segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

UA/Guiné-Bissau: Reunião consultiva


Partindo de uma iniciativa da União Africana (UA), uma reunião consultiva sobre a situação na Republica da Guiné-Bissau teve lugar em Addis Abéba, no dia 26 de janeiro de 2013. Para além da UA, as organizações internacionais, que participaram na Missão Conjunta de Avaliação que esteve na Guiné-Bissau em dezembro de 2012, tomaram parte nessa reunião, nomeadamente a CEDEAO, a CPLP a UE e as NU.

A reunião, que foi presidida pelo Comissario para a Paz e a Segurança da União Africana (UA), o embaixador Ramtane Lamamra, contou com a participação do Sr. Kadré Désiré Ouédraogo, Presidente da Comissão da CEDEAO, do Sr. Murade Issac Murargy, Secretario Executivo da CPLP, do Sr Jeffrey Feltman, Secretario Geral Adjunto dos Assuntos Politicos das Nações Unidas (NU), e do Sr Nick Wescott, Director Geral para a Africa do Serviço Europeu de Acção Exterior. O novo Representante Especial do Secretario Geral das NU para a Guiné-Bissau, o antigo Presidente da Republica de Timor-Leste, o Premio Nobel da Paz, Ramos Horta, e o Representante Especial da UA na Guiné-Bissau, o Embaixador Ovidio Manuel Barbosa Pequeno, participaram igualmente nessa reunião. Os participantes procederam a uma troca de pontos de vista sobre a evolução da situação na Guiné-Bissau e sobre as conclusões da Missão Conjunta de Avaliação UA-CEDEAO-CPLP-UE-NU chefiada pela UA, que esteve na Guiné-Bissau de 16 a 21 de dezembro 2012. Os participantes tomaram nota dos progressos alcaçados pelos actores guineenses, insistindo no entanto, de que restam ainda outros desafios e metas a ultrapassar.

Os participantes chegaram a acordo sobre a necessidade para que as cinco organizações envolvidas de estabelecerem uma interacção estreita e de continuarem a trabalhar conjuntamente para assistirem a Guiné-Bissau de maneira eficaz. Nesse sentido, elas acordaram que o relatorio da Missão Conjunta deve ser submetida aos orgãos competentes das respectivas cinco organizações tendo em vista promover convergências quanto a apreciação dos progressos realizados e as perspectivas de contribuição coordenadas para a saida da crise na Guiné-Bissau. Os participantes saudaram o lançamento pelos actores guineenses, no seio da Assembleia Nacional Popular (ANP), do processo de elaboração Roteiro para a Transição. Sublinharam que o referido Roteiro, deve beneficiar de um consenso nacional e responder aos ensejos da Comunidade Internacional, com o intuito de marcar uma etapa qualitativa no processo de saida da crise. Os participantes, entre outras questões, retiveram o principio da realização de uma segunda Missão Conjunta logo a seguir a adopção do Roteiro da Transição para a saida da crise.

Djamil Ahmat

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