segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Grandes Guineenses pelo mundo - Carlos Lopes: «É preciso uma reforma muito mais profunda da forma como o poder está distribuído no mundo»

carlos lopes undp

Natural da Guiné-Bissau, Carlos Lopes ocupou um dos cargos mais importantes da Organização das Nações Unidas (ONU), na mesma época do secretário-geral Kofi Annan, quando foi diretor da entidade. Hoje é subsecretário da organização, mas, mesmo assim, isso não o impede de refletir de forma crítica a respeito da função exercida pelos organismos multilaterais no mundo, em um contexto no qual todos estão em crise e discutindo reformas. Leia abaixo trechos da entrevista concedida por Lopes.

Fórum – Dentro desse contexto de crise, o papel dos organismos multilaterais está sendo repensado. Como podemos ver a função deles hoje?

Carlos Lopes – Do ponto de vista formal, todos os organismos multilaterais estão em crise. E todos estão falando em reforma: As Nações Unidas, o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio, as agências especializadas. Todas admitem que há de fato um novo paradigma e que é preciso se adaptar a ele. Mas acontece que essas reformas são muito lentas porque são protagonizadas por consensos de países, muitas vezes com interesses divergentes, e cada passo é conquistado com bastante dificuldade. Há reformas que já foram feitas, por exemplo, hoje em dia é inconcebível que se faça uma grande conferência global, sobre qualquer tema, sem haver conferências à volta de organismos não governamentais, envolvendo a sociedade civil. Isso não era assim no passado. Mas ainda não é suficiente, porque se nós formos ver como é que as pessoas trabalham em rede hoje em dia, com acesso direto à informação, os organismos ainda têm alguma dificuldade em conseguir responder a essa pressão por participação. E outro problema muito grande também é decidir tudo por consenso. Parece uma coisa democrática, mas na realidade provoca uma série de dificuldades como se pode ver quando se discutem questões problemáticas.

Fórum – Em uma de suas falas, o senhor mencionou o papel da OMC, dizendo que ela seria, no papel, uma instituição mais democrática. Por que essa democracia não se efetiva de fato dentro da OMC?

Lopes – Há várias experiências de democratização do poder de decisão dos organismos multilaterais. A experiência talvez mais interessante é a da OIT, que tem uma participação tripartite, em que estão representados governos, sindicatos e organizações empresariais. E agora, mais recentemente, houve essa proposta de recriação da OMC, de tentar fazer com que houvesse um mecanismo de decisão em que o consenso é regra absoluta com a possibilidade de ser exercido o poder de retaliação, quando um determinado membro não cumpre as regras. Só que a forma de realizar a contestação e a forma de construir o consenso são completamente burocratizadas e levadas a um extremo em que só os mais poderosos é que decidem, talvez até mais do que numa situação que parece menos democrática, como por exemplo a forma de governar do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, mas que na prática acaba sendo pelo menos mais transparente, você sabe quem está votando o quê. Na OMC, passa-se mais ou menos igual, embora a composição daqueles que têm a influência seja diferente, mas os pequenos acabam por manter voz nas matérias apreciadas.

Fórum – Ou seja, para fazer esse modelo funcionar, precisaria desburocratizar?

Carlos Lopes – É preciso uma reforma muito mais profunda da forma como o poder está distribuído no mundo. Nós não estamos mais num poder que foi construído em 1950 ou 1945. Estamos num poder que tem a ver com a emergência do Sul, uma situação em que as quatro economias mais poderosas do mundo daqui a uns vinte anos vão incluir países do Sul, não só a China, mas outros. E, portanto, tem que haver uma distribuição das formas de poder. Embora se admita isso, há uma certa dificuldade em enxergar através daquele sistema das reformas muito lentas que eu estava explicando para você. Então começam a surgir alternativas fora do quadro institucional tradicional, como é por exemplo o surgimento do G20, uma demonstração de que o sistema tradicional não funciona. Então temos que criar uma coisa à parte, que responda às necessidades da tomada de decisão tal como ela se apresenta hoje no mundo.

Fórum – O senhor mencionou, em sua palestra, algumas alianças comerciais amplas que estão sendo feitas, envolvendo grandes parcelas da população mundial. Elas podem, ao invés de impulsionar reformas desses organismos, esvaziar o seu poder?

