Estado norte-americano ao crime organizado e tráfico de droga. A situação na Guiné-Bissau será discutida no Conselho de Segurança na próxima terça-feira, 11 de Dezembro, em consultas em que deverá estar presente o representante especial da ONU em Bissau, Joseph Mutaboba.

Espera-se também um 'briefing' sobre o comité de sanções para a Guiné-Bissau, estabelecido pela resolução aprovada pelo Conselho após o golpe, organismo que é presidido pelo embaixador de Marrocos na ONU. No relatório, Ban Ki-moon frisa que "qualquer solução para a instabilidade na Guiné-Bissau deve incluir acções concretas para combater a impunidade". LUSA

GUINÉ-BISSAU: Thabo Mbeky consulta Macky Sall


O antigo presidente da Republica Sul Africano, Thabo Mbeki, consultou ontem, quarta-feira em Dakar o chefe de Estado, Macky Sall, sobre a situação no Mali e na Guiné-Bissau, dois paises frontaleiros com o Sénégal. "Eu vim fazer uma visita de cortesia ao presidente da Republica e ao mesmo tempo aproveitar desta ocasião para le pedir o seu ponto de vista e apreciação sobre a situação no Mali e na Guiné-Bissau", disse Thabo Mbeki, nas suas declarações difundidas pela Televisão estatal senegalesa (RTS).

Vindo participar na 6a Cimeira das Afrocidades (Sommet Africités) que teve o seu incio, ontem, quarta-feira em Dakar, o antigo dirigente Sul Africano precisou de que se trata de ver ‘’em qual medida é possivel a partir dessas informaçãoes e das apreciações do Presidente Sall nos possamos ajudar a CEDEAO e a União Africana’’ na resolução das crises que afligem esses dois paises.

A Guiné-Bissau e o Mali ambos conheceram este ano golpes de estado militares. Se no primeiro pais (Guiné-Bissau) os soldados interromperam brutalmente o processo eleitoral, no Mali, o derrube do poder de Amadou Toumany Touré precipitou a ocupação do Norte do pais pelo Movimento Nacional de Libertação de Azawad e d e outros grupos Islamistas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer


FONTE - JORNAL PÚBLICO

O ÚLTIMO GRANDE ARQUITECTO DO SÉCULO XX

MUDEI O MEU NOME PARA ARQUITECTURA

UMA ARQUITECTURA FELIZ

NIEMEYER

"A vida é um sopro", Oscar Niemeyer


VIAGEM TRANQUILA PELA OBRA DE NIEMEYER. De Pampulha a Brasília.

Paulo Henrique Amorim – Mas não no seu caso. As suas histórias são de concreto, ficam para sempre.

Oscar Niemayer – É, enfim. Trabalhei, não posso me queixar. O primeiro trabalho que eu fiz em Pampulha foi tendo sucesso, eu trabalhei para JK naquela ocasião, eu me lembro que Pampulha foi o início de Brasília, não é? A mesma correria, a mesma angústia, a mesma preocupação com prazo, e tudo correu bem, Pampulha com a Igreja assim diferente, coberta de curvas, ele ficou satisfeito. Tudo isso eu acredito, deu ao JK um ânimo assim para tocar para Brasília. Eu me lembro que ele me procurou e disse, "Oscar, fizemos Pampulha, agora vamos fazer a nova capital". E começou essa aventura que durou alguns anos e que deu, pelo menos, ao povo brasileiro a sensação de um pouco de otimismo diante do futuro que agora a gente vê com um certo prazer. A gente sentindo que o Brasil está bem conduzido, que o presidente é operário e está, pela própria origem, ligado ao povo, que o Brasil está crescendo para ser um país importante, a América Latina está se unindo contra essa aventura do império do Bush.

Paulo Henrique Amorim – O senhor não gosta do Bush?

Oscar Niemayer – Eu acho que ele é um merda, sabe.

ÚLTIMA HORA: Morreu o arquitecto brasileiro, Oscar Niemeyer. Tinha 104 anos. Que descanse em paz. AAS



"Não é o ângulo recto que me atrai, nem a linha recta, dura e inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein."

oscar

Oscar Niemeyer, Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1907 — Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2012

Bafatá misti iagu


COMUNICADO DE IMPRENSA

5 Dezembro 2012 – Projecto Bafatá Misti Iagu 1

Lançamento oficial do documentário resumo do projecto

O Projecto Bafatá Misti Iagu, promovido pelo programa Engenheiros Sem Fronteiras da ONG portuguesa TESE (TESE-ESF) em parceria com a Associação de Saneamento Básico, Protecção da Água e Ambiente de Bafatá (ASPAAB), permitiu assegurar um serviço de abastecimento de água mais sustentável na Cidade de Bafatá, na Guiné-Bissau.
Para assinalar o encerramento deste projecto, a TESE-ESF divulga em primeira mão o documentário resumo desta intervenção, realizada entre Janeiro 2010 e Junho 2012. O documentário está disponível em:

 Vimeo HD 720p: https://vimeo.com/53385238
 Vimeo HD 720p: https://vimeo.com/52093049 (Versão com legendas em Inglês)

E será disseminado através de diversos meios digitais.

