sexta-feira, 22 de junho de 2012

Material militar usado na Guiné-Bissau já se encontra em Luanda


O navio angolano Rio M'bridge, que transportou o material militar usado pelas Forças Armadas Angolanas (FAA) e Polícia Nacional (PN) na Missão de Angola na Guiné-Bissau (Missang), atracou hoje (sexta-feira) na Base Naval da Marinha de Guerra, em Luanda.

Em declarações à imprensa na recepção do navio, que saiu da Guiné-Bissau no dia 7 do corrente mês, o tenente-general Gildo dos Santos referiu que "pensamos que com a chegada deste navio que transportou os meios da MISSANG, podemos dar por concluída a retirada das tropas angolanas".

Disse que o acto representa que "chegamos bem, retiramos todos os nossos meios e que os efectivos da MISSANG saem da Guiné Bissau com o sentimento de dever cumprido". O comandante das forças angolanas na referida missão afirmou que neste preciso momento, já não existem efectivos de Angola na Guiné-Bissau. O navio em princípio trouxe toda a nossa técnica, carros de tropas blindados e carros de carga sólida e líquida, explicou o tenente-general angolano.

Segundo o responsável, na base dos acordos bilaterais cumpriu-se com esta missão, tendo, entretanto, augurando que com a retirada do contingente angolano, todos os processos da Guiné-Bissau tenham a sua continuidade normal. A Missang, um total de 249 efectivos, entre militares e polícias, estava desde Março de 2011 na Guiné-Bissau, em resultado de um protocolo assinado entre os ministros da Defesa dos dois países, complementar a um Acordo governamental, ratificado pelos respectivos parlamentos.

A missão foi interrompida pelo Executivo angolano, na sequência da crise interna político-militar registada naquele país e que culminou na deposição do Presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Gomes Júnior. A cooperação técnica militar angolana previa uma ajuda ao programa de reforma das forças armadas e da polícia guineenses, consubstanciado na reparação de quartéis e esquadras, reorganização administrativa, formação técnica e adestramento militar, bem como a formação de efectivos em instituições de ensino militar e policial. AngolaPress