terça-feira, 5 de outubro de 2010

Em nome do filho, do espírito... e do diabo

"A
S. Excia. O Senhor
Presidente da República,
Sr. Malam Bacai Sanhá
República da Guiné-Bissau
BISSAU

N/Ref. Nº75/010/CDG/GAD

Bissau, 27/09/010

ASSUNTO: Processo nº10/2010, em curso na Procuradoria-Geral da República:

Excia. Sr. Presidente:

1. É com o meu conhecido espírito de inter ajuda e de intevenção de mediações de conflitos, que V. Excia. bem conhece, que lhe dirijo esta carta.
2. Eu sei, que em jurisprudência, um Pai não pode testemunhar um conflito a favor do filho, razão porque deverá julgar, que é com o meu espírito de intervenção voluntário conhecido por V. Excia., que intervenho, para alertar V. Excia. do seguinte.
3. Meu filho Carlos Gomes Júnior, na sua despedida em viagem para a China, entregou-me uma fotocópia da carta atrás referenciada, sem data s/n do ofício que devia ser, sem assinatura do Sr. PGR, ou alguém que se identifique como seu autor, referente aos assassinatos que identifica o ex-Presidente da República, João Bernardo Vieira e processos s/nº dos casos relativo aos acontecimentos de 4 e 5 de junho de assassinatos de Hélder Proença e Baciro Dabó.
4. As faltas apontadas, levam a concluir que V. Excia. mesmo concluiu que o documento é de uma imprecisão condenável, que se pode abertamente classificar de uma preparação de um enredo visando alguém, que apontou, como sendo o Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior, mas, com uma consciência clara das responsabilidades que aponta o Artº 246º do Código Civil, relativamente a reacção que podem advir, da pessoa atingida (indemnizações) mas que pode desenrolar em muito mais do que isso, em relação ao abalo mais uma vez, do Executivo que claramente se pretende atingir. Daí que, felicito a V. Excia. pelo silêncio votado ao documento, que o filho disse, que mostrou a V. Excia. e declarou não conhecer o documento. Mas convém não ficar por ali, relativamente aos autores do documento, porque ameaçaram a própria credbilidade de V. Excia., se desse crédito ao documento, afirmação que faço com base no que vai abaixo.
5. Ousados, deslocaram-se ao local do crime, (residência do ex-Presidente General ‘Nino’ Vieira, para constatarem o que se passou), incluindo providencialmente a minha pessoa, em virtude do móbil do documento, que me é dado a comentar. Foram eles:

a) S. Excia. o Sr. Ministro Luís Oliveira Sanca
b) Armando Correia Dias
c) Deputado Conduto de Pina
d) Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai)