Carlos Lopes – Depende, a dinâmica é muito complexa e muitas coisas podem acontecer. Até as vésperas da primeira reunião do G20, quase toda gente pensava que o Fundo Monetário Internacional vivia a sua pior crise existencial e talvez não sobrevivesse a ela como mecanismo influente. Mas a reunião do G20 injetou 750 bilhões de dólares no FMI e alterou completamente o quadro. A dinâmica é muito difícil de prever.

Fórum – Essa crise também faz repensar um pouco a função do Estado na economia, já que observamos várias medidas restritivas no sistema financeiro e algumas estatizações em países como os EUA, que sempre foram adeptos do neoliberalismo. Pode-se dizer que o Estado está se remodelando?

Carlos Lopes – Com tendências keynesianas. Keynes foi o grande apologista de que o Estado tinha um papel no desenvolvimento e, de fato, isso acabou por se manifestar por uma palavra: regulação. Ou seja, dar ao Estado o poder de regulação. Só que o Estado fazendo regulação não é nada de novo, é o que sempre fez, ou fazia. Agora há tendências, em alguns países, de se retomar a dimensão pública do Estado. Na discussão sobre crises e oportunidades, é importante destacar que a dimensão pública do Estado tem que ser muito maior do que aquela que está sendo feita nesses países. O que na realidade fizeram foi mais salvar o sistema financeiro e os bancos do que propriamente reposicionar o Estado para ser um ator do desenvolvimento. O Estado tem que se concentrar nos bens públicos comuns e, dentro desses bens públicos comuns, a regulação é apenas um meio, não deve ser um fim. E como meio que é, deveria permitir que houvesse um maior controle das grandes fortunas, porque elas de fato chegaram a uma situação obscena em termos de concentração de renda. 82% da renda é concentrada num mundo dos 20% mais ricos, isso é uma situação insustentável.

Fórum – O senhor acha que existe possibilidade de as novas relações Sul-Sul serem baseadas também no que foi a relação Sul-Norte, ou seja, com alguns países sobressaindo e impondo seu modelo a outros? Ou pode surgir algo novo mais igualitário?

Carlos Lopes – Não, eu acho que infelizmente a natureza humana não muda só porque o país protagonista está mais ao sul ou ao norte. Nós estamos a ver uma nova configuração do mundo e essa nova configuração – que não é assim tão nova, porque ela existiu até 1920 e depois é que começou a alterar através do papel de países como a China, que sempre estiveram presentes na economia mundial – vai impor também uma maneira de ver o mundo que tem muito a ver com esses países do Sul. Eles vão ter mais influência, vão ter um lugar à mesa, mas isso não significa necessariamente que os outros também se podem sentar. Vai haver certamente uma tendência para falar em nome de grupos de países, sem necessariamente refletir todas as sensibilidades dos pequenos países, dos pequenos atores. Portanto é uma dinâmica que não tem apenas aspectos positivos, tem também alguns que podem vir a ser negativos, mas no quadro atual das relações, muito divididas entre Norte e Sul, podemos considerar que é uma evolução muito, muito interessante e sobretudo que permite enxergar novas oportunidades. Agora, depende de como as oportunidades vão ser utilizadas.

Fórum – Falando em oportunidades, na cúpula de Copenhague o papel das ONGs, dos movimentos sociais, das manifestações espontâneas, foi marcante. O senhor acha que a crise ambiental e a crise econômico-financeira dão uma oportunidade para novas articulações desses atores em nível planetário?

