segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Guineenses, indignem-se! Escrevam para o Ditadura do Consenso e desabafem, exijam JUSTIÇA ao PGR/PM/PR. AAS

Contra o Jomav, marchar, marchar

A confederação das associações nacionais do sector privado promovem hoje uma manifestação, com início no Bissau-Velho, tendo como destino o Ministério das Finanças.

O propósito da manifestação deve-se - segundo a confederção - com o não pagamento da dívida interna (gente houve que já recebeu quatro vezes).

Acusam ainda o ministro das Finanças de favorecer a CCIAS (Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços), por querer o voto do presidente da CCIAS, Braima Camará, que é igualmente membro Bureau Político do PAIGC, para as autarquias. AAS

Entre aspas

"A vida é uma história cheia de ruído e de furor contada por um idiota e que nada significa" - Shakespeare

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Angola indica um general para seu Embaixador em Bissau

José Eduardo dos Santos parece decidido a proteger o investimento de perto de 1 bilião de dólares que Angola tem para a Guiné-Bissau - a construção do porto de águas profundas, em Buba, e a exploração da bauxite, no Boé (para além de uma linha férrea a ligar os dois investimentos): chegará brevemente a Bissau uma companhia de 600 homens (a maior parte de Engenharia Militar), o Presidente de Angola pediu agora ao Ministério guineense dos Negócios Estrangeiros, o agrément para acreditar Feliciano dos Santos como novo Embaixador da República de Angola na Guiné-Bissau.

Feliciano dos Santos é general e já ocupou o cargo de Chefe do Estado Maior da Marinha angolana. António Brito Sozinho, há quatro anos no posto, muda-se de armas e bagagens para Estocolmo, a capital sueca onde representará a diplomacia angolana. AAS

Angola Palace Quartel

O edifício do Bissau Palace Hotel, comprado por Angola - ou, se preferirem, vendido pela Arezki - tem poucos anos mas já leva muita história.

Já foi sede da Assembleia Nacional Popular, um Hotel de 5 estrelas (?!) e agora transformar-se-á num quartel - uma espécie de base militar de Angola na Guiné-Bissau. Consta que até terá celas para detenção...

O edifício, de uma arquitectura duvidosa, foi palco de uma jogada oportuna, de um jogador oportuno: Tarek Arezki.

Assim que calhou à Guiné-Bissau a realização da Cimeira da CPLP, Tarek viu ali uma oportunidade de negócio. Estava a jogar a sua cartada, um póquer de alto risco. De uma assentada, e em três páginas apenas, fez ajoelhar o Estado da Guiné-Bissau: ficava com o edifício, construiria oito suites presidenciais para albergar os chefes de Estado da CPLP (Lula da Silva, Fradique Menezes e Xanana Gusmão não compareceram)...e, depois, bingo: obrigava o Estado a pagar-lhe a dívida de vários biliões de fcfa.

O mínimo que se pode esperar, agora, é que a Arezki pague o imposto devido pela venda do Bissau Palace Hotel, ao Estado da Guiné-Bissau... AAS

O Mali está despachado. O próximo 'alvo' - a Tunísia. Para continuar a revolução...AAS

Photobucket

Descubram os criminosos

A semana que hoje começou marcará o ano II dos assassinatos de Tagmé Na Waie (01-março-2009) e de João Bernardo 'Nino' Vieira (02-março-2009), Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e Presidente da República, respectivamente.

Ditadura do Consenso junta-se à indignação. As imagens são chocantes, mas os criminosos e mandantes destas crimes bárbaros andam por aí, na mais completa impunidade. Essa é que é a verdade!

Mas a Europa - a cínica e velha Europa - só quer saber do 1º de abril, ainda que o próprio Primeiro-Ministro o tenha apelidado de «incidente». Que não foi, diga-se em abono da verdade. Mas, ainda assim, a Europa (e os EUA) quer fazer-nos crer que o 'incidente' do 1º de abril ultrapassa os crimes de sangue ocorridos a 1 e 2 de março de 2009, e 5 de junho do mesmo ano.

Também em junho milhares de guineenses voltarão a lembrar as figuras de Hélder Proença, de Baciro Dabó, e de mais dois cidadãos nacionais, caídos sob as balas de traidores e assassinos. Ditadura do Consenso antecipa a data. Porque há mortos de que vale a pena lembrar. Sempre.