Para mais informações CONTACTE:

David Afonso – Coordenador de País (Guiné-Bissau)
Antigo Edifício da Western Union,
Cidade Velha, Bafatá, Guiné-Bissau
Telf.(+245) 7362641 | 5836620 | 6155308 E-mail: d.afonso@tese.org.pt Web: www.tese.org.pt

O OBJECTIVO do projecto

Este projecto promovido pela TESE-ESF teve por objectivo assegurar um acesso mais sustentável a fonte melhorada de água para a população da Cidade de Bafatá, na Guiné-Bissau.

Quem BENEFICIOU do projecto

Antes da intervenção da TESE-ESF apenas cerca de 20% dos 28.067 habitantes da Cidade de Bafatá possuía acesso a fontes de água melhoradas. O projecto beneficiou directamente a população de Bafatá, contribuindo para que actualmente cerca de 45% da população, aproximadamente 13.375 mulheres e homens, passem a ter acesso a água de forma sustentável e mais segura.

Para além de reabilitar as infra-estruturas, a abordagem da TESE-ESF centrou-se na definição e implementação de um modelo de gestão do abastecimento, que permita ao parceiro local (a ASPAAB) assegurar o funcionamento do serviço de água de forma viável e sustentável, nomeadamente através da cobrança do consumo, redução de perdas e capacidade técnica para a operação, manutenção e gestão financeira.

Quem FINANCIOU e quem IMPLEMENTOU o projecto

O custo total de 436.409€ foi financiado pela Comissão Europeia (324.786€), Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (93.123€), Fundação Calouste Gulbenkian (12.500€) e pela própria TESE-ESF (6.000€).

O projecto foi promovido pelo programa Engenheiros Sem Fronteiras da TESE (TESE-ESF), em parceria com a Associação de Saneamento Básico, Protecção da Água e Ambiente de Bafatá (ASPAAB) – organização a quem o Estado Guineense transferiu a responsabilidade pela gestão do abastecimento de água na Cidade de Bafatá e a Delegacia Regional de Recursos Hídricos de Bafatá (DRRH-B). O projecto contou ainda com o apoio da EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA.

O que é a TESE-ESF

A TESE – Associação para o desenvolvimento é uma ONGD portuguesa criada em 2002, que procura criar e implementar respostas inovadoras que melhor promovem o desenvolvimento social, a igualdade de oportunidades e a qualidade de vida. O Programa Engenheiros Sem Fronteiras (TESE-ESF) é a unidade da TESE dedicada ao Desenvolvimento Internacional, que foca a sua intervenção nas áreas temáticas do Ambiente e Desenvolvimento, através da promoção do empreendedorismo social e do acesso sustentável a serviços e infra-estruturas sociais nos sectores da Água, Saneamento, Energia, Resíduos, Agricultura, Tecnologia.

Grandes con(v)ivências


O Capitão Pansau N’Tchama, acusado pelas autoridades militares guineenses de ter sido o autor de uma inverosímil tentativa de assalto do quartel do Batalhão de Pára-Comandos, Bissau, afinal convive no quotidiano, em aparente harmonia, com o CEMGFA, General António Indjai. O episódio da tentativa de assalto, considerado uma encenação tosca, culminou com uma também insólita “captura” do oficial – momento a partir do qual o seu rasto se perdeu.

Maleabilidade político-negocial da CEDEAO influencia Governo


1 . As atitudes de aproximação ao PAIGC, recentemente postas em marcha pelas actuais autoridades guineenses (abrangidos sectores da sociedade civil descritos como não afectos às mesmas), são decorrência de pressões da CEDEAO, por sua vez justificadas pela conveniência de se encontrar uma solução rápida para a crise na Guiné-Bissau.

A linha que a CEDEAO está agora a seguir na abordagem do problema da Guiné-Bissau, marcada por uma maior flexibilidade de posições, também ficou patente numa reunião dedicada ao assunto que nos dias 01/02.Dez juntou em Adis Abeba representantes seus, da CPLP, União Africana, União Europeia e ONU.

A CEDEAO em geral, mas em particular os seus principaís membros, Nigéria e Costa do Marfim, denotam cansaço em relação ao problema da Guiné-Bissau. Recentemente, a Rep da Guiné, não atendeu um pedido urgente de ajuda financeira da parte da Guiné-Bissau; comporometeu-se a corresponder apenas num “quadro político diferente”.

2 . O severo isolamento internacional a que o regime pós-golpe de Estado se sujeitou (suspensos todos os progranmas de ajuda), forçou a CEDEAO a providenciar apoios financeiros, e outros, destinados a assegurar o funcionamento do Estado. As ajudas têm, porém, vindo a diminuir; em Nov houve problemas com o pagamento dos salários.

A Nigéria e Costa do Marfim denotar sentir necessidade, por estritas razões financeiraas, de pôr termo e/ou abrandar o esforço que a crise na Guiné-Bissau acarreta para ambos.. Mas aparentemente também querem encerrar o assunto por imperativos de ordem política relacionados com os seguintes factores – em especial:

- Enfrentam problemas internos de tipo sedicioso; o seu envolvimento num problema que apresenta nos seus primórdios uma rebelião contra um Governo legalmente em funções, tende a criar-lhes embaraços políticos e morais; o “script” dos seus adversários internos apresenta parecenças com os autores do golpe de Estado na Guiné-Bissau.