Carlos Lopes – Hoje em dia trabalha-se muito em rede. Mais uma vez, não é algo novo. Mas o que é novo é a forma como as redes se constituem, em uma velocidade muito mais rápida, graças às tecnologias da comunicação nas redes sociais e, portanto, a articulação das redes abarca um número de participantes que nós não conhecíamos antes. Para se chegar, por exemplo, a uma plataforma com milhares de participantes dialogando sobre o tema, como foi o caso de Copenhague, precisava de anos de laboração. Hoje em dia, essas articulações podem ser feitas no mesmo local da reunião. Quer dizer, o Estado coordena a reunião dentro da sala e, ao lado, ou junto, há milhares de pessoas fazendo lobby e influenciando a negociação. Portanto, essa capacidade de trabalhar em rede é completamente exponencial, não tem nada a ver com a realidade que nós tínhamos ainda há 10, 15 anos atrás.
Quando, por exemplo, houve a primeira Cúpula da Terra no Rio, em 1992, havia uma presença das ONGs, mas não tinha nada a ver com que ocorre hoje em dia com as organizações do meio ambiente. O FSM é uma demonstração dessa mudança. No entanto, a negociação formal para fazer tratados entre chefes de Estado continua completamente condicionada às formas tradicionais. E há aqui um déficit.
Uma parte da reforma da ONU não deveria ser só para aumentar o número de membros no Conselho de Segurança, tratar da questão do poder de veto, fazer com que haja uma maior importância das operações humanitárias, que se desenvolva uma forma coerente de desenvolvimento. Mas deveria ser também sobre como tratar da questão do método da negociação, porque o método hoje em dia não pode ser igual ao do passado, e essa discussão ainda não começou.


Fórum – Que tipo de contribuição o FSM deu e ainda pode dar em termos de novas saídas para a crise?

Carlos Lopes – A grande vantagem do Fórum é que ele é um espaço de ideias. A partir do momento em que tentar traçar uma plataforma única, perde força. Ele é um grande gerador de ideias, uma espécie de dínamo que permite que as ideias possam se fortalecer, ganhar adeptos e se transformar em redes de grande influência. Estou convencido de que nos últimos dez anos uma boa parte das transformações globais foi altamente influenciada pela dinâmica do Fórum, não tenho a mínima dúvida sobre isso.
Hoje em dia não se pode ignorar o poder da sociedade civil organizada. A sociedade civil sempre existiu, mas está agora organizada, estruturada, e o que é mais interessante é que ela não se estrutura em fronteiras nacionais ou regionais, articula-se em nível global porque é relativamente fácil fazê-lo pela internet e com os contatos que as pessoas têm e a facilidade de viajar, em termos relativos aos que tínhamos no passado, cria uma possibilidade de modificação enorme. Portanto, essa influência vai continuar, mas está se transformando também. Hoje em dia o Fórum Social Mundial não tem a mesma capacidade e visibilidade de mobilização que tinha nas primeiras edições. Mas isso não quer dizer que perdeu influência, mas sim que está em um processo de amadurecimento quando se começa a discutir mais políticas públicas. É uma discussão mais periclitante, incisiva, e influencia de fato as tomadas de decisão mais concretamente.


FONTE: AQUI

Sobre o entrevistado:

Carlos Lopes é doutor em História pela Universidade de Paris 1, Pantheon-Sorbonne, foi consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (UNESCO) e da Comissão Econômica das Nações Unidas para África (CEA). Integrou os quadros do PNUD em 1988 como economista do desenvolvimento. Em Janeiro de 2003 foi coordenador residente do PNUD no Brasil - país onde o PNUD aplica o seu programa mais importante. Em Novembro de 2005, foi nomeado director encarregado dos Assuntos políticos, Humanitários e de Manutenção da Paz no Gabinete do secretário-geral da ONU. Actualmente, o guyineense Carlos Lopes é Director Executivo da UNITAR (United Nations Intitute for Training and Research) e Subsecretário Geral da ONU. É autor de numerosa bibliografia sobre questões de desenvolvimento e estudos africanos e leccionou em universidades e instituições acadêmicas em Lisboa, Zurique, México, Uppsola e Rio de Janeiro.

ÚLTIMA HORA: Primeiro-ministro deverá regressar hoje a Bissau, proveniente de Dakar, no Senegal. AAS

SAÚDE PRESIDENCIAL: O Presidente, bem disposto, brinca com o filho: "Quem te mandou vestir essas roupas todas (referindo-se ao frio)?". AAS

SAÚDE PRESIDENCIAL: Malam Bacai Sanha acordou muito melhor, e hoje está sorridente. AAS

SAÚDE PRESIDENCIAL

Nesta terra, onde a verdade é sempre a versão dos poderosos, onde raramente é declinada e pronunciada, Ditadura do Consenso simplesmente orgulha-se por divulgar a informação que conta. A verdade. Doa a quem doer. AAS

ÚLTIMA HORA: Primeiro-ministro Carlos Gomes Jr., estará em Dakar...AAS

domingo, 4 de dezembro de 2011

O diabo veste Prada?

