quinta-feira, 20 de agosto de 2015

GOLPE DE ESTADO: Opinião: "Decisão canalha"


"Aly,

Antes de mais, permita-me endereçar-lhe os meus vivos cumprimentos e felicitar-lhe pela coragem e determinação que tem demostrado no combate ao despotismo e ditadura que o JOMAV pretende instaurar na Guiné-Bissau.

Venho ao teu blog, roubar-te algum do teu precioso espaço, para tentar desabafar a raiva e a colera que invadem neste momento o meu coração ao tomar conhecimento da decisão canalha e desavergonhada do JOMAV contra o PAIGC e o seu presidente, o PM constitucional Eng° Domingos Simões Pereira.

Se o povo da Guiné-Bissau, aceitar este desmando de um homem inutil e retrogado como se nos mostrou esse homem, pessoa que julgaramos digno para desempenhar o cargo de Presidente da GB, o povo da Guiné-Bissau, pode-se preparar e aprestar-se a todo o tipo de desmandos e tirania de um homem que esta no seu primeiro ensaio para instaurar uma autentica ditadura na Guiné-Bissau.

A aceitar isso não me pode passar pela cabeça. Melhor seria não se realizarem mais eleições legislativas na Guiné-Bissau, ficando-se pelas presidenciais e, assim deixar ao critério do presidente-absolutista escolher o PM do seu agrado, seja ele seu balobero, tcholonadur di irã ou djikindur di ministério de finanças.

Na verdade, não valeria à pena, de ora em diante, fazer-se mais eleições legislativas, quando um orgão eleito por sufragio universal directo, o Presidente da Republica, acha-se com mais legitimidade, indo ao ponto de demitir, neste caso por questões intrinsecamente pessoais e de ego, quando bem entender, um outro orgão igualmente de soberania, ele também eleito democraticamente por via do sufragio universal inderecto (sistema proporcional de Hondt). Não, não vale à pena fazerem-se essas eleições. Não vale à pena haver democracia parlamentar na Guiné-Bissau e melhor seria instaurar o presidencialismo absolutista.

Se o PAIGC aceitar esse desaforo, é melhor fechar a sede e enterrarem as aspirações de Amilcar Cabral de uma vez por todas, como se enterraram os lixos toxicos de Chernobyl. De lembrar de que, o PAIGC, ja fora vitima de si proprio ao aceitar Nino Vieira em 2005 disvirtuar o resultado das urnas, dividindo o partido para lhes impor na altura um governo da sua conveniência e conivência. Hoje..., JOMAV vem com os mesmos métodos, mas com a diferença de que, com isso quer na realidade aniquilar de vez o PAIGC como partido de poder.

Os Libertadores que analisem e tirem as conclusões, pois o partido esta no fio da sua sobrevivência como partido de poder e, quiça, da sua propria existência.

Mato di Morés"