- Um arrastamento da crise política na Guiné-Bissau demonstra incapacidade da CEDEAO e tende a “encorajar” situações anormais noutros países da região; os autores do golpe de Estado não foram responsabilizados, o status quo vingou e não foi ainda alcançada uma solução política para o problema.

3 . Na lógica da presente flexibilidade da CEDEAO é tido em conta um conceito segundo o qual uma solução efectiva da crise na Guiné-Bissau não pode marginalizar o PAIGC e sectores da sociedade com ele identificados ou próximos. É o partido mais organizado e mais representativo.

O forcing da CEDEAO no sentido de se alcançar o mais breve possível uma solução para o problema da Guiné-Bissau, transmitindo à mesma suficiente solidez, esteve na origem da oposição que moveu a planos considerados “enganosos” dos militares, aliados ao PRS, de dissolver a Assembleia Nacional Popular e impôr um regime de transição de 2 anos. A CEDEAO, que enquanto tal e/ou através de membros influentes, teve um papel instigador no golpe de 12.Abr, pretende igualmente que a sua intervenção na crise tenha um “fim honroso”. Na sua perspectiva tal desígnio será alcançado com a realização de eleições em Abr.2013 e com o início do processo de reforma das FA.

A sua única reserva, de momento, é em relação a um regresso ao país de Carlos Gomes Jr, que antevêm como podendo vir a constituir um foco de instabilidade – ou pior. Não se opôs a que uma delegação do Governo deposto, encabeçada por Djaló Pires, ex-MNE, se deslocasse a Adis Abeba para a referida reunião. A delegação do Governo, chefiada pelo actual MNE, Faustino Embali, é que não compareceu em Adis Abeba. Ao ser informado em Dacar de que uma delegação das anteriores autoridades também estaria presente, Faustino Embali, depois de uma consulta às autoridades em Bissau, decidiu regressar ao país.

ÚLTIMA HORA-STJ-ELEIÇÕES - Paulo Sanhá é o novo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e Rui Nene o Vice Presidente e novo Presidente da Comissão Nacional de Eleições. AAS

Afronta à ONU


Assim que o representante do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, deixou o país no passado dia 1 com destino a Nova Yorque a fim de apresentar o seu relatório a Ban Ki-Moon, a tropa decidiu tomar de ponta a sua segurança. Assim, um dos guarda-costas de Mutaboba, um cidadão ruandês, foi surpreendido perto das instalações do Estado-Maior General das Forças Armadas e quase foi agredido pelos militares. Joseph Mutaboba, recorde-se, tem quatro cidadãos ruandeses (seu país) como guarda-costas. AAS

Desde quando?


Esta NOTÍCIA fez-me rir a bandeiras despregadas! Desde quando é que na Guiné-Bissau houve crianças a fazer guerra? Na Guiné-Bissau são os adultos que matam - e estão perfeitamente identificados!!! Ma n'falau, kussa tem bô?! AAS

Um filho é um filho é um filho



O Secretário de Estado americano, Cordell Hull, terá dito esta frase, referindo-se ao ditador dominicano Rafael Leónidas Trujillo: "Ele pode ser um filho da puta, mas é nosso filho da puta". Bem visto. AAS

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Golpe de Estado pôs economia K.O.


Crescimento econômico da Guiné-Bissau é mais baixo na África Subsaariana. A situação política na Guiné-Bissau fez recuar a economia neste ano, levando-o em último lugar entre os países da África Subsariana africanos em termos de crescimento econômico, um alto funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse. O diretor de África do FMI departamento, Antoinette Sayeh, disse que depois de mostrar crescimento em 2011, com o produto interno bruto crescer 5,3 por cento, a economia da Guiné Bissau sofreu um revés devido a uma queda nas vendas de castanha de caju e a política do país situação desde o golpe de Estado em 12 de abril.

De acordo com Sayeh, a situação política tem afetado o desempenho fiscal do país, apesar de um regresso ao crescimento económico sendo possível quando as exportações de caju voltem ao normal. Em relação ao resto da África subsaariana, Sayeh, disse que, apesar de uma recessão econômica mundial, o desempenho "é vigoroso" e alguns países têm perspectivas de crescimento boas, de 5 por cento ou mais, em alguns casos, para 2012 e 2013.

Finanças: 5 dias de greve


O Sindicato dos trabalhadores das finanças publicas da Guiné-Bissau desencadearam a partir de segunda-feira, 4 do corrente, uma greve de cinco dias, para reclamar cinco meses de atrazados dos subsidios, anunciou o presidente Antonio Araujo Miranda.

A greve tem uma adesão de 100% em todo o pais, afirma esse sincalista, sublinhando que os subsidios "constituem um complemento de salario indispensavel para funcionarios de rendimentos modicos que andam à volta de 35 000 FCFA". José Lopes, secretario geral do Ministério das Finanças, da sua parte, lançou um vibrante apelo aos grevistas instando-os à suspensão do movimento que, segundo ele, "paralizou completamente a recolha das receitas aduaneiras, tal como a do comércio interno" e que pora em causa o pagamento dos salarios do fim do mês de dezembro.