ISAAC MONTEIRO, ex-consul da Guiné-Bissau em Angola (depois 'nomeado' verbalmente Cônsul geral pelo ex-Presidente Koumba Yalá), foi o protagonista de um golpe de mestre na festa dos 38 anos da independência de Angola, a 11 de novembro passado.

O protocolo de Estado angolano, enviou convites ao corpo diplomático para a festa, e o convite chegou. Só que, Isaac Monteiro recebeu o convite mas escondeu-o do embaixador Manuel dos Santos. Iria ele, portanto. A fina-flor!

E lá foi, todo aperaltado. Fato escuro, gravata, talvez de seda talvez de poliester, sapatos bem engraxados e polidos - ora essa! Não fosse ele o representante do Estado guineense na festa na Cidade Alta.

Mas a coisa havia de dar molho. Como tinha chegado a Luanda recentemente - aliás, Manuel dos Santos foi o último embaixador estrangeiro a entregar credenciais a José Eduardos dos Santos - George Xicoti, o ministro das Relações Exteriores angolano mandou procurá-lo a fim de o apresentar a figuras nacionais e estrangeiras.

Qual não foi o seu espanto, quando em surdina o comunicaram que Manuel dos Santos não estava na festa...mas que estava o cônsul Isaac Monteiro. Esta situação quase custou o cargo ao director-geral do protocolo de Estado angolano. Afinal, o protocolo sabia em que hotel está alojado o coronel 'Manecas', que tem carro e batedor fornecidos pelo Estado angolano.

A coisa caiu mal ao ministro, e houve movimentações no sentido de o ex-cônsul - na sua última visita oficial a Angola, há dois anos, Carlos Gomes Jr.,
deu como finda a comissão de Isaac Monteiro - ser posto no olho da rua, o que acabou por não acontecer. Coisas nossas... AAS

Salomé Gomes, mulher do primeiro-ministro, é cônsul honorário de Cabo Verde. AAS

Décimo primeiro mandamento: "Não empurres e não serás empurrado." AAS

GUINÉ-BISSAU UNIDA EM TORNO DO SEU PRESIDENTE

Pela primeira vez, a Guiné-Bissau ultrapassa Portugal em termos de número de visitantes por País. O que prova que a união dos guineenses com o seu Presidente da República é forte e de esperança:

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EXCLUSIVO/SAÚDE PRESIDENCIAL: Encontro do primeiro-ministro, Carlos Gomes Jr., com a equipa médica Presidencial

EXCLUSIVO: Malama Bacai Sanha, Presidente da República, está bastante melhor. Fala, está de bom humor e quer regressar a casa o mais rapidamente possível. As especulações maldosas em relação ao estado de saúde do Presidente da República, são caluniosas, infundadas e profundamente infelizes, servindo não se sabe que interesses... uma coisa é certa: o Presidente da República regressará ao Pais o mais breve possível, e descerá do avião com os seus pés, apoiados nas suas pernas! AAS

SAÚDE PRESIDENCIAL/ÚLTIMA HORA: Presidente da República confidenciou hoje à mulher, Mariama Sanha: "Tenho pressa de regressar à Guiné-Bissau". AAS

É definitivo: Federação de Futebol da Guiné-Bissau marca congresso para eleição do seu Presidente na próxima 4ª feira. AAS

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SAÚDE PRESIDENCIAL: Malam Bacai Sanha «amanheceu bem melhor». E a situação clínica evoluiu «bastante» para melhor. AAS

sábado, 3 de dezembro de 2011

Rogério Herbert, ex-embaixador em Moscovo, nomeado Secretário-Geral do ministério dos Negócios Estrangeiros, AAS

Saúde Presidencial: Malam Bacai Sanha acordou bastante melhor, e está bem disposto. AAS

Corrida à presidência da FFGB: Apoios ao actual presidente, José Medina Lobato

LOBATO 23
FOTOS: AAS

Juíz declara tribunal «incompetente» para se imiscuir nos assuntos do futebol

ffgb despacho 1

ffgb despacho 2

O despacho que deita por terra a providência cautelar, e abre caminho para a eleição do próximo Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau. AAS

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

António Indjai ameaça CEDEAO com «barulho» e «barafundas»

O CEMGFA, General António Indjai ameaçou que haverá «BARAFUNDAS» se a CEDEAO se decidir pelo envio de militares com o propósito de garantir segurança às figuras públicas nacionais. «Que fique claro que, no dia em que as forças da CEDEAO chegarem à Guiné-Bissau vamos fazer barulho, porque estamos habituados ao barulho», disse Antonio Indjai.

