terça-feira, 28 de junho de 2011

P.R.S., em comunicado, pede a demissão do Primeiro-Ministro

1 - Desrespeito do ministro Botche Candé para com a ANP, ao recusar, de forma arrogante, ser interpelado por este órgão de soberania, no exercício do seu mais elementar direito, a fiscalização dos actos do governo, violando desta forma categórica a solidariedade institucional que sempre existiu e deve existir entre os órgãos de soberania´;

2 - Desprezo em relação ao não acatamento de uma decisão judicial sobre o despacho ds 50 fcfa por quilograma da castanha de caju exportada. Para o PRS, trata-se de um autêntico roubo, e por isso consideramos que a atitude do governo em relação a esta matéria deve ser responsabilizada. Não se pode viver em democracia sem respeitar as leis. O governo de Carlos Gomes Jr pauta-se pela lógica do demando;

3 - Sobre os assassinatos do Hélder Proença e do Baciro Dabó, a nossa posição é clara: uma vez que o Ministério Público não os responsabiliza no alegado golpe de Estado, consideramos que a atitude mais acertada a tomar, seja a DEMISSÃO do Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr., porque foi ele o MANDANTE das operações que originaram a execução dos dois parlamentares, segundo se pode depreender das declarações públicas do então CEMGFA, Zamora Induta, que dizia que a parte da missão que lhe cabia estava cumprida. Portanto, os poderes políticos que se encarregassem do resto. de resto, o próprio Primeiro-Ministro justificou-se na altura, escudando-se, quando interpelado no estrangeiro, dando claramente a entender que sabia da operação;

4 - Ainda sobre esta matéria, devemos também lembrar das promessas que o Primeiro-Ministro fez, à União Europeia, qando esta organização ameaçou publicamente sancionar altas figuras do Estado com a iminência de perda de financiamentos de programas de cooperação no âmbito dos acordos de Cotonou;

5 - Estamos a assistir com inquietação à passividade das autoridades perante um aumento da criminalidade, e ainda por cima com agentes da autoridade envolvidos. O caso do polícia, no Sul, disfarçado com um enorme uarambé, e que foi ouvido em Bafatá. Sabemos que não lhe foi imposta nenhuma medida de coacção, e continua livre pelos bairros de Bissau. Onde está a autoridade, para estes casos?

6 - A carestia de vida atingiu níveis insustentáveis, de tal modo, que as franjas mais vulneráveis da nossa população jã não conseguem suportar os preços praticados nos produtos da primeira necessidade. O governo, ao invés de resolver esta candente situação, continua ESCANDALOSAMENTE a pagar chorudos subsídos (publicamente denunciado pelo PRS) aos seus membros, mas sempre vai dzendo que não tem dinheiro para pagar aos magistrados em greve;

7 - Por estas razões, e pela total falta de sensibilidade que denota a atitude do governo, em levar a cabo medidas tendentes a por cobro a estas situações, o Partido da Renovação Social - PRS, reserva-se ao direito de convocar para breve uma marcha pacífica, convidando para tal todos os partidos políticos da oposição, a sociedade civil, os familiares das vítimas dos assassinatos e a população em geral;

Esta manifestação, aliás, normal em democracia, vem na sequência de uma profunda reflexão da parte da Direcção Superior do PRS. Consideramos por ora suficiente esta forma de luta, na perspectiva de chamar a atenção do povo guineense, da comunidade internacional, dos poderes públicos responsáveis, para que, quem de direito, adopte medidas correctivas a fim de evitar possíveis derrapagens na ordem democrática que vivemos.

A Direcção Superior do Partido da Renovação Social