União Africana convoca consultas sobre a situação na Guiné-Bissau


Por iniciativa da Comissão da União Africano (UA), uma reunião consultiva sobre a situação na Guiné-Bissau teve lugar dia 01 de dezembro de 2012 , na sede da UA, em Addis Abeba. Além da UA, o encontro reuniu a Comunidade Econômica dos Estados Oeste Africano (CEDEAO), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Europeia (UE) e as Nações Unidas (ONU). Presidido pelo Comissário da UA para a Paz e Segurança, o embaixador Ramtane Lamamra, o encontro permitiu que os cinco organizações para trocar opiniões sobre a evolução da situação na Guiné-Bissau e que a melhor maneira de ajudar o país a curto, médio e longo prazo desafios.

A este respeito, as organizações participantes discutiram os termos de referência da missão conjunta planejando para Guiné-Bissau. A missão está prevista para avaliar a situação no terreno, através da interação ampla com todos os interessados​​, e para formular um conjunto de recomendações sobre a melhor forma as organizações em causa podem trabalhar em conjunto no sentido de resolver a crise multidimensional na Guiné-Bissau. Os participantes tiveram uma troca interativa com uma delegação que representa o Governo que estava em funções no momento do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, no contexto das discussões que as cinco organizações parceiras teem planejado empreender com todas as partes interessadas, na Guiné-Bissau e no exterior.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

RFI e France 24: o jogo obscuro do audiovisual exterior da França


Geralmente esquecidos como o primeiro actor não negligenciavel da formatação das opiniões publicas africanas sobre o papel e a hegemonia da France na conduta dos «assuntos ditos africanos da França » os midias da audiovisual exterior da França particularmente a RFI e France 24 teimam em nos fazer crer de que eles são actores importantes e potentes na rede ideologica da politica africana da França.

Qual pode ser a sua verdadeira linha editorial senão a de ser sempre e eternamente a voz da França em Africa, quer o poder seja da direita ou da esquerda em França nada muda nesse aspecto. Essas potentes médias que são escutadas e vistas cada semana por mais de 44 milhões de Africanos francofonos estão dotados de corpos de redacção experimentadas para incutir nos africanos o tipo de informações que lhes convêm e que vai ao encontro dos seus interesses. Assim arrogam-se o papel de defensor do que se deve fazer, de justiceiros da viuva e do orfão, de perseguidores dos tiranos e dos potentados, de grandes mestres da cultura democratica e da arte de gerir e dividir equitativamente os rendimentos e a riqueza nacional.

Como não ser sensivel quando se é Africano a essa mão estendida da RFI e France 24, as suas lições civilizadoras que dão seguimento aos velhos pais brancos de missões recentes. Nada em aparência demonstra o aspecto de uma tal impostura porquanto trata-se de informar e sobretudo de informar dentro das regras da arte e da cultura ocidental onde esta escrita no quadro das regras mestras da deontologia jornalistica, que nenhuma verdade deve ser escondida ao publico, aos ouvintes.

Quando se é proprietario de uma caixa de ressonância com essa força e capacidade continental, podemos ser conduzidos sem se dar conta a fazer o que bem nos apetecer e a manipular consciências. Assim, os fracos, os revoltados, os cultos, os artistas, os desportistas todas as inteligências do bem fazer como do mal fazer do continente marcam encontro aos microfones e aos ecrâns para difundir as suas opiniões. O resultado desta democracia audiovisual e virtual se resume na maior parte das vezes na agravação da tensão ja palpavel e cristalizadas nos corpos economicos e sociais elaboradas por todas as forças ideologicas e economicas que tomam geralmente como testemunhos os povos não preparados a entrar na violência das trocas desiguias do nosso planeta.

De tanto brincar como fogo se queima. Ja não se conta o numero de jornalistas de France 24 ou de Rfi que se encontram cada vez mais em situações de dificuldade em agir nos territorios onde estão destacados ou nos teatros das operações, dado que, a sua presença é indesejavel ou vista como uma afronta tanto é a imparcialidade jornalistica que continuam a recursar não praticar.

A audiência é assim toda um convergência cahortica de interesses financeiros e de procura de posicionamento monopolistico. Ha sempre algo a fazer ou interessar-se em Africa dado que, todos os paises não são fechados à transferência massiva da informação das potentes midias da audiovisual exterior da França e, por vezes, é mesmo do interesse dos dirigentes no poder de se propuserem a actos de submissão aceitando reportagens mediatizadas e encomendando de entrevistas em exclusivo como sendo a poção magica para melhorar a sua imagem de marca ou economica dos respectivos paises temendo que, elas possam ser alvos de ataques por parte desses potentes medias, capazes de fazer fugir os potenciais investidores.

Nada sera como antes apesar da audiovisual exterior da França não se rivalizar na mesma categoria que a imprensa africana. Sera cada vez mais duro para a Africa, tal como o foi o tandem France-Afrique de fazer acreditar nas opiniões africanas de que, o tratamento da informação que é feita pela RFI e France 24 têm como unica finalidade a difusão de uma informação despida de quaisquer vontade de influência hegmonica.