«Levantaram várias questões sobre mim e sobre o CEMA Bubo Na Tchutu. Não conseguiram encontrar nada e agora falam no assunto da CEDEAO. Que venham. Eles não sabem que nós acompanhamos sempre as questões com barulho», declarou Indjai. AAS

SPC(*)

Ditadura do Consenso, ciente da inoperância, do imobilismo e de alguma incompetência que vai no gabinete de imprensa da Presidência da República, informa aos seus 4 mil e tal leitores diários (sim, os números dispararam há 15 dias) o seguinte:

- O estado de saúde de Sua Excelência o Presidente da República, MALAM BACAI SANHA, em tratamento médico no hospital Val de Grâce, em Paris, França, tem estado a evoluir favoravelmente.

Bissau, 02 de Dezembro de 2011

António Aly Silva
Não-Assessor de imprensa da Presidência da República

(*) Só Para Contrariar... AAS

EXCLUSIVO-FEDERAÇÃO DE FUTEBOL: Juíz do 4º Juízo, Júlio Nhaga, declara «incompetência» e absolve «o réu» (FFGB). Siga a votação... AAS

OBRAS PÚBLICAS: Ministro sob forte contestação por nomear um primo a segunda figura do seu ministério...

É a última (ou pelo menos a mais recente do ministro José António Almeida): o ministro puxou dos galões, mandou vir um primo que vivia em Portugal há uma eternidade e, passando por cima de tudo e de todos, antiguidade incluida, nomeou-o secretário-geral do ministério das Obras Públicas - a segunda figura na hierarquia do ministério!!!

lucky guy

O Arqº Fernando Teixeira chegou no anonimato (ou coisa parecida) e acordou secretário-geral do ministério das Obras Públicas. E assim que as obras técnicas da avenida dos Combatentes foram dadas como concluidas, as chaves dos dois carros (uma carrinha de caixa aberta e um jeep da Ford) de fiscalização sumiram....reaparecendo nas mãos do Nº 2 assim que o despacho foi assinado!

Todos os directores, apurou o ditadura do consenso, têm carros novos, enquanto que os directores-gerais andam em calhambeques a cair de podre. É a governação no seu melhor... AAS

SAÚDE PRESIDENCIAL: Presidente da República acordou bastante melhor. Inch'Allah! AAS

Barrio Consulesa Belén

«Bom dia, António Aly Silva!


Obrigado mais uma vez por nos manter informados do dia-a-dia no país e seus arredores! Relativamente às declaraçoes da Sra. Belén Martínez Botella, esposa do cônsul da Espanha na Guiné-Bissau a propósito do seu ponto de vista sobre o quotidiano dum Guineense, considero tais declarações infelizes já que duma certa forma é o desrespeito e menosprezo para com todos nós Bissau Guineenses.

Ela creio que na qualidade duma diplomata deveria de medir sempre as consequências de quaisquer declarações nos meios de comunicação pública. Para já, com todo respeito, creio que ela nao é pessoa indicada para fazer juízo num blog público sobre o comportamento dos nossos concidadãos .

É importante que a sra., que está a viver e a trabalhar no nosso país, saiba respeitar a nossa cultura e os nossos valores. No entretanto, creio que lhe ficava bem apresentar um pedido formal de desculpas a todos os Guineenses sobretudo aqueles que como eu sentiram lesados ou insultados com as referidas declarações.

Muito Obrigado espero que tenhas a bondade de publicar este artigo.
Abraços

M.B.B.»

Que maçada: $68...as putas levam menos!

lv

Vem aí o stress

O ministro da Defesa de Cabo Verde recomendou ontem à CEDEAO "prudência" na condução do processo de reforma da Defesa e Segurança na Guiné-Bissau, para evitar "factores de stress" e se prosseguir com o roteiro definido com a CPLP.