Corre por aí que, nessa altura, não estarão no país nem o Presidente da República, nem o Primeiro-Ministro, nem o Procurador-Geral da República. E eu não gosto... António Aly Silva

Não, não e mais não

Fim de tarde no Mobby's, entre uma boa feijoada e uma caipirinha soberba, chegou-se, nem sei como, às 'nacionalidades por empréstimo'.
Defendi-me da melhor maneira que podia. Fui casado durante 9 anos com uma cidadã portuguesa. Estava separado há 4 e o divórcio está a caminho. "E não tens nacionalidade portuguesa?" - alguém perguntou.
Não - respondi. E antes que o céu desabasse, argumentei dizendo que, sendo cidadão do país mais pobre do mundo, seria como que um sacrilégio pedir a nacionalidade ao país mais pobre da Europa. Estavam a pedi-las.
É o que dá. Não são as perguntas dos jornalistas que provocam estragos, mas as respostas dos políticos... AAS

Sobre

"Os inimigos da campanha podem-se vencer uma e muitas vezes, os da nossa corte são invencíveis; Aqueles com as vitórias vão-se diminuindo, estes com elas crescem mais." Padre António Vieira (1608-1697)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

África é bom

"Sou um estranho aqui, pensei. Mas o whisky disse não e era a hora do dia em que o whisky tinha razão. O whisky tanto pode ter razão como não ter e dissera que eu não era um estranho e eu compreendi que estava certo a esta hora da noite. Seja como for, as minhas botas voltaram para casa porque eram de pele de avestruz e lembrei-me do sítio onde tinha encontrado a pele num sapateiro de Hong Kong. Não, não tinha sido eu a encontrar a pele. Tinha sido outra pessoa e então pus-me a pensar na pessoa que tinha encontrado a pele e nesses tempos e então pensei em diversas mulheres e como seriam em África e como tinha sido feliz em conhecer mulheres maravilhosas que gostavam de África. Tinha conhecido algumas francamente horríveis que apenas tinham ido lá para terem estado lá e tinha conhecido algumas verdadeiras cabras e várias alcoólicas para quem a África não tinha passado de mais um lugar para uma cabronice mais completa ou um mais completo alcoolismo. A África possuía-as e mudava-as a todas de um modo ou outro. Se não conseguiam mudar, detestavam-na. (...) Em África uma coisa é verdade ao amanhecer e mentira pelo meio-dia e não devemos respeitá-la mais do que ao maravilhoso e perfeito lago bordejado de ervas que se vê além da planície salgada e crestada pelo sol. Atravessámos essa planície pela manhã e sabemos que tal lago não existe. Mas agora está lá e é absolutamente verdadeiro, belo e verosímil." - Ernest Hemingway, em Verdade ao Amanhecer, um romance que tem muito de diário pessoal.

Super Domingo no X-Klub

Amanhã, a partir das 14hrs, venha relembrar os velhos tempos no X-Klub, num djumbai com música ao vivo, num ambiente agradável na companhia de Tóny Ferrage e Tchinho Centeio, ao som de mornas e coladeras. Entrada grátis.

Não-prisões + UNODC

Inauguradas há seis meses, até hoje as prisões de Mansoa e Bafatá estão às moscas. Portugal formou e equipou - da cabeça aos pés - os guardas prisionais e dois directoes. A UNODC - equipa de combate à droga da ONU, prometeu equipar as duas prisões...mas até hoje. Acho que na UNODC alguém anda a snifar cocaína...

INTERPOL tem sede mas...está na rua!

Inaugurada em dezembro de 2010, a nova sede da INTERPOl permanece fechada. Todas as obras e os equipamentos foram doados pelos EUA. Portanto, caros bandidos, façam o favor: não às cadeias. AAS

Exclusivo: Estado da Guiné-Bissau deve mais de 8 biliões de Fcfa à Guiné Telecom...

... Se levarmos em conta que 1 euro são 655 Fcfa...portanto seis vezes um...aliás, seiscentos e cincoenta e cinco vezes...bom, é só...é só fazer as contas!... António Guterres

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O dia da Justiça chegará

"Olá, Aly
Um fundo negro - eu compreendo-te.
Obrigado pelo teu empenho, e pela paz que consegues fazer chegar aos nossos corações.
Ansiosamente esperamos a cada amanhecer uma voz que proclame Justiça. E estou confiante de que esse dia chegará!.