Correspondance: SPC, 237online.com

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Em busca da identidade perdida


"UNIÃO PARA MUDANÇA – UM PARTIDO À PROCURA DA IDENTIDADE PERDIDA
 
A União para Mudança é um partido político que deixou fugir a sua oportunidade. Hoje, é um partido moribundo, que apenas produz comunicados, onde praticamente não diz absolutamente nada, ou melhor diz, mas apenas isto: “Encoraja”, “apela”, “congratula” ou “reitera”, etc. E o pior de tudo é que quando faz a análise da situação actual do país, diz que “…a evolução é positiva…”, utilizando como critério de apreciação, apenas o facto de, a Assembleia Nacional Popular ter encontrado um arranjo institucional com a eleição da mesa que preside os seus trabalhos seis (6) meses depois do golpe de Estado, grande obra…

Esta avaliação é tão tendenciosa e desprovida de objectividade como tem sido a incoerência dos dirigentes deste Partido ao longo dos últimos seis meses. Triste figura para um partido que para muitos, poderia interferir com a bipolarização política do país, trazendo aos guineenses novas esperanças, novas ambições, nova forma de ver e praticar a governação e sobretudo dar mais valor aos argumentos da justiça social.
A melhor coisa que a UM poderá fazer nos próximos tempos é calar-se, deixar de emitir comunicados ridículos, reflectir sobre como promover a democracia interna no seio do partido, e sobretudo reforçar a sua capacidade de entendimento sobre os valores e os princípios de cultura democrática, que tanta falta faz a maioria dos dirigentes guineenses.

Quem te avisa amigo é?

Edu
"

O que dizem os senhores golpistas?


"Após um forte crescimento económico em 2011 (quer dizer antes do assalto ao poder pelos senhores Kowmba Ialá, António Injai e Serifo Nhamadjo)a ecónomia da Guiné-Bissau sofreu uma forte quebra desde o golpe de 12 de Abril.
 
Esta afirmação não é minha, mais sim da Diretora do Departamento África do Fundo Monetário Internacional (FMI), Antoiniette Sayeh. Ainda segundo a Directora,esta queda brutal do crescimento ecónomico é consequência do golpe de Estado que originou uma queda na venda do principal produto de exportação que é a castanha de cajú.
 
De recordar que que em 2011 houve uma subida do PIB (Produto Interno Bruto)no valor de 5,3%, motivado pelo bom desempenho da governação na altura e que permitiu uma exportação em bom nível da castanha de cajú.
 
Perguntta-se o que é que dizem os senhores golpistas? É assim que querem ver o país? O certo é que, ao contrário da económia nacional que sofreu uma queda em termos de crescimento, o património dos golpistas aumenta cada vez mais, sobretudo o do senhor Injai.
 
Si cucu di cadjú ka cumpradu, bô ta iasal bô cumê na quartel ou bô fasi caldu de cucu ku kakri.
 
Bolingo Cá
"

Por que esperam?


"Caro amigo (deixe e perdoe que o trate assim) Aly Silva:

Para não ser maçador e cumprir com a norma, bem aplicada, do limite do tamanho das opiniões, queria dizer-lhe que - como apelaram os Guineenses da diáspora e o senhor concordou - também eu gostava de ver a "comunidade internacional" preocupar-se com a sua terra. Mas, infelizmente, não tenho muita esperança, já que a Guiné conta pouco.
 E de quem será a culpa? Do pobre povo, não é, com certeza. De alguns Guineenses, de certeza absoluta. E precisamente daqueles que, por mais esclarecidos, mais obrigação tinham de denunciar as barbaridades cometidas por quase todos os que já (des)governaram aquela terra onde sofri, mas que aprendi a amar.

Senão vejamos: Se as pessoas não se respeitam a elas mesmas, porque hão-de os vizinhos respeitá-las? Se os deputados (ou assalariados?) do PAIGC dão de bandeja a presidência da Assembleia aos Kumbistas, mesmo tendo a maioria, quem será que lhes vai ter respeito?

Olhe, como já em tempos lhe sugeri, aproveite o seu prestigio, conseguido com o seu magnífico trabalho e sacrifício, no Blogue e encabece um movimento dos verdadeiros Patriotas que, sem preconceitos, deviam pedir aos também verdadeiros amigos - e neste caso só vejo a CPLP - que intervenham e acabem de vez com a pandilha de analfabetos, traficantes, assassinos e corruptos, que vos têm enganado.

E olhe que não haverá por onde escolher. Não venham cá com o prestigio do partido da liberdade da pátria, porque, como se vê, é igual aos outros, senão pior. Porque, afinal, é quem tem estado mais tempo no poder. E o resultado está à vista. A propósito: porque diabo é que ainda se chama Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde - PAIGC - se Cabo Verde há tanto tempo que é - esse sim - um País e independente? Pense nisto e lance a campanha. Haverá muitos que quererão honrar a memória de Amílcar Cabral e, mesmo em crise, haverá quem contribua, desde que seja garantida uma administração honesta do que for conseguido. Fico ao dispor.

Obrigado!

Ramiro"

Carlos Gomes Jr.: "Lamentamos que a CEDEAO insista em não acatar os padrões da Comunidade Internacional, ignorando inclusive a resolução 2048 do Conselho de Segurança"


Entrevista do primeiro-ministro legítimo da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Jr., à revista Monocle, a briefing on global affairs, business, culture & design

jornalista: Syma Tariq

cadogo

Como você vê o futuro da Guiné-Bissau, dado a renovada legitimidade da CEDEAO ao governo golpista e a recém-frustrada tentativa de contragolpe?

