terça-feira, 8 de novembro de 2011

CPLP contra excessiva politização da assistência à Guiné Bissau

O representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, embaixador Ismael Gaspar Martins, afirmou na passada quinta-feira, em Nova Iorque, que a escassez de recursos financeiros e a excessiva politização da assistência necessária à Guiné-Bissau têm influenciado negativamente a dinâmica do processo de estabilização deste país. Falando em nome da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na reunião do Conselho de Segurança da ONU dedicada a análise da situação na Guiné Bissau, o embaixador apelou à compreensão dos parceiros internacionais e bilaterais sobre a necessidade da mobilização de recursos adicionais que contribuam para o êxito do processo.

A CPLP saudou a decisão do Governo da Guiné Bissau de depositar 200 mil dólares para o fundo de pensões, apesar das conhecidas limitações financeiras do país, e que será seguido de outra contribuição de 300 mil dólares até ao final de 2011, criando condições para a efectiva constituição do fundo de pensões, condição imperativa para o sucesso de desmobilização e reforma das Forças Armadas bissau-guineenses. "Como demonstrado na recente Cimeira de Luanda, a CPLP está comprometida com a implementação efectiva do roteiro, incluindo a operacionalização do fundo de pensões para os membros das Forças Armadas e da Polícia que forem reformados. No entanto, a operacionalização deste fundo está condicionada ao financiamento por parte de outros parceiros do processo de estabilização da Guiné-Bissau", frisou Ismael Martins.

De acordo com o Embaixador angolano, a contribuição técnica, material e financeira disponibilizada pela CPLP e a CEDEAO e, no plano bilateral, pela República de Angola e demais Estados membros da CPLP, são exemplos a seguir sobre como se deveria aplicar o princípio da solidariedade e cooperação internacional. Admitiu que a Guiné-Bissau enfrenta desafios em vários domínios, como a necessidade de subordinar o poder militar às autoridades civis e a desmobilização e renovação das forças armadas, assim como o combate à impunidade e ao tráfico de drogas.

Reconheceu haver progressos nestes domínios nos últimos meses, tendo encorajado o Governo guineense a intensificar os seus esforços com vista à estabilidade e o desenvolvimento do país. "A CPLP considera fundamental nos processos de estabilização política e reconciliação nacional a complementaridade entre as dimensões de paz e segurança, a recuperação económica e o primado do direito", concluiu.

Durante a reunião, presidida por Portugal, o representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, informou que o país regista avanços na estabilidade política, mas ressaltou a importância da rápida operacionalização do fundo de pensões e reforma da justiça. Por seu turno, a ministra da Economia, do Plano e da Integração Regional, Helena Nosoline Embalo, solicitou um maior apoio da comunidade internacional, deixando as hesitações de lado quando tiver que contribuir. ANGOLAPRESS

Jose Mario Vaz exonerou Director-Geral das Alfandegas, Domenico Sanca "por falta de confianca politica" e nomeara para o seu lugar Antonio Monteiro, ate agora no BAO. AAS

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Melhor Tabasky: em casa do 'Nelito' Regalla, com o Luis Manuel Gomes, Pedro Vieira, Alvaro Spencer, 'Nado' e Rui Mandinga e To Diouf. No na passa sabi - VIP's de Bissau. AAS

A Casa Escada não foi vendida. Nem comprada. Ainda...

Por cá, o boato, mais tarde ou mais cedo revela-se numa verdade. Mas neste caso, nada mudou. A noticia correu célere. "O ministro tal comprou o edificio da Casa Escada". Mas não.

Desde o final da guerra de 1998, os quatro sócios proprietários da Casa Escada (que tem herdeiros) puseram o edificio à venda. Tem havido propostas de compra, e as negociações decorrem em Lisboa. "Ate hoje, não se pode dizer que o edificio foi vendido, pois ninguém pagou", adiantou ao ditadura do consenso uma fonte da familia.