Um beijo,

S.V.G"

M/R: Chegará, sim! Já faltou mais...outro beijo, AAS

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Assassinatos políticos de 2009: Estará o Presidente da República... envergonhado?

O Presidente da República, Malam Bacai Sanhã, prometeu publicamente - aos guineenses e à comunidade internacional - no salão da Presidência da República, perante os olhos e os ouvidos dos familiares e amigos das vítimas, “tudo fazer para que se descubram os mandantes e os executantes dos assassinatos políticos” que a Guiné-Bissau conheceu em 2009. Com murros na mesa e tudo.

Contudo, uma coisa é o PR prometer "reconstruir" o mercado central; outra, bem diferente - e mais sensível - é o PR prometer a esses familiares e aos amigos, que os assassinatos iam ser cabalmente esclarecidos... e estamos no ano II DC (depois dos crimes).

O CEMGFA, Tagmé Na Waie; o Presidente da República em funções, João Bernardo ‘Nino’ Vieira; o Deputado da Nação, Hélder Proença, e o candidato presidencial Baciro Dabó, tiveram mortes diferentes. O ex-CEMGFA foi morto à bomba(?) no dia 1 de março de 2009, ‘Nino’ Vieira seria assassinado horas depois, a 2 de março, na sua residência, tendo sido antes torturado, atingido com vários tiros, e, depois, esquartejado; Hélder Proença (mais dois cidadãos nacionais), foi atingido a tiros no baço, e Baciro Dabó foi morto à queima roupa, no seu quarto de dormir - todos no mesmo dia 5 do mês de junho de 2009.

Estamos em 2011, e nada. Ditadura do Consenso publicou os autos de testemunhas do Samba Djaló, do Monha Aie e do Almame Sanó (todos da Segurança do Estado). Nada. Ninguém mexeu uma palha. Adiante.

Pouco depois deste discurso inflamado de Bacai Sanhã, o Procurador-Geral da República, Amine Saad, pediu uma audiência ao Presidente da República. Estávamos em finais de 2010. Assistiram à referida audiência todos os procuradores-gerais adjuntos, o PGR, o vice-PGR e o Secretário-Geral do Ministério Público.

Amine Saad falou, falou, falou e queixou-se de todas as vezes que falou. Malam Bacai Sanhã ouviu, ouviu, ouviu e desabafou: “Estou perplexo com o que ouvi do senhor PGR, sobre a ausência de meios” (para prosseguir com as investigações) dos referidos assassinatos. E depois, o Presidente deu o coice: “Colocaram-me mal, estou envergonhado. Prometi aos guineenses e à comunidade internacional que tudo ia ser esclarecido”.

O Procurador-Geral da República desculpou-se então, dizendo ao Presidente que “o Governo priorizou o pagamento de salários, em detrimento de outros assuntos”, mas garantiu também que, “apesar de tudo (não será 'de nada?'), estamos a fazer os esforços possíveis”. O Procurador sossegou depois Bacai Sanhã com um “o Presidente não ficará envergonhado”. Nada aconteceu, até aos dias de hoje. Mas devia acontecer. Vergonha.

Tratando-se de um crime de natureza pública, oficiosamente o Ministério Público tinha de ordenar a abertura de um inquérito (trocado por peanuts: o Ministério Público é o advogado do Estado). E caso o não faça, o próprio Procurador-Geral da República, Amine Saad, está a cometer o crime de não promoção. E, chegando a este ponto, três saídas restam a Amine Saad: ou apresenta o relatório final, ou demite-se, ou é exonerado pelo Presidente da República. António Aly Silva

EXCLUSIVO: Gatunagem via Correios

O Ministério Público tomou de ponta os Correios da Guiné-Bissau. De uma assentada, foram ouvidos o director-geral, Sr. Burgo, e a directora financeira, Inácia Pontes. Descobriu-se um rombo de cerca de 9 milhões de fcfa - sub-facturação e pagamentos de subsídios não justificados, são os crimes de que são suspeitos. Contudo, o MP desconfia que o montante poderá ser bem superior.