Vejo o futuro da Guiné-Bissau com muita preocupação considerando a posição da CEDEAO que contraria toda a posição assumida pela Comunidade Internacional, nomeadamente as Nações Unidas, União Africana, União Europeia e a CPLP. Quanto à essa alegada tentativa de contra golpe carece de mais cuidados uma vez que essa acusação é duvidosa e carece de fundamento. O que assistimos recentemente resume-se ao facto de estar em curso mais uma vã tentativa de distrair as atenções de todos, enquanto se concretiza o projecto que visa entre outros: a instalação de um regime político ditatorial e militarista que mantenha e perpetue no poder, indivíduos distantes da preferência popular e sem qualquer legitimação democrática, a transformação do país num espaço propício ao negócio ilícito incluindo o narcotráfico e o terrorismo e, por último, a intenção de aniquilar o PAIGC, partido vencedor das últimas eleições, e assegurar a ascensão perene ao poder, por vias não democráticas, de outras forças políticas.
Acrescento e reafirmo o repúdio das autoridades legítimas da Guiné-Bissau à violência e assim, condenar os actos que voltaram a sobressaltar a população Guineense com mortes, perseguições, espancamentos e o silenciamento compulsivo de todas as vozes discordantes do regime imposto. Nos dias subsequentes assistimos a uma tentativa desenfreada de produzir uma explicação para os acontecimentos de 21 de Outubro passado e, ao branquear a realidade dos factos, criar um caso politico que permita responsabilizar terceiros, nomeadamente Portugal, a CPLP e o Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
Registamos com particular frustração que a resolução da crise que se instalou na Guiné-Bissau tenha criado fortes divergências entre as diferentes organizações internacionais. Reconhecemos à CEDEAO, com base no princípio da subsidiariedade delegada pela União Africana, a liderança do processo de mediação da crise na Guiné-Bissau. Temos contudo particular dificuldade em compreender que este se apresente em contradição com a salvaguarda dos valores da Democracia e do Estado de Direito, assim como a preservação do respeito e a dignidade da nossa organização sub-regional.
Lamentamos que a CEDEAO insista em não acatar aos padrões da Comunidade Internacional, ignorando inclusive a resolução 2048 do Conselho de Segurança e levando o país ao isolamento total, com graves consequências social e humanitária para o nosso povo e contraria flagrantemente o princípio da tolerância zero ao acesso ao poder por vias anticonstitucionais, tal como proclamado no seu próprio protocolo sobre a democracia e boa governação.
Neste contexto, saudamos as claras posições assumidas pela CPLP, União Europeia, União Africana, Organização Internacional da Francofonia e as Nações Unidas, que souberam genuinamente interpretar os referidos princípios e renovamos a esperança de ver a CEDEAO reconsiderar as suas posições e se alinhar com estes importantes parceiros.
Achamos todavia urgente que as Nações Unidas assumam o seu papel de coordenação deste processo tal como recomendado pela Resolução 2048 do Conselho de Segurança, e a Declaração do Presidente do Conselho de Segurança, do dia 30 de Julho de 2012, para que todas as organizações parceiras sejam incluídas na busca de uma solução equilibrada, justa e que responda as aspirações dos guineenses.
Nesta óptica, reiteramos o nosso apelo ao Secretário-geral das Nações Unidas, para a convocação de uma reunião de alto nível para a análise da situação na Guiné-Bissau, com vista a elaboração de uma estratégia global e integrada e a adopção de um roteiro, contendo medidas concretas para o restabelecimento completo da ordem constitucional na República da Guiné-Bissau.


Na sua opinião, como pode o grande problema do tráfico de drogas ser resolvido?

A questão do narcotráfico é um problema que não pode ser resolvido só pela Guiné-Bissau. É indispensável e necessária a congregação de esforços para a cooperação internacional para fazer face a esse problema. O combate ao narcotráfico exige avultados meios financeiros e materiais que a Guiné-Bissau não dispõe neste momento. Aliás, ao longo de todo o meu governo tenho insistido com apelos à comunidade internacional para fazer face ao combate contra o narcotráfico.

O que pensa que vai acontecer nas previstas eleições de Abril de 2013?

Estou certo que desde o momento que seja garantida a segurança de integridade física ao Presidente do Partido PAIGC e demais dirigentes políticos do meu partido, ganharemos as eleições legislativas e o seu candidato ganhará as presidenciais.

Realisticamente o que pensa que a comunidade internacional pode fazer para ajudar a restabelecer a ordem constitucional na Guiné-Bissau?