6. Fui o último a chegar, os populares aglomerados ao parar o carro e a dirigir-me para a residência, houve vozes que aclamaram o perigo, dizendo, ainda estão lá militares, com um gesto rasgado, assinalei que não estava armado, ia numa missão que me impuz, como ex-Membro do Conselho de Estado.
7. Bati a porta, o militar de guarda, não impediu, deixou-me entrar livremente, dirigi-me aos presentes enumerados, para saber o que estava projectado, aguardava-se a chegada da ambulância, chegou a primeira, fez-se transportar o corpo do cadáver (?!) que estava no quintal, na minha presença.
8. Chegou a segunda ambulância, impunha-se a entrada dos presentes, os militares só permitiram a minha entrada e do Deputado Conduto de Pina, o que constatamos, não é o que vai no pseudo relatório das audiências, em relação onde se desenrolou a sena (cena?!) do esquartelamento (esquartejamento?!) e fuzilamento. Dentro da casa sim, mas não conforme o relato do desenrolar descrito. Para sugerir V. Excia., que a audição da viúva, ex-Primeira Dama Dona Isabel Romano Vieira, impões-se, para salvar V. Excia. e o País, da fogueira que alarva pelo estrangeiro fora. Devem ser criadas condições que consta, ela pede por carta, para ser ouvida, fora do País. É útil para nós todos, para evitar uma reacção dela com um desmentido, que estou procurando evitar, ela antes de partir, refugiou-se na Embaixada de Angola em Bissau, eu estive lá pessoalmente, sem falar no ocorrido, mas ela falou com muita gente em Bissau concerteza, relativamente aos acontecimentos, do que é voz corrente entre as populações.
9. Quanto ao móbil da tentativa do pedido de audição ao Sr. Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior, V. Excia. é bem experiente e tido como um político arguto, não necessita de qualquer recomendação para a leitura que conhecemos dos métodos utilizados pelo Sr. Procurador Geral da República, durante o levantamento de 07 de junho de 1998. trabalhamos juntos, V. Excia. como Presidente Interino, eu como Ministro da Justiça, razão porque fiz questão de lhe juntar fotocópia da proposta que enviei ao Sr. Primeiro Ministro Francisco Fadul, do documento que consta do meu relatório do desempenho resultado de muitos confrontos dele com a Liga dos Direitos Humanos, que o Governo e V. Excia., muitas vezes pediram a minha intervenção. Por outro lado, tem stafes (?!) bem competentes, para alertar V. Excia. dos encolhos a enfrentar de certeza do conhecimento do Sr. Procurador Geral da República Dr. Amine Saad, relativamente a consistência das provas documental, para se enveredar pelo caminho que aponta, de pedir autorização para ouvir o Primeiro Ministro. Pergunta-se, tem provas documental assinado pelo Primeiro Ministro que a lei exige exibidos pelos declarantes de que receberam qualquer ordem, que deviam exigir? Para atender o pedido do Sr. Procurador, teria que destituir o Governo, que preside o Executivo. Pergunta-se e se não surtirem provas convincentes?
10. Excia., permita-me terminar, esta é mais uma prova da minha frontalidade que conhece bem, também S. Excia. o Procurador meu amigo, Dr. Amine Michel Saad, esperando de certeza, que esta oportuna chamada de atenção não vai modificar o nosso relacionamento e maneira de estar. Para o salvar do conflito que enfrentou com o ex-Presidente ‘Nino’ Vieira, depois da minha intervenção voluntária, sem ele saber, reconheci a necessidade de ele me acompanhar ao gabinete do ex-Presidente, aceitou, a chegada, foi anunciado a nossa presença, a resposta, foi, que só entro com ele acompanhado, o ex-Presidente acabou por aceitar. Depois pretendeu certa declaração do Dr. Amine, opuz e foi em pleno julgamento em Tribunal que mandou-me avisar pelo protocolo Arlindo, que consegui a suspensão do julgamento para negociarmos. Da negociação e contactos telefónico, consegui a absolvição dele. Com estes dizeres, só pretendo evitar a agudição da situação, envolvendo V. Excia., para aguardar, que o Sr. Procurador obrigue os auditores, ao pleno respeito pelo Artº 246º do Código Civil e evitar tudo que possa contribuir para um envolvimento sério, para desbravar onde está a razão do que vem na internet e do que consta a nós tdos dos verdadeiros autores, que se vem polulando e que não constam seus nomes do documento em causa, de que o filho é portador e diz, ter entregue a V. Excia?

Subscrevendo com a mais alta estima e muito respeito pela pessoa de V. Excia. pelas intervenções que me vem chegando, incluindo a intervenção de 24 de setembro ainda em curso, opinando pela verdade e justiça, dando conta de conhecimento das manobras de grupinhos que não visam os objectivos da Paz que se preconiza, mas sim, seus enteresses particulares camuflados, repito parabéns.

De V. Excia.
Carlos Domingos Gomes

C/C: Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior, Mnistro da Justiça Mamadu Saliu Pires, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça Maria do Céu Monteiro, Procurador Geral da República Amine Saad, Presidente do Conselho de Administração da Voz di Paz, D. Camnaté na Bissign, Deputado da Nação Conduto de Pina, Ministro da Administração Interna (Territorial...), Luís Oliveira Sanca
"


MINHA NOTA: A carta está transcrita tal e qual, os pontapés na gramática idem...itálicos meus AAS