sexta-feira, 30 de setembro de 2011

As duas mortes do Toni

"Quarta-feira, 21 de setembro de 2011, 19 horas, em Jackson, capital do estado da Geórgia, Estados Unidos, Troy Davis, um negro de 42 anos, recebeu a dose letal que o levaria à morte. Condenado por assassinato, Troy Davis deitou-se na maca para receber as injeções repetindo a mesma frase de 22 anos antes, quando foi preso e condenado: “Sou inocente”.

Quinta-feira, 22 de setembro de 2011, por volta das 23 horas, em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, Brasil, Tony Bernardo da Silva, um negro de 27 anos, africano de Guiné-Bissau, estudante de Economia da Universidade Federal, recebeu um pontapé na traquéia e morreu. O golpe culmina uma sessão de socos e pontapés desferidos por dois policiais e um empresário que duraria em torno de 15 minutos.

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Impossível não traçar um paralelo entre as duas mortes.

A primeira foi uma condenação legal, nos moldes da justiça norte-americana, que todos conhecemos, empenhada a condenar negros, ainda que, como é o caso de Troy, haja evidências de inocência. Inclusive depoimento de outro preso assumindo a autoria do crime atribuído a ele. Em vão: Troy não recebeu perdão, não teve a clemência do governador da Geórgia e muito menos direito a recurso na Suprema Corte, dado às evidências de sua inocência.

Difícil não imaginar que se trata de mais um caso de racismo como os que pontuam a crueldade do sistema jurídico e a sociedade racista dos Estados Unidos, especialmente nos estados sulistas como a Geórgia.

Como é difícil não suspeitar que o caso do Toni foi uma expressão pura e cabal de racismo.

Uma condenação prévia: um negro que adentra a uma pizzaria freqüentada por rapagões e moçoilas de classe média alta de Cuiabá, num bairro idem, embora predominantemente de repúblicas estudantis (o Boa Esperança fica ao lado do campus da UFMT) é um bandido. E ainda mais se este negro acidentalmente esbarra na namorada de um desses fregueses.

Afinal, aquele não é um lugar para negros. Pior ainda. Que atrevimento! Um negro que deveria estar na senzala não pode adentrar a uma casa grande dos pequenos burgueses e tocar a mulher branca do sinhozinho.

Então, eis seu crime. E está decretada a pena de morte. Não se sabe se os policiais e o empresário (sinhozinho) estavam armados. Se estivessem teriam desferido vários tiros? Tenho dúvida. Não sei se não preferiram mesmo usar como instrumentos de execução os socos e pontapés. Afinal, esta na moda uma das marcas da intolerância: matar a porradas negros, homossexuais e todos que esses “bad boys” não toleram por serem diferentes deles, supostamente bem nascidos, bem nutridos e crentes da impunidade. E com um ingrediente macabro: eles se divertem. E não raras vezes filmam e jogam em suas redes sociais.

Seguindo o mesmo “modelito” que a imprensa em geral aplica a esses casos, todos ciosos a dar voz e vez aos assassinos da elite, tentam desqualificar o morto. Versões diversas surgem por todos lados dando conta que ele tinha passagens pela polícia, era drogado, perdeu a vaga no convênio da UFMT e outras informações nefastas. Como sempre trabalham com meias-verdades, com deturpações dos fatos e a omissão de outros.

Essas versões são disseminadas por advogados e familiares dos assassinos, que encontram voz em veículos de comunicação que, deliberadamente ou não, as propagam sem questionar o contexto da vida do Toni e os depoimentos de amigos, colegas e ex-namorada, todos, unanimemente, testemunhando sua conduta passível e respeitadora.

É compreensível que os advogados e familiares tomem tal atitude. Mas não justifica a postura dos representantes da Universidade Federal de Mato Grosso, que qualificaram o Toni como um indivíduo de má conduta.

O setor da UFMT responsável pelo convênio entre o governo brasileiro e os governos dos países africanos de língua portuguesa, que permitem jovens daqueles países estudarem no Brasil, sempre foi omisso e racista com esses estudantes. Poderia desfilar aqui uma série de descasos, dificuldades criadas e declarações preconceituosas. Não é o caso agora.

Por enquanto fica o registro de que o Toni sempre buscou desesperadamente lutar contra o vício do crack e encontrou pouco apoio na UFMT. Seus amigos se mobilizaram, igualmente seus colegas e professores. Mas a instituição se agarrou na burocracia. Por ele não conseguir mais freqüentar as aulas, o desligaram do convênio, pura e simplesmente. E ficou por isso. Contudo não pouparam declarações cruéis, insensíveis e até irresponsáveis na imprensa.