Desde o golpe de estado de 12 de Abril passado, o Governo Legitimo, imbuído de alto sentido de Estado e de responsabilidade perante o povo da Guiné-Bissau, elegeu a diplomacia activa como instrumento das suas acções, alertando a comunidade internacional sobre a real situação interna do país, denunciando e informando nas instâncias internacionais competentes os verdadeiros propósitos dos militares golpistas e seus comparsas.
Todas as diligências foram promovidas junto de instâncias internacionais autorizadas e competentes como as Nações Unidas, União Africana a União Europeia, a CPLP e a CEDEAO, o que proporcionou ganhos políticos e diplomáticos incomensuráveis, levando a que a comunidade internacional reforçasse o isolamento por via do não reconhecimento dos golpistas e das autoridades ilegitimamente impostas.
Por tudo isto, reitero de forma comprometida ao povo guineense e à comunidade internacional a minha firme determinação na luta pelo restabelecimento da legalidade constitucional na Pátria de Amílcar Cabral e condenar veementemente os sequestros, perseguições e espancamentos de dirigentes e responsáveis políticos que se opõem firmemente ao golpe de estado; solicitar às Nações Unidas a criação de uma Comissão Internacional de Inquérito sobre os acontecimentos do passado dia 21 de Outubro e a consequente responsabilização dos seus autores materiais e morais; reiterar o pedido formulado ao Conselho de Segurança das Nações, que, face aos crimes já perpetrados, justifica-se plenamente a urgente necessidade de constituição de um Tribunal Penal Internacional ad hoc para a Guiné-Bissau como único mecanismo para estancar esta hemorragia social, clarificar todos os casos já ocorridos e punir legalmente os responsáveis materiais e morais. Doutra forma corre-se o risco de contribuir e facilitar a operação de branqueamento em curso e já anteriormente denunciada e, reafirmar a imperiosa necessidade da instalação de forças internacionais sob a égide da UA e das NU com amplo mandato de, entre outras, estancar os desmandos e evitar mais atrocidades e mais derramamento de sangue e a onda de terror instalada, restabelecer a segurança das pessoas e das instituições e ajudar a restituir ao povo guineense o direito à livre expressão e pleno exercício da cidadania.


Quais serão os seus próximos passos? Actualmente, na qualidade de Primeiro-Ministro no exílio, o que está a fazer?

Preparar para regressar ao meu país, participar no congresso do partido e participar nas próximas eleições. Adianto assegurar ao povo Guineense e a todos os parceiros internacionais, a firme determinação do Governo legítimo da Guiné-Bissau e do PAIGC, em continuar a utilizar todos os mecanismos legais disponíveis, e junto das instâncias internacionais competentes e vocacionados, para a reposição da ordem constitucional na Guiné-Bissau e restituição do poder aos escolhidos pelo povo guineense.

domingo, 2 de dezembro de 2012

O que esperam os golpistas?


"Aly,

Estou intrigado com facto de ainda nao ter havido uma única reacção (favorável) por parte das "autoridades de transição", referente à possibilidade de se requerer os serviços de um tribunal penal internacional para investigar e punir os autores dos crimes que se tem verificado na Guiné-Bissau, como de resto já foi sugerido pelo elenco do governo deposto. O que esperam as "autoridades de transição" para aderir a esta nobre iniciativa para se desvendar a verdade e punir finalmente os criminosos?
 
Mas, afinal, quem nos anda a esconder a verdade?  Quem anda com rabo de palha, que não se aproxima ao fogo!
 
N'tori Palan
"

Guineenses na diáspora pedem envio de uma força internacional para a Guiné-Bissau


A comunidade guineense na diáspora pediu hoje em Lisboa às "autoridades internacionais" uma "intervenção urgente" na Guiné-Bissau, nomeadamente o envio de uma força internacional "que assegure a paz" no país. Dirigindo-se às "autoridades democráticas internacionais", Aduardo Jalo, falando em nome da "comunidade guineense no estrangeiro", solicitou "um olhar atento" para os "raptos, torturas, roubos, espancamentos, assassinatos, prisões arbitrárias de cidadãos e políticos diariamente perpetrados" na Guiné-Bissau.

Jalo, que falava em conferência de imprensa, disse que a comunidade guineense vê com "perplexidade" a "indiferença com que o seu país é tratado pela comunidade internacional". Para alterar a situação, a comunidade apelou ainda à realização de eleições democráticas na Guiné-Bissau e de um inquérito internacional aos acontecimentos de 21 de outubro, bem como à "criação de um tribunal internacional para julgar todos os responsáveis e demais implicados nos crimes de sangue cometidos no país a partir do ano 2000".

"Quantas mortes terão de acontecer para que a comunidade internacional encontre uma solução para a Guiné-Bissau", questionou Aduardo Jalo. Além da "passividade internacional", foi criticada a "cumplicidade da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental)" perante o que descreveram como violações de direitos humanos. A Guiné-Bissau sofreu um golpe de Estado a 12 de abril, na véspera da segunda volta das eleições presidenciais no país, disputada por Carlos Gomes Júnior e Kumba Ialá, ex-Presidente guineense.

Foram destituídos o Presidente interino do país, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e uma junta militar, com o apoio da CEDEAO, nomeou um governo de transição, que permanecerá no poder até novas eleições, que devem ocorrer no prazo de um ano após o golpe de Estado. Existem divergências entre os parceiros internacionais sobre a situação política na Guiné-Bissau, nomeadamente a CEDEAO e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que não reconhece o Governo de transição. No dia 21 de outubro, registou-se um ataque a um quartel do exército na Guiné-Bissau, que o governo de transição do país considerou uma tentativa de golpe de Estado apoiada por Portugal, a CPLP e Carlos Gomes Júnior. LUSA

NOTA: O editor do ditadura do consenso apoia o pedido do envio dessa força. AAS

sábado, 1 de dezembro de 2012

Aly, no Mali


Caro irmão,

Ontem à noite, por volta das 22:00, estava a ouvir a rádio África Mídia, e ouvi o seu nome ser chamado nesse programa radiofónico realizado na quarta-feira. Trata-se de uma rádio privada do Mali. O jornalista convidado para o programa é editor de um jornal, também privado, o ABA BACARI. Ele estava a comentar o possível ataque de militares estrangeiros no norte do Mali. Ele enumerou muito coisa que eu pude ouvir e registar.