Para já, ao director-geral, foi imposta a medida de coacção para se apresentar diariamente junto do Ministério Público; a directora financeira, por sua vez, aguarda novas ordens. Poderá ser, ou não, indiciada. O processo está na fase de acusação (que servirá de sustento à matéria de acusação em curso). AAS

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

UNIOGBIS - O país está-se borrifando, assim é que é

Quão doente tem de estar uma sociedade para que se gaste tanto tempo a esmiuçar uma entidade que devia ser responsável – falo da UNIOGBIS; e quão doente tenho eu de estar para começar mesmo esta crónica com a palavra “quão”? A resposta a estas duas questões só pode ser: muito. Evidentemente.

No fundo, no fundo (gosto, gosto), é também por causa da UNIOGBIS que Ditadura do Consenso brilha. Sem aquela noção de pecado (que caracteria o ser humano), de transgressão (que o persegue), de malandrice perversa (que o consome), a UNIOGBIS teria muito menos graça. Por isso – e peço desde já as minhas mais sinceras desculpas por dizê-lo assim, tão cruamente, mas a verdade é esta: a UNIOGBIS dá-me tesão. Não vale a pena escamotear a realidade que isso é para os hipócritas.

A UNIOGBIS faz mesmo muito mais pela minha sexualidade em cada um dos seus escândalos do que todas as mulheres que virei a ter na longa vida que ainda me resta, farão!

Joseph Mutaboba, há uns meses, mandou interposta pessoa para falar comigo. O telefone toca e eu atendo: “Tenho ordens do Mutaboba para jantar contigo”. Duas bicas, na ‘senegalesa’. A preocupação primeira do Representante (en passant) do secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau era: porquê a UNIOGBIS? Para mim, era óbvio, a pergunta tinha intenção provocatória. E no que me diz respeito, foi uma gafe – e o que as gafes têm de bom é que não perecem com o tempo. Perduram.

Mutaboba também queria, pasmem-se, que eu lhe dissesse os nomes das minhas fontes dentro das Nações Unidas. Isto mesmo que leram! E eu disse ao interlocutor “que tal... tu?”. Eu?! – disparou. Claro que ele nunca foi minha fonte. Mas nessa noite pagou-me o jantar. Mutaboba queria também que eu desse umas tréguas, e, sobretudo, que falasse das 'coisas boas' que a UNIOGBIS tem feito.

De uma outra vez, fui convidado para jantar num restaurante. Quando chego, reparo na composição da sala. Duas mesas estavam ocupadas. Numa, estavam oito pessoas: Reconheci apenas duas: o Joseph Mutaboba, e o Cônsul do Reino de Espanha, señor Pablo. Noutra, o amigo que me esperava para o repasto.

Mal entro na sala, e sou visto, começa a agitação. Alguém engasgou-se, outro tossiu; aqueloutro sussurrou qualquer coisa no ouvido de uma senhora. E o meu amigo, consciente do que estaria para acontecer, deixou os seus pertences na cadeira em frente a Joseph Mutaboba. Agarro nos dois telemóveis, na chave do carro, e sento-me a olhar para a mesa dois oito. A verdade é que uns minutos depois, conferenciam entre eles e...decidem ingloriamente abandonar o restaurante!

Outra verdade, é que a Guiné-Bissau não tem estado à altura dos acontecimentos. Pela simples razão que, muitos atropelos e violações de conduta (a UNIOGBIS tem um codigó de conduta próprio), a única coisa que parece evidente no caso da UNIOGBIS é que tudo vai enterrar no lodo.

Juntaremos, assim, à nossa prateleira de fracassos mais uns crimes sem castigo iguais a tantos outros que por lá ganham pó e são comidos por ratazanas reluzentes. Um rol de vítimas e sem culpados, a fazer lembrar casos célebres de corrompidos sem corruptores. Há que tirar ilações sobre a importância efectiva da UNIOGBIS, na Guiné-Bissau. O que faz e para onde vai. O que houver a proteger só estará cabalmente protegido quando se apurarem responsabilidades a todos os níveis.

Ser da UNIOGBIS não é crime; crime é não ter vergonha disso! AAS

Tribunal de Contas já tem Presidente + Marrocos

Um decreto presidencial nomeou, ontem, o magistrado Alberto Djedjo, como Presidente do Tribunal de Contas.

Djedjo, recorde-se, foi quem comandou a inquirição de testemunhas no caso do assassinato de Hélder Proença e Baciro Dabó - e que Ditadura do Consenso publicou em exclusivo.