Esta é a mesma instituição que ignora que drogas como o crack estão se proliferando dentro e na periferia do campus da UFMT do Boa Esperança. Foi ali mesmo que o Toni se viciou. Nas imediações da república em que ele morava, assim como nos corredores da UFMT, a droga e traficantes transitam livremente. Que providência a instituição tem tomado acerca disso? Prefere tapar os olhos e ajudar a condenar seus jovens alunos.

Foi-se o tempo em que o romantismo e a rebeldia de fumar um baseado faziam parte do cotidiano universitário. Agora o ambiente universitário é um dos mercados de drogas pesadas, assim como seu entorno. E a tragédia do crack, a pior delas, bate à porta de todos nós. Meus amigos e colegas, muitos deles vivendo esse drama familiar, sabem do que estou dizendo. Acompanhei esses dramas quando morava ainda em Cuiabá.

Eu mesmo o vivo bem de perto. Tenho um irmão que vive a perambular pelas ruas de Goiânia se consumindo pelo crack. Gilmar, um dos sete filhos adotivos de minha mãe, era um rapaz trabalhador desde criança. Estudou, casou, formou família. Suas três filhas e esposa não agüentaram viver aquela tragédia e o abandonaram. Desde então passou a viver nas cracolândias do bairro Vila Nova, na capital de Goiás.

Minha mãe, já com seus 74 anos e morando agora em Goiânia, acompanha seu infortúnio e, dentro de suas limitações, nos mobiliza a todos para tentar salvá-lo.

O Toni tentou sobreviver. Poucos meses antes de voltar para Brasília, o recebi na minha casa, a qual ele freqüentava com os demais estudantes guineenses. Minha mulher era amiga dele, chegaram de Guiné-Bissau juntos. Ele para curso Economia e ela, Publicidade. Éramos capazes de deixar nossa casa aberta para ele, junto com meus filhos. O Toni não era um bandido. Repito: era uma pessoa amável e respeitadora.

Naquela tarde fria de julho e Cuiabá melancólica devido à carência de seu sol escaldante, o Toni chegou desesperado. Primeiro pediu dinheiro emprestado. Depois, muito envergonhado, chorou no nosso colo. Pediu ajuda, implorou para que afastássemos aquela sua vontade incontrolável de querer consumir a droga. Então começamos a mobilizar os amigos, colegas e seus professores. Ele necessitava de tratamento para poder concluir os estudos e voltar para o seu país.

Dois meses depois voltei para Brasília. Mas acompanhamos daqui a vida do Toni. Ficamos sabendo que ele havia ido para o tratamento. Depois fomos informados que havia vendido tudo que tinha e foi obrigado a entregar toda a sua bolsa de estudos para os traficantes. Quando perdeu a bolsa, foi para a rua mendigar. Foi num desses momentos que entrou na pizzaria naquela noite do dia 22 de setembro.

O Toni é filho de uma família de classe média alta em Guiné-Bissau. Seu pai é agrônomo e possui uma pequena fazenda. Idealista, sempre quis que os filhos tivessem boa formação para ajudarem no desenvolvimento do país. Tem irmãos que estudam ou estudaram na França, Inglaterra e Portugal. Parte da família fez carreira nas forças armadas, onde um tio seu é um dos comandantes.

Certa vez o Toni foi flagrado pela polícia em Cuiabá carregando um botijão de gás que ganhou de um dos colegas, pois o seu ele havia vendido para comprar crack. A polícia o abordou, o levou preso, apesar de afirmar que o objeto era dele. Passou o dia inteiro na delegacia, jogado numa sala e só saiu de lá depois que acionou a Polícia Federal, jurisdição da qual estão os estudantes africanos.

Aqui abro um parêntese. Não foram poucas as vezes que a UFMT acionou a Polícia Federal para perseguir os estudantes africanos que, por um motivo ou outro, não estavam freqüentando aulas ou haviam formado e ainda estavam no Brasil tentando pós-graduações ou empregos.

Setores da imprensa de Cuiabá, motivados por advogados e familiares dos assassinos, utilizam este caso do botijão, entre outros sem gravidade, para propagar que o Toni tinha passagens pela polícia. Como se a tal “passagem” fosse uma sentença de morte.