1.       Disse que o Mali já tem tragédia que chegue, porque os militares da CEDEAO (os mesmos que estão na Guiné-Bissau)não são bem vindos no Mali, porque o povo sabe da desgraça que fizeram na Libéria, na Serra Leoa e o que está a acontecer agora na Guiné-Bissau.

2.       Disse que a ONU é subordinada do Ocidente, porque o Ocidente pensa que o norte do Mali pode ser transformado num campo de treino da Al Qaeda, e perguntou: Porque há outros países, em que o povo está a sofrer como a Guiné-Bissau, a RDC, a Síria - e as Nações Unidas até agora não reagiram.

3.       Que o Mali será como o Vietmane porque os Malianos não gostam da CEDEAO, e que um grupo de mercenários encomendados pela França fez o golpe e estão livres sem nenhuma condenação.

4.       Ele conclui que os militares do Mali, a Guiné-Bissau e a Síria podem aterrorizar o povo durante 5, 10, quinze anos, mas depois, questiona, o que vai acontecer com eles quando estivrem sem força, o que vai acontecer com eles? Ele conclui dizendo que na Guiné-Bissau as pessoas têm medo de se manifestar e que os jornalistas são insultados e ameaçados de morte, como é o caso do jornalista Aly Silva, entre outros.

Bom fim de semana

DIA DA UNIDADE NACIONAL: PARA QUANDO?


Às vezes, pergunto a mim mesmo: Porquê que a Guiné-Bissau não é como todos os guineenses (bons filhos) gostariam que fosse? Por mais que eu faça de bobo, a resposta se torna cada vez mais óbvia: O mal da Guiné-Bissau, vem dos próprios guineenses.
 
Ao longo das quatro décadas que se seguiram a independência, o desentendimento entre os cidadãos tem ganho outras proporções e expandido pelo país fora. A insegurança nas cidades e nos subúrbios está a transformar-se num problema sério para os guineenses. A nossa sociedade pouco a pouco está a ser destruída. Estamos a perder o controlo da soberania nacional. A Guiné enquanto estado, deve promover a unidade dos povos! Ou a unidade se faz, ou ela se desfaz e a divisão da nação se perpetua. “OU VAI, OU RACHA!”
 
Ainda como consequência de vários conflitos que assolaram o país após a independência, a Guiné, sendo um país pobre, tem sentido fortemente a deterioração  dos seus valores morais, culturais, políticos, sociais e a decapitação da sua economia que já vinha a crescer lentamente.
 
É imperativo, promover a unidade nacional, como condição indispensável para o desenvolvimento harmonioso da Guiné-Bissau. Unidade entre todos os guineenses (militares civis e políticos). O próprio termo unidade, demonstra fraternidade. É disso que o país precisa para consolidar a paz e a estabilidade. Assim se constrói a democracia, bem-estar e a prosperidade dum povo.
 
A semelhança dos países como a Rússia, Alemanha, Brasil etc. mais um feriado, não faria mossa nenhuma a Guiné-Bissau.  Aliás, ela merece... Faria todo o sentido para a pátria de Amilcar Cabral, este feriado: “DIA DA UNIDADE NACIONAL”. Obviamente que seria da competência dos nossos governantes, (de transição ou vindouros) escolher uma data e a razão pela qual foi escolhida. Eu, como cidadão, vejo-me no direito de opinar e dar sugestões sobre esta questão e outras... Seja qual for a data escolhida, devia ser comemorada, em memória dos nossos irmãos que perderam a vida nos conflitos!
 
Quero que fique bem explícito que não sou político, embora todos nos temos uma costela de político. Escrevo na condição de cidadão/poeta e pretendo deixar o meu singelo contributo, mesmo que seja somente para a promoção da consciência nacional e da preservação dos valores e princípios que a constituição prevê.
 
“A paz só é possível quando os nacionalistas se decidirem lutar, não por interesses mesquinhos, mas pela causa da democracia, fazendo tudo pela Nação e nada contra a Nação”. (M.J.)

Depois da tempestade virá a bonança! O desejo ardente de todos os guineenses sem dúvidas, é de dormir e acordar no colo da mãe Guiné, com o chilrear de “djambatutu”; viver com justiça, sem guerra, sem mortes, sem agressões, sem abusos e sem medo; respirar o ar puro das nossas florestas; beber a água límpida das nossas fontes; contemplar as nossas bolanhas, nossos rios; dançar o nosso gumbé; saborear a nossa comida; abraçar a nossa gente boa de tabanca e soltar o GRITO DE LIBERDADE.
 
Esta é a nossa pátria amada...
 
Unidos venceremos!
 
Londres, 29/11/2012
Vasco Barros