Em declarações à Agência Lusa, Jorge Tolentino aludia à resposta negativa dada quinta-feira pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) guineense, António Indjai, que ameaçou demitir-se caso a Comunidade Económica dos Estados da África ocidental (CEDEAO) envie uma força de paz para a Guiné-Bissau.

"Trata-se de uma declaração que recebemos com toda a compreensão. Cabo Verde tem-se situado no quadro do roteiro CEDEAO/CPLP para a reforma das Forças Armadas da Guiné-Bissau e continuamos a acreditar que este é o quadro razoável, ideal, consensual, para que aconteçam mudanças significativas positivas na Guiné-Bissau", sustentou Tolentino. LUSA

Agotada? Entonces, esto es para usted Sra. Botella

«Creo que la mejor medicina para esa señora, es salir de Bissao, de tan "agotada", porque,nosotros, los guineanos e citando Garcia Márquez, no tenemos otro mundo al que podernos mudar. El zapato que va bien a una persona,es estrecho para otra:no hay receta de la vida que le vaya bien a todos... pero la "señora" tiene opcion...prescindir de todo!!
T.V
»

«Pelos vistos, T. V., o salário do marido, que com certeza sustenta o nivel de vida da Sra Belén Martínez Botella não lhe permite se mandar pra fora daqui. Vai ter que continuar a comer no Dias & Dias (já que não faz o seu pequeno almoço em casa) pra poder sustentar seus hábitos de consumo. E a Justiça deveria chamá-la a identificar os ditos "narcos de paso", que tenho certeza ninguém lhe deu cartão de visita com esse título. E também não gosto de ti, D.Botella. Cara D. Botella, tu me cansas. Me agota. Me deja exhausto. En Bissau desde siempre......¡Uff! Tenho dito!!!
D.G.»


«Pois é... li o post dessa donzela e fiquei intrigada, não percebo todas as palavras em espanhol e fiquei com receio de fazer um comentário precipitado ofendendo a donzela sem motivos. La fui eu colocar no google tradutor (que as vezes é traiçoeiro) mas que ajudou-me nas palavras que eu não conhecia. Depois acessei o blog da "dita cuja" e meu espanto é que ela não tem muita coisa boa a dizer de Bissau, talvez ela tenha razão em algumas coisas porém, QUEM ESTA MAL QUE SE MUDE, ela é livre para escolher... Mais uma coisa muito importante....respeito a opinião da senhora que não sei o nome, afinal cada vez mais tenho a certeza que a internet e redes sociais é terra de ninguém, cada um posta o que quer, a tal liberdade de expressão!!!
A.M.A.
»

«O problema, A. M., é que a posição que a dita senhora ocupa e os privilégios que dela beneficia, não lhe dão o direito para se sentir tão "agotada", uma vez que após o 25 de Abril, que o povo guineense atravessou enormes dificuldades, a dita "cooperação" nunca teve falta de nada, viveram sempre á grande e á francesa...por isso fiquei admirada pelos comentários de dita senhora, que, se não tivéssemos o país que temos, de mão estendida e rabo preso, seria convidada a sair!
T.V


«A Sra. devia estar com PMS (sintoma pré-menstrual) quando escreveu o artigo... infelizmente dizendo algumas, muitas verdades. Verdades que doem e que normalmente são reservadas aos nacionais do próprio país!!! Pois as mesmas verdades ditas por uma estrangeira e ainda por cima na posição de esposa de diplomata no país em causa só pode ser entendida como muiiita ingenuidade ou então um caso de profundo desiquilíbrio emocional e psicológico! Seja lá qual for o problema da senhora deviam meter a gaja a andar de lá para fora!!! Cada nubdadi!!!
H.N.A
»

«Ás tantas, ainda a põem em algum cartaz promocional da Guiné-Bissau...
T.V

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Polícias guineenses concluem formação de formadores em Luanda

Trinta efectivos da polícia da Guiné Bissau concluíram hoje, em Luanda, uma formação pedagógica de formadores, no âmbito da Missão Angolana de Defesa e Segurança na Guiné Bissau (MISSANG). A formação, que durou 90 dias, visou dotar os formadores de conhecimentos e capacidades no âmbito da planificação, execução e avaliação das sessões de formação, levando em consideração todos os pressupostos didácticos/pedagógicos.