Antes de continuar, peço licença para contar duas histórias:

Em 1980, um rapaz que faria 20 anos dali a poucas semanas, cursava Agrimensura na antiga Escola Técnica Federal de Goiás e fazia estágio numa cidade a 20 quilômetros de Goiânia. Numa tarde, como fazia todos os dias, entrou às 17 horas no ônibus que o levaria de volta para casa, quando dois policiais o abordaram, algemaram, jogaram no camburão e levaram para a delegacia. Lavraram um boletim e mal ouviram a versão do rapaz. Em seguida, para fazê-lo confessar que havia feito um assalto, os policiais deram-lhe tapas nos ouvidos, murros, beliscões no nariz, nas orelhas, cascudos e ameaçaram quebrar seus dedos com um alicate e queimá-lo com cigarros.

As sevícias duram até que um dos policiais sugeriu ao delegado que o rapaz fosse levado para que a vítima identificasse o assaltante. Àquela altura a cidade inteira já sabia da prisão. Ao chegar à casa da senhora assaltada, de onde foram levados um televisor, aparelho de som e uma bicicleta do filho, o carro da polícia encontrou uma multidão que queria linchar o “bandido”. Os policiais com dificuldade abriram um corredor para a mulher chegar até o carro. Quando ela olhou pelo pára-brisa foi logo dizendo: “Não, não é este. O ladrão é branco!”.

Em 2004, um homem de 44 anos foi abordado pela polícia próximo à sua casa. Estranhou o fato de os policiais o obrigarem a ficar ao lado da viatura, longe do seu carro. Então um dos policiais faz uma rápida revista e aparece com um revolver e um pacote do que seriam drogas. Imediatamente o homem protesta, denuncia a “plantação” e só não vai preso porque estava com a identificação de secretário-adjunto de Comunicação Social do governo de Mato Grosso e ameaçou denunciar os policiais, que imediatamente fugiram do local.

O homem e o rapaz de 24 anos antes é a mesma pessoa: eu. Poderia aqui contar outras várias histórias de arbitrariedades e prisões às quais fui submetido. Por ser negro, tido como ladrão, drogado e traficante, tive passagens pela polícia. Infelizmente aquela piadinha infame que de vez em quando ouvimos por aí é de fato uma máxima entre policiais: “Preto parado é suspeito, correndo é ladrão”.

Quantas passagens pela polícia justificam uma morte?

Mereceria eu morrer por ter cometido o crime de ter nascido negro?

Mereceria eu morrer pelo crime de provocar aos policiais a sanha assassina de quem ainda nos vê como escravos, como sub-raça, como seres desprezíveis?

Mereceria eu morrer porque há cinco séculos retiraram meus antepassados da África, jogaram num navio negreiro, atravessaram o Atlântico, os leiloaram, os submeteram a ferro e fogo, os jogaram nos canaviais, minas e fazendas, os subjugaram nas senzalas, colocaram no pelourinho, humilharam, sugaram seus sangues e suores, para depois, com a abolição, os jogarem as ruas como se fossem animais, sem direito a dignidade?

Deveria eu morrer por ser filho de Clarice Laura e José Orozimbo, neto de José e Regina e de Josefa e Pedro Alves, por sua vez netos e filhos de escravos?

Este é meu crime?

Por favor, se é este o meu crime, então que me matem! Mas me matem apenas uma vez. Não façam como estão fazendo com o Toni.

Depois de ser trucidado pelos “bad boys da intolerância”, Toni corre o risco de ser massacrado, pisoteado, sangrando até a última gota da sua dignidade.

PS: O corpo do Toni ainda está no IML de Cuiabá aguardando resultados de exames pedidos pelo delegado que acompanha o caso e a chegada da família para liberá-lo.
Dona Cecília, mãe dele, me informou que um de suas irmãs, que é arquiteta na França, deve vir ao Brasil.
A Embaixada de Guiné-Bissau em Brasília também está acompanhando o caso e prestando apoio à família.
O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, já se manifestou, repudiando o crime e pedindo desculpas à família e aos guineenses.
Amigos e compatriotas do Toni estão se mobilizando em Cuiabá e aqui em Brasília, denunciando o assassinato e pedido para que seja tipificado como motivado por racismo.


João Negrão, Jornalista

O espião que voltou para o frio

Manuel Esperança, coronel, afecto ao SIEDM (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa e Militares depois convertido em SIED) - foi a ‘antena’ que, entre 2005 e 2010, Portugal impingiu à Guiné-Bissau.