Quem sabe se, com a saída de Alberto Djedjo, o famoso relatório que o PGR Amine Saad, prometeu divulgar há muiiiiiito tempooooo conheça a luz do dia...

O PGR, nomeado pelo Presidente da República, está a deixar impacientes os familiares das vítimas, e, soube o DC, a própria Presidência da República. Aliás, o PR Bacai Sanhá já manifestou a sua preocupação a Amine Saad em relação a estes assunto.

Outro decreto Presidencial nomeou Aboubacar Li como embaixador em Marrocos. AAS

Furacão Muita...bomba!

Depois dos posts sobre os apalpanços a mulheres pelos seguranças ruandeses do Mutaboba, e do acidente seguido de fuga do 3º na hierarquia da UNIOGBIS, o representante do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau mostrou os dentes.

Ausente do país, Joseph Mutaboba, avisou que ia "tratar" dos seus seguranças, e desabafou que era ele que "queriam atingir"... Pois.

Sobre o escândalo do acidente (recorde-se que esse sujeito atropelou, em completo estado de embriaguês - duas pessoas, em Timor, tendo depois sido expulso, e enviado, claro, para a Guiné-Bissau), está em investigação dentro da própria UNIOGBIS. Talvez o demitam e o enviem para a Líbia...

Está claro que Muitaboba não tem mãos na UNIOGBIS, por causa da indisciplina dos seus subordinados. Aliás, a UNIOGBIS, apurou o Ditadura do Consenso, tem já dez ruandeses contratados - uma secretária/assistente, um responsável pelos assuntos políticos (o nosso conhecido Samuel Gahiji), um responsável pela planificação (de escândalos?!), os cinco seguranças, e, off-course, o boss in charge, Joseph Mutaboba.

Pergunta-se, então, qual é a representação proporcional do Ruanda no objectivo da missão? Em 165 países reconhecidos pelas Nações Unidas, quantos estarão representados? Poucos. Escolhidos a dedo.

Os cidadãos portugueses, principalmente os da UNIOGBIS, são olhados com desconfiança. São tidos como "informadores" ou "agentes secretos". Ao serviço de quem? Tretas!

Como esclarecimento, digo já aqui que nenhum cidadão de língua portuguesa dentro da UNIOGBIS (nacional ou estrangeiro) me dá as informações para o blog. Eu tenho as minhas fontes, e elas, felizmente, estão bem informadas. AAS

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

ÚLTIMA HORA: Angolanos avançam com OPA sobre a Guiné-Bissau...

... Para mudarem o regime para cá. Isto, se 'a síndroma da Tunísia' - convocada para ter lugar «de Cabinda ao Cunene» - der para o torto no próximo dia 7 de março... Vou mas é dormir! AAS

P.S. - A propósito: alugo-me para sonhar... AAS

A estrada mais perigosa do mundo (as da Líbia incluídas)

Ontem, fim de tarde. Café Império. Um Conselheiro do Presidente da República que acompanhou Malam Bacai Sanhá na Presidência Aberta no Sul do país, desabafava sobre a viagem que acabara de fazer. Cansativa - foi a primeira impressão que me veio à cabeça. Será de resto a melhor tirada que ouvi... antes do coronel Khadaffi deixar o poder.

Mas o Conselheiro quase já chorava no colo do companheiro de mesa. Sofrera na pele o desgaste que aquela estrada impõe - e submete - aos incautos e gentes de gabinete. Afinal, referia-se à penosa estrada de S. João (a que vai dar à esquecida e paupérrima cidade de Bolama, a primeira capital, e onde, por azar ou coisas dos deuses, nasce um fruto chamado... Miséria. Como é que pode!): O conselheiro, sobre o seu maior pesadelo: "Nessa estrada, mesmo a andar a pé dão-se acidentes!", disse por entre um salto. E repetiu duas vezes. Queria deixar claro que não mais voltaria a Bolama, passando por essa estrada de S. João. Pelo menos por terra. Ele próprio acabara de sentir um solavanco, ainda que sentado num café, na poeirenta e desolada cidade de Bissau.

Os que o ouviram, deram gargalhadas, e um Deputado sentado na mesa ao lado, riu-se a bandeiras despregadas. Os cinco funcionários da Embaixada da Líbia, sentados mesmo ao lado, pareciam estar numa convenção, e nem reagiram às gargalhadas. Falavam baixo, estavam pálidos, beberricavam chás e sorviam cafés. Estavam, numa palavra, desolados! Tinham cara de enterro - o exílio não é pátria que convém...