O curso, subdividido em quatro fases, compreendeu aulas teóricas/práticas, visitas de estudo nos órgãos de especialidade, componente técnico-policial das linhas de especialidades dos formandos e práticas pedagógicas. Por outro lado, 30 efectivos angolanos provenientes dos órgãos centrais e comandos provinciais da Polícia Nacional concluíram também hoje, na capital do país, um curso de direcção e estratégia de enfrentamento.

O mesmo teve como objectivo a superação dos chefes aos distintos níveis, dotando-os de conhecimentos e capacidades com vista a correcta e adequada actuação profissional nas actividades de enfrentamento. Ao encerrar os dois cursos, o conselheiro do comandante-geral da Polícia Nacional para Área Técnica e Infra-estrutura, comissário Jesus Victor dos Santos, disse que a formação técnico-profissional desempenha um papel fundamental no processo de socialização do homem.

No âmbito policial, salientou que o processo de formação visa fornecer aos efectivos um leque de conhecimentos e habilidades profissionais, para melhor servir o público. Quanto ao curso dirigido aos efectivos da Guiné Bissau, sublinhou que Angola continua de braços abertos a outras missões de cooperação e na troca de experiências. ANGOLAPRESS

40 motivos para se casar com um jornalista

Esta semana ficou famosa na internet uma lista do blog Espaço com Design com “50 motivos para não se casar com um designer”. Inspirado no post, muitas profissões aderiram a brincadeira e também criaram adaptações para as suas áreas. Eu, só para ser do contra, resolvi também brincar. Mas ao invés de criar uma lista negativa, montei uma com 40 motivos para se casar com um jornalista, afinal, temos que falar das coisas boas também.

Segue a lista:

1.Jornalista geralmente é criativo, ele vai surpreender você quando menos esperar;

2.São curiosos e antenados, você sempre ficará por dentro de tudo que acontece;

3.Eles não ganham bem, mas isso é bom porque vocês podem aprender a economizar dinheiro;

4.No Natal, Ano Novo, Carnaval… eles provavelmente estarão na redação. Mas, pense pelo lado positivo: antes trabalhando do que vagabundando;

5.E outra! Trabalhando muito, eles não têm tempo de se interessar por outra pessoa;

6.Eles não são bons de matemática, mal sabem somar e subtrair; mas, para que saber isso se são os mestres da escrita?;

7.Acostumados com pautas, são bem organizados e planejam bem as coisas antes de fazê-las;

8.Como é fissurado por fontes, quando você tiver uma ótima ideia, ele não vai dizer aos amigos que foi coisa da cabeça dele. Dará todas as honras para você!;

9.Como vivem numa rotina corrida, não tem muito tempo para opinar nas coisas da casa. O que você fizer, ele vai achar lindo;

10.Tudo é um grande brainstorm (tempestade de ideias). Monotonia não vai entrar na sua casa!;

11.Quando vocês brigarem, ele não vai achar que a opinião dele é a melhor. Tem que ouvir todos os lados de um fato, ele saberá analisar a situação!;

12.Em coberturas de grandes eventos, você poderá entrar de gaiato. Cada final de semana em um lugar diferente: jogos de futebol, avenida de escola de samba, lançamento de livros…;

13.Mantêm revistas e jornais no banheiro. Você nunca ficará olhando para o vácuo enquanto faz suas necessidades fisiológicas. Ganhará conhecimento!;

14.Idolatram pessoas totalmente desconhecidas (o seu Zé, a Dona Maria, o Juquinha…) Todos com ótimas histórias de vida que vocês podem usar no cotidiano também para se tornarem pessoas melhores!;

15.Não vai faltar café na sua casa. Café e jornalista são praticamente sinônimos;

16.Ele pode escrever os votos matrimoniais da sua irmã, criar o conteúdo do site de negócios do seu pai, ensinar sua mãe a tirar fotos das amigas nos eventos do bairro. Ele aprende de tudo um pouco e gosta de compartilhar!;

17.Tudo para o jornalista tem uma explicação. Eles nunca vão se contentar com a primeira versão de um fato. Você sempre terá uma resposta, mesmo que demore;

18.São ótimos investigadores. Se alguém no trabalho passar a perna em você, rapidinho ele descobre quem é!;

19.Como trabalham muito, não tem tempo para beber demais, fumar, se envolver com drogas… Você terá um companheiro saudável!;