Manuel Esperança era tudo menos discreto. Morava numa casa arrendada ao primeiro-ministro, Carlos Gomes Jr., de quem aliás era vizinho – apenas separava-os um muro, e quando terminou a sua missão, mercê da crise portuguesa, vendeu o seu carro ao... primeiro-ministro. Estas ligações, pelo menos na Guiné-Bissau, são de resto 'aconselhadas', para mais num País onde tudo pode acontecer, a qualquer hora - mas para um espião...

Hoje, contudo, impõe-se esta pergunta: o que sabe o Manuel Esperança (e Portugal?) - quase tudo – é a resposta. No dia em que Hélder Proença foi assassinado (4 de junho de 2009), Manuel Esperança foi visto no Estado-Maior General das Forças Armadas, e era presença assídua no Ministério do Interior, de dia e de noite. Segundo uma fonte, depois da morte do General Tagme Na Waie, o espião português «tinha sempre encontros demorados com o Coronel Samba Djaló», ex-chefe da sinistra DINFOSEMIL, no gabinete deste no Ministério do Interior.

A ‘antena’ da secreta militar portuguesa foi dos primeiros a chegar à residência do Baciro Dabó no dia em que este foi assassinado (5 junho 2009), tendo tirado várias fotografias ao cadáver prostrado no chão com o sangue ainda fresco.

Manuel Esperança estava com o General e CEMGFA, Tagme Na Waie , no dia em que este ficou a saber (através de uma fuga de informação) de que corria risco de morte. E, numa reunião, onde esteve presente um alto oficial da secreta militar, Manuel Esperança disse que sabia de um plano para assassinar o General Tagme Na Waie, acrescentando que poderia ser um atentado à bomba. Acabou por ser. AAS

Roupa nova

Durante 24 horas (entre ontem e hoje) andei por toda a cidade de Bissau; centro da cidade, zonas com mais polícias, parei uns minutos junto da Direcção Geral de Viação e Transportes Terrestres, passei por carros do Corpo Diplomático, do Estado, cruzei-me com ministros, com carros das Nações Unidas (PNUD, UNFPA, UNIOGBIS, eu sei lá que mais); parei quase duas horas (entre ontem e hoje) no triângulo da Av. amilcar Cabral, mesmo em frente à Secretaria de Estado da Cooperação. Népia!

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Quase choquei com alguns amigos, vi colegas. Enfim, fiz tudo aquilo que faço num dia normal - mas havia um pormenor: a matrícula do meu carro dizia DC 3350 - o D significa ditadura e o C consenso. Ninguém reparou, nem me mandaram parar.

Isto é só um exemplo de como tudo pode acontecer neste País - tu-do!. Cada um na dele e o resto que se amanhe. É o caos total! Voltarei... AAS

Que vergonha...

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George Wright chegou a socializar com o embaixador americano na Guiné-Bissau

John Blacken, que era então o representante diplomático americano na Guiné-Bissau, disse à Associated Press que ficou muito espantado quando soube da detenção de Wright porque na altura convivia com ele e com a sua mulher, e que ambos terão até trabalhado em projectos de tradução para a embaixada americana na Guiné-Bissau.

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“Tudo isto foi uma grande surpresa, meu Deus, o assassinato e tudo o resto”, disse Blacken numa entrevista telefónica a partir de Bissau. “Ninguém o tomava por assassino. Claro que não o conhecíamos assim tão bem, mas parecia uma pessoa normal, nada radical”.

O diplomata disse ainda que nunca foi avisado do historial de Wright e que nunca pensou, enquanto embaixador, que ele pudesse ter semelhante passado. “Se tivesse recebido semelhante informação, teria respondido”, acrescentou Blacken. “Ele era conhecido por 'Jack' na Guiné e é estranho que a justiça americana nunca o tenha localizado lá”.

As autoridades governamentais americanas não comentaram ainda o facto de Wright ter passado pela Guiné-Bissau e ter até convivido com membros da embaixada, escreve o “The Guardian”.

George Wright andava fugido à justiça americana há 41 anos e residia em Portugal há mais de 20 quando decidiu entrar em contacto com uns familiares nos EUA. Foi esse telefonema que o traiu. Na passada segunda-feira Wright foi preso pela Polícia Judiciária nos arredores de Sintra, onde era conhecido por José Luís Jorge dos Santos.

A carreira de “fugitivo internacional” de Wright começou quando se evadiu da Prisão Estadual de Bayside, em Leesburg, onde cumpria o oitavo ano de uma pena de 30 anos, pelo assassínio de um veterano da Segunda Guerra Mundial, em 1962, num assalto à mão armada. Depois disso, ajudou a desviar um avião da Delta Airlines e aterrou na Argélia. Depois disso desapareceu dos radares, mas sabe-se agora que andou pela Guiné-Bissau, França e Portugal. (P.)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Flora Gomes: rói-te de inveja!!!