"A verdade" - ainda segundo a mesma fonte - "e que o edificio será vendido no seu todo, e não parcialmente" (cada parcela cabe a um sócio) tendo-se decido pela sua venda na totalidade, o que faz todo o sentido. AAS

domingo, 6 de novembro de 2011

Estou a ser 'consumido em série'... Like this! AAS

Alto e PARAp o baile!

No próximo dia 15 de novembro (dia dos meus anos), acaba o Projecto do Programa de Apoio à Reforma da Administração Pública (PARAP). Agora, cabe perguntar isto: O que é que nos deu esta reforma? Nada, zero, niente! O Ministro da Função Pública de então, Fernando Gomes, dizia que ela vinha mostrar o retrato da função pública. Mas... será que veio? Mas disse mais, o ministro:

- Que se pouparam milhares com a eliminação dos fantasmas?

- Quem ganhou com isso? Não foram os funcionários, de certeza.

- Que vinha dar aos excedentários empregos - será que veio?

- Onde estão mesmo as empresas criadas por esses excedentários?

Fizeram grande propaganda, dizendo que já não havia analfabetos na Função pública. A que preço ficou essa 'alfabetização'? Será que essas pessoas sabem mais do que assinar o seu nome?

Agora têm um diploma de alfabetização e alguns deles têm também um diploma de pequenos negócios, mas perguntam: e agora, como é que eu faço o meu negócio? Pois, pois, gastou-se tudo nos formadores e nos grandes estudos e não ficou nada para eles. Três anos de reforma… e o que foi feito? O recenseamento foi bem feito? Não, não e mais não.

- Formação ao pessoal do Ministério: zero

- Regulamentação para os Ministérios e outra legislação: kaput

- Todos os Ministérios continuam caóticos na mesma, incluindo o da Função Pública, o rei de toda esta trapalhada! E o ministro trapalhão? Ah, pois, deram-lhe um prémio: mandaram-no como ministro da Administração Interna para espantar pardais...

Mas alguém ganhou com isto. Oh se ganhou! Veja-se:

Desde logo o Ministro FERNANDO GOMES que usufruiu de um belo carro durante 3 anos, com gasolina, para passeios com a familia...sim. O próprio Ministro, Directores Gerais, Chefes de Gabinetes, a quem foram pagas viagens, e cursos caríssimos no estrangeiro...sim. Empresas que forneceram bens e serviços...sim. Propaganda nos órgãos de comunicação social...sim, o minístro era perito em aparecer nas primeiras páginas de todos os (paupérrimos) jornais.

Foram espremidos os milhares de euros deste projecto para melhorar a situação e melhor servir o utente e o povo gueneense. NÃO FOI FEITO NADA! Uma sindicância - o processo de investigar factos ocorridos no âmbito da Administração Pública ou mesmo no âmbito de empresas particulares. Tais factos são investigados, por estarem em desacordo com a ordem imposta pela Administração. Existe a possibilidade de individualizar um agente público que será investigado, em processo administrativo formal, por constar indícios de sua participação nos factos - punha tudo a nú (mas alguém tem-nos no sítio para ordenar isso?).

Por fim, uma palavrinha à União Europeia: há que rever os critérios das empresas e das pessoas que colocam para gerir os Fundos que vêm para a Guiné-Bissau. Caso contrário, a sua credibilidade estará em causa. AAS

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

(Extra)ordinário

Governo acaba de nomear Nelson Dias (Consul Honorário da Suiça e Representante da UICN - União Internacional para a Conservação da Natureza)... Presidente do Conselho de Administração da AGEOPPE - Agência para a Gestão das Obras Públicas... Ordinário, como podem ver! AAS

Cinco empresas reclamaram junto do Ministro da Defesa. Suspeitam da MISSANG, que acusam de 'parcialidade'. Ja a seguir, a carta enderecada a Baciro Dja. AAS

Empresa dos Emiratos prevê investir mais de 200 milhões de euros no sector das pescas. AAS

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sector do ensino público em greve, a partir de hoje, e por... 45 dias! AAS

Temos um consolo: Moçambique. E um orgulho: Cabo Verde...