Foi sobretudo giro ouvir um conselheiro falar assim, tão descontraídamente, e ligeiramente descaído para trás na cadeira. Ele mesmo, depois de contar isso, assobiou baixinho e levou o indicador aos lábios, movendo-o enquanto assobiava.

Aquela actuação do conselheiro merece uma medalha de ouro! Mas agora só cá para nós: não terá sido obra da Arezki? Sr. PGR, um inquéritozinho se fizer o obséquio... AAS

Adeus, Palace Hotel

Está confirmado: o Palace Hotel muda de mãos a partir de 1 de março. Ontem, houve uma reunião com todos os trabalhadores do hotel, na presença da Inspecção-Geral do Trabalho.

Ditadura do Consenso apurou que foi o próprio director do hotel, Eduardo, quem comunicou O fecho do hotel.

A venda do Palace Hotel (todo o recheio incluído) foi negociado em Luanda entre o proprietário, Tarek Arezki, e as autoridades angolanas. O custo deve ter rondado os 7 milhões de dólares norte-americano.

O destino da centena de trabalhodores do hotel não foi negociado, mas é quase certo que os angolanos precisarão de quem lhes cuide da roupa, dos quartos, do jardim, dos geradores e afins. Para já, começarão as obras de remodelação e ampliação com a construção de novos aposesntos, tudo para acolher da melhor maneira os 600 homens e mulheres destacados para Bissau. AAS

Ditadura do Consenso convoca o Povo guineense

... A exemplo da Tunísia, Egipto, Iémen, Líbia, os guineenses devem sair à rua. Vamos todos parar o País a partir do próximo dia 1 de Março, e exigir verdade e mais direitos!

Antecipemos a manifestação progressista marcada para Angola, para o próximo dia 7 de março, e mostremos ao mundo que vivemos numa ditadura camuflada, cheia de mentiras e pejada de bandidos! António Aly Silva

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Acabo de ter um violento acidente de automóvel na av. Amilcar Cabral. Depois de um raio X, apenas umas dores nas costas. Não foi desta... AAS

A Base (Al-Qaeda, em árabe)

Os 600 homens a enviar por Angola (chegam dentro de dias), ficarão instalados no Palace Hotel, de resto comprado pelo Estado angolano, soube o DC junto de fonte fidedigna.

"Angola comprou o Hotel Palace e terá lá as suas bases (logística e de habitação)", confirmou a mesma fonte ao DC.

Recorde-se que Angola chegou-se à frente, passando uma rasteirada à UE, e comandará todo o projecto da reforma nas áreas de Defesa e Segurança. Depois, logo se verá no que deu... AAS

Biás malgós

O Presidente da República, Malam Bacai Sanha, não terá apreciado a vasta comitiva que acompanha o 1º Ministro Carlos Gomes Jr na sua viagem para Nova Iorque, para participar, na próxima 6ª feira, numa reunião sobre a Guiné-Bissau (reformas da Defesa, Segurança e Administração Pública) no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"A Guiné-Bissau tem um Embaixador na ONU e não podia estar melhor representado. Uma grande comitiva é um peso enorme para a fraca economia do País", fez saber o PR ao PM.

De facto, a comitiva que acompanha Cadogo Jr é enorme e engloba muitos membros do Governo, assessores e Conselheiros do Primeiro-Ministro. AAS

António Russo Dias, embaixador de Portugal na Guiné-Bissau durante a guerra civil, está em Bissau. AAS

domingo, 20 de fevereiro de 2011

EXCLUSIVO DC/DROGA: A velha rota América Latina-África-Europa...já era!

As Alfândegas do Senegal apreenderam no passado dia 18 do corrente mês, um contentor que continha alguns automóveis, entre os quais um Porsche Cayenne, que, surpresa das surpresas - ou talvez não - trazia, para além do ar... cocaína com pureza acentuada, escondida nos pneus. A droga foi avaliada em cerca de 16 milhões de euros. Foram feitas cinco detenções: dois cidadãos espanhóis e três senegaleses.

