sábado, 27 de outubro de 2012

Uma noite em Djufunko


O povo guineense, e a comunidade internacional, não tiveram conhecimento do que se passou numa tabanca de Felupes, para os lados de Varela, há cerca de quatro semanas atrás. Um grupo de ladrões de gado tentou roubar vacas armados com bazucas e metralhadoras kalashnikov's, mas, para seu azar, os felupes estavam prevenidos e à espera armados com arcos e flechas. Conseguiram apanhá-los e liquidaram-nos a todos recuperando assim o arsenal que levavam.

Os seis infelizes que foram torturados antes de serem assassinados, como se pode ver pelas fotografias, foram mortos por vingança, dentro de uma casa e não no quartel dos pára-comandos como foi dito - depois da matança é que foram levados para lá - e estou a falar de cinco deles, uma vez que a sexta vítima foi morta, confirmou o editor do Ditadura do Consenso, em frente a populares na estrada que vai para Safim, precisamente no local onde controlam as senhas das candongas que vão para o interior do país.

Ligaram para ele a partir dali, um amigo fingiu um encontro e quando chegou o condutor do comandante dos pára-comandos já estava preparado e à espera. Começaram a atirar para os pés e depois acabou com o resto proferindo palavras de ameaças, inclusive que deixaria de gastar comida do quartel... Depois de assassinato, carregaram o corpo como se de um saco de lixo se tratasse, atiraram-no para a carrinha que pertencera ao ex-director da segurança de Estado e foram deitá-lo no campo de futebol onde os miúdos da zona costumam jogar.

Ainda voltaram ao local, proferindo várias ameaças veladas, prometendo matar e fazendo chamadas entre eles de que acabariam com todos se necessário fosse. Depois tudo isto todos se perguntam: porqué só felupes? Impõe-se, portanto, uma resposta: com tantas horas de tiroteio... as vítimas tinham que ser só felupes? AAS