O PNUD divulgou ontem a classificação de desenvolvimento humano. Moçambique é o quarto pior do mundo, a Guiné-Bissau também consta da lista dos quinze países mais atrasados. O PNUD, Programa das Nações Humanas para o desenvolvimento, passou a pente fino o índice de desenvolvimento humano em 187 países com base em critérios como a esperança média de vida, a escolaridade e o rendimento per capita.

Nos países africanos de língua oficial portuguesa em 2011 Cabo Verde é o único apontado como de "desenvolvimento humano médio. Moçambique (184°), Guiné-Bissau (176°) constam da lista dos quinze países com piores indíces. Angola (148°) e São Tomé e Príncipe (144°) detêm também elevados índices de pobreza. AAS

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Novembro do meu descontentamento

O meu filho Guilherme telefonou-me há pouco. A primeira pergunta que lhe fiz foi "estás na escola, filho?", ao que ele respondeu "não, Pai, estou em casa...tive um incidente". E a Mãe? - perguntei. "Está aqui ao lado", respondeu o Guilherme.

E eu pedi que desse o telefone à Mãe. O que foi que aconteceu com o miudo? Ouvi-lhe o suspiro. Mas como já tinha falado com o Guilherme, veio à memória a maneira cansada, ofegante como ele falava.

E então a Gabriela explicou: que tinham ido, ontem, a casa do seu irmão, por estarem de folga. Então o Guilherme pês-se na correria com o primo, entrando e saindo das divisões da casa que nem foguetes telecomandados. Até que...

De tanto correr, já nem se lembrava da enorme portada em aluminio e vidro que, da sala de estar, dá para a piscina. Então, o Guilherme pura e simplesmente atravessou...o enorme vidro caindo desamparado e sem sentidos.

Chamaram a ambulância do INEM, que, prestados os primeiros socorros o encaminhou para o hospital de Sta. Maria, em Lisboa. Resultado: o Guilherme foi suturado com mais de 20 pontos - no queixo, no torax, nas duas mãos e na testa. Como eu sofro!

A Gabriela foi inteligente no que toca a pôr o Guilherme a fazer a chamada e a falar primeiro, poupando-me, assim, a mais sofrimento. Obrigado. AAS

Governo e UNICEF combatem a malária

O Governo guineense e a UNICEF lançaram ontem uma campanha nacional de distribuição de mosquiteiros banhados com inseticidas. A iniciativa insere-se na luta contra a malária, a principal doença que afecta o país. Segundo avança a agência Lusa, mais de 200 mil famílias guineenses irão receber 900 mil mosquiteiros impregnados – isto é, banhados com inseticidas – até ao final da semana para tentar combater uma enfermidade que, segundo o ministro guineense da Saúde, Camilo Simões Pereira, constitui uma “calamidade nacional” na Guiné-Bissau.

Esta campanha de distribuição gratuita rege-se pelo lema “Juntos podemos conseguir mais” e pretende sensibilizar as pessoas para uma utilização correta e continuada dos mosquiteiros de modo a reduzir a incidência da doença. Geoff Wiffen, representante da UNICEF no país, afirmou que a situação é muito preocupante porque “perto de metade das famílias guineenses não tem mosquiteiros impregnados nos seus lares”, segundo dados do último inquérito aos indicadores múltiplos conduzido pelo Governo.

Só em 2010 a malária afetou mais de 140 mil guineenses. O grande objetivo continua a ser reduzir estes números e esta é mais uma das tentativas nesse sentido. Os mosquiteiros foram comprados no âmbito do Fundo Global (financiado por diversos países, entre eles Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Estados Unidos e Japão) para o combate à Malária, Tuberculose e SIDA, correspondendo a um investimento de 5,1 milhões de euros. AAS