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Nô baiiiiiii.... AAS

N'bom, ali é riba más

- Depois de mais de duas semanas de acalmia, a oposição democrática da Guiné-Bissau voltou a pedir o Presidente da República para "exonerar" o primeiro-ministro Carlos Gomes Jr.

Dizem ser preciso "disciplinar" o PM no sentido de "respeitar os órgãos de soberania", uma clara alusão à oferta de exílio ao coronel Khadaffi, procurado por policias de todo o mundo.

Atacam ainda o Procurador-Geral, Edmundo Mendes, que, dizem, foi alvo de um processo por parte de um grupo de magistrados junto do Supremo Tribunal de Justiça. E perguntam "onde esta a Justiça" para isto.

O ministro do Interior, Fernando Gomes, também foi visado. "A remodelação governamental foi apenas para se adiar a marcha. Então, preparem-se para nova MARCHA e veremos quem a impedirá, desafiaram".;

- por seu lado, o empossado ministro do Interior, Fernando Gomes, está com a corda toda. O 'testa-de-ferro' de Carlos Gomes Jr, ameaça agora actuar contra as viaturas sem matricula: "Num prazo de 20 dias, nenhum carro circulará sem a chapa de matricula". Mas o próprio ministro sabe que há coisas contra as quais nada pode... AAS

Gossi i TORANJA

Um director-geral de uma empresa publica, carregou 20.000 fcfa. Pouco depois - e sem sequer fazer uma chamada - recebe uma mensagem da operadora Orange a informar que "o seu saldo e de 40 francos". Como e que pode?

Outro americano em Bissau

IMANE NAMOUJA, nasceu nos EUA e chegou a Bissau há muitos, muitos anos (diz-se mesmo que chegou a Bissau, vindo de Conacry, na mesma altura que GEORGE WRIGHT, outro norte-americano, detido em Portugal na passada terça-feira pela Policia Judiciária, com acusações de assassinato e desvio de um avião da Delta Airlines, enquanto membro dos Panteras Negras - e que andava 'fugido' há 41 anos).

Acontece que o agora cidadão guineense, militante e activista ferrenho do PAIGC, foi preso em Accra, no Ghana, há umas semanas, quando participava numa manifestação de apoio pró-Khadaffi. Namouja esteve nos calabouços durante uns dias, tendo depois sido libertado.

E quem mandou mesmo o Imane Namouja participar na manifestação em Accra? - o PAIGC de Carlos Gomes Jr., claro!!! E porquê? Isso agora são outros quinhentos...e que cabe ao PAIGC explicar. AAS

Guiné-Bissau fretou avião à Mauritânia para as exéquias de Aristides Pereira. Mais de 30 pessoas foram despedir-se do combatente. AAS

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Despedida emocionada a Ansumane Mané. Descansa em paz. AAS

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A título póstumo: Medalha Amílcar Cabral para Aristides Pereira

A Guiné-Bissau atribuiu ao primeiro Presidente cabo-verdiano, Aristides Pereira, a título póstumo, a Medalha de Ouro Amílcar Cabral, a mais alta condecoração do Estado guineense. AAS

Controverso, eu? Claro!

"Excepcional declaração de amor à Guiné-Bissau, por parte do jornalista António Aly Silva, natural do Quebo (a velha Aldeia Formosa). O AAS é talvez a figura mais controversa, mas porventura incontornável, da blogosfera guineense."
J.H.

M/N: De cada vez que te leio, sinto-me pequenininho. Abraço, amigo. AAS

Angola: Eu também quero!

O Governo de Angola 'ofereceu' um Toyota V8 ao ex-ministro da Defesa (hoje, na Função Pública).

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Agora, eu pergunto, não ao Governo de Angola - que está lá longe -, mas à Embaixada de Angola - que está à mão de semear, em Bissau: por que motivo se ofereceu um carrito de 70.000 euros a um ministro (à altura tutelar da pasta da Defesa, e em pleno processo de reforma na área da Defesa?) Agradecia uma resposta - se fizerem o favor, claro - 668 31 13. Me liga, vai!

À direcção-geral de Viação e ao meu bom primo e amigo Hélder Vieira: a série de matrícula CE vai apenas em três mil e qualquer coisa. Ora, porque tem o ministro a matrícula 66 68 CE? Pode ligar. AAS

Rebaldaria no Estado da Guiné-Bissau!

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