20.Tá bom, vai… eles não costumam comer coisas muito saudáveis. Mas se você for legal e fizer comida para ele levar ao trabalho, isso se resolve rapidinho, não é? =);

21.Suas viagens nunca serão monótonas! Se acontecer qualquer movimento estranho, ele vai logo querer saber o que é e infiltrará você junto para desvendar o problema;

22.Amam roupas leves e simples no dia a dia. Você não vai gastar muito dinheiro com isso;

23.Mas também sabem se arrumar bonitinhos para os eventos. Você terá um parceiro que sabe ser simples, mas também sabe arrasar. Tudo vai depender da ocasião;

24.A agenda é o seu melhor amigo. Mas, não fique com ciúmes! Pense pelo lado positivo, nunca vai esquecer nenhuma data importante, porque tudo fica rigorosamente descrito lá;

25.Eles não ficam irritados com “nãos”, afinal, estão acostumados com assessorias de imprensa que não querem divulgar os bafões. Você não terá um companheiro irritado, mas, em compensação ele não vai desistir até conseguir o que quer. Mas só de não se grosso já vale, não é!?;

26.Como são antenados, também sempre ficam sabendo das novidades tecnológicas primeiro. Às vezes, até ganham de presente para testar a ferramenta. Você terá tudo em primeira mão na sua casa;

27.Eles não se importam com calor, chuva, trovões… afinal, precisam estar onde a notícia está! Você poderá ir na praia com 50 graus tranqüila ou aquela viagem dos sonhos pode se tornar um pesadelo no caos de São Paulo que ele não vai blasfemar. Ainda vai dar risada da situação;

28.Acham que podem salvar o mundo com uma matéria. Olha que sensibilidade!;

29.Eles sempre sabem tudo todo o tempo;

30.Gostam de música para acalmar;

31.Leem livros raros, histórias para crianças e semiótica… Seus filhos serão super dotados se depender dele;

32.Sua vida social é infinitamente grande. Você nunca poderá reclamar que não conhece gente nova;

33.Eles estão acostumados com coisas chatas e sabem contorná-las muito bem. O casamento nunca vai virar algo monótono;

34.Eles gostam de camisas com estampas de alguma brincadeira sobre algo atual. Suas amigas vão ficar com inveja do seu companheiro inteligente;

35.Eles sempre têm uma opinião sobre qualquer coisa na face da Terra. Durante uma conversa entre amigos, vocês nunca ficarão apagados;

36.A maioria gosta de virar psicólogo, técnico de futebol e médico às vezes. Você terá um companheiro mil e uma utilidades;

37.Por causa da profissão, são forçados a aprender mais de um idioma. Você vai ouvir “Eu te amo” em, pelo menos, umas três línguas diferentes;

38.A primeira coisa que seu filho vai aprender é que a informação é a alma do negócio. Com dois anos, sua fofurinha vai saber o que é aquecimento global, mercado financeiro e já saberá criticar políticos;

39.Gostam de mudar de cidade, estado e até de país. Você conhecerá muitos lugares!;

40.Assistem documentários e vão a museus o tempo todo, não importa o que seja. Ô cultura!

Ariane Fonseca

P.S: ... QUEM QUER CASAR COMIGO?

'FORÇA DE ESTABILIZAÇÃO' DA CEDEAO: Militares dizem não, e ameaçam com sublevação.

Os militares, sob comando do CEMGFA e General, António Indjai, eliminaram à partida qualquer chegada de forças militares e armadas da CEDEAO, para a tão propalada 'força de estabilização'. E lançaram ameaças veladas: ou o Governo, ou a força da CEDEAO.

Por seu lado, os partidos da oposição defenderam hoje que se debata a forma de politicamente fazer face à doença do Presidente da República, Malam Bacai Sanha, para, segundo dizem, evitar factos consumados que levariam à «turbulência política» no País.

A oposição «não vê nenhum dispositivo de impedimento na actual Constituição» que limite o mandato de um Presidente por razões de saúde, mas não deseja «é que uma eventual fragilidade do estado de saúde do Presidente da República esteja deliberadamente a ser escamoteada com o pretexto de diagnóstico reservado, a fim de servir fins politicamente inconfessáveis», diz o comunicado. AAS