Nas investigações que se seguiram, descobriu-se que o destino da carga era... ora, adivinhem lá... acertaram! - a Guiné-Bissau! Isto vem alterar a velha teoria da tão propalada rota América Latina - África - Europa. Ou seja, existe um novo MODUS OPERANDUS, com proveniência em Espanha. AAS

UN - Escândalos de alto a baixo

- Quando vão para as noites quentes de Bissau, o passatempo preferido dos seguranças de Joseph Mutaboba, representante do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau, é apalpar o rabo às senhoras. Tudo isto, claro, depois de valentes bebedeiras. Há cerca de um mês, apurou o Ditadura do Consenso, um deles teve essa infeliz ideia, e o resultado foi um violento estalo na cara! As NU sabem do sucedido, mas ainda ninguém agiu;

- Outro escândalo foi protagonizado pelo 3º na hierarquia da UNIOGBIS, em Bissau - um cidadão do Norte da Europa. Depois de ter batido num táxi, fugiu do local do acidente, mas foi encurralado pouco depois pelo próprio taxista. Na confusão que se gerou, começou por negar ter batido; apertado um pouco mais, aceitou, mas tentando subornar o taxista...

As Nações Unidas, apurou o DC junto de uma fonte bem informada, tentam abafar o caso. Mas agora é tarde demais...

Este funcionário da ONU, conhecido por gostar da sua pinga, já esteve em Timor, onde matou duas pessoas por atropelamento, depois de beber uns copos a mais. Foi demitido, e, claro, enviado para Bissau, a eterna terra onde já nem os tiros assustam vivalma! Mais desenvolvimentos amanhã, no Ditadura do Consenso. AAS

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Água mole em pedra dura...

... Tanto bate até que fura. E foi isso mesmo que acabou por acontecer.


Lembrar-se-ão certamente de uma história recambolesca publicada no Ditadura do Consenso, sobre um Mercedes Benz, blindado, que pertencia a 'Nino' Vieira e que a Presidência da República queria? Pois bem, desde o início de fevereiro que o carro está na posse do Departamento do Património da Presidência. Apareceram na oficina e sem mais ais levaram a viatura oferecida pelo Coronel Khadaffi.

A família do presidente assassinado em março de 2009, parece conformada, ainda que tenha razões para achar que tem havido dois pesos e duas medidas neste tipo de tomada de decisões...

Quanto ao Mercedes, permanece estático num canto dos vastos quintais da Presidência. Aposto até que ficará lá o tempo suficiente para que, à sua volta, nasçam vários outros mercedes não-blindados, claro) - pois para isso seriam necessários outros quinhentos... AAS

'República Árabe Saharaoui Democrática' - a eterna mancha

No dia 4 do corrente, um ministro de Estado junto do Presidente da República, garantia a um jornal marroquino que "a Guiné-Bissau defende a integralidade do território Marroquino". Leia aqui: http://www.lematin.ma/Actualite/Journal/Article.asp?idr=110&id=146323.

Uma afirmação feliz, visto que Marrocos é um Estado reconhecido pelas Nações Unidas. Ao passo que a 'República Árabe Saharaoui Democrática' apenas existe no papel. Não é reconhecido pela ONU como um Estado.

De resto, e por causa de um disparate do nosso Protocolo de Estado, ia havendo um conflito com o Reino de Marrocos aquando da tomada de posse de Malam Bacai Sanha como Presidente da República da Guiné-Bissau. 'Decidiram' convidar a RASD e o Rei de Marrocos!

Como Rei que é - Hassan II não é lá muito dado a disparates - o Rei preferiu ficar em Rabat. E, assim, veio o súbdito rebelde em representação do país da areia. No beija-mão que se seguiu, Abdoulaye Wade, Presidente do Senegal, esquivou-se ao aperto de mãos com o rebelede saharaoui. Os outros seguiram-no.

Pois bem. Agora, duranta a visita que efectuou a Dakar para consultas com diplomatas europeus, Carlos Gomes Jr voltou a desafiar o Estado. Questionado sobre o imbróglio, respondeu: "Estamos com a República Árabe Saharaoui". Podem confirmar aqui: http://www.donnetonavis.fr/actu/news/guinee-bissau-soutien-saharaouie_3807.html

Carlos Gomes Jr visitou Dakar enquanto Primeiro-Ministro, e não como Presidente do PAIGC. A eterna confusão partido-Estado perdurará até quando? E, já agora, porque não muda o PAIGC a sua bandeira?: a) Para continuar a confundir analfabetos? b) Porque tem medo? AAS