quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sr. General Verastegui, duas cartas para si (desculpe lá ter aberto os envelopes...)

A PRIMEIRA CARTA:

Sr. Aly


Em primeiro lugar gostaria de lhe desejar um feliz Ano e votos de muitos sucessos para si e para o seu blogue, do qual eu sou uma fã, e uma visitante assídua.
Li a carta publicada nos últimos dias, que aliás tem sido motivo de muitas discussões e de muita polémica, e queria deixar alguns comentários sobre o assunto.
Na minha opinião, é uma vergonha o comportamento e atitude desse general (Verastegui). Afinal de contas quem é que ele pensa que é? Desde quando se despede alguém verbalmente? Talvez na terra dele? E isso não são modos de se falar com ninguém, já não estamos no tempo da ditadura por amos de Deus !!!
Pelo que pude apurar sobre o assunto,a Senhora em questão é esposa de um ex-governante do País, e que estava em funções quando tudo isso aconteceu. Desculpe mas isto é inadmissível.Uma falta de respeito para o Estado Guineense. Eu penso que a justiça deve ser muito rigorosa a este respeito, para não abrir precedentes.
Um grande abraço para si, e bem haja! Myrtha Rodrigues


A SEGUNDA CARTA:

Senhor Aly!


Muitos parabéns pelo seu blogue, e também pela atitude corajosa que tem demonstrado perante os abusadores de poder.

Antes de me pronunciar sobre o que me levou a dirigir-lhe esta carta, queria pedir-lhe que a publicasse no seu blogue.

Queria fazer alguns comentários sobre a carta dirigida ao Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, e deixar aqui a minha opinião sobre a atitude do Senhor General e também dizer à Senhora em questão que não desista da sua luta pois a razão está do seu lado.

Todas as formas de violência exercidas no trabalho (ameaças) violência psicológica (intenção de magoar) e intimidação, devem ser severamente punidas por caracterizarem em acto de cobardia inqualificável. E sempre que qualquer forma de violência tem origem numa Chefia, a situação é mais grave, pela superioridade de domínio do Agressor.

Para além de tudo não podemos substimar as consequências desses actos sobre a vítima:
- Desmotivação,
- Nervosismo,
- Falta de concentração,
- Perturbações do sono,
- Perturbações físicas e psicológicas, entre outras.

A atitude desse Senhor é uma clara e flagrante violação dos Direitos Humanos e Direitos do Trabalhador,que aliás são uma constante no nosso País e talvez por isso ele tenha sentido coragem para fazer o que fez.(Si garandis di casa ta chami fidjus tudo ta nornori)

É uma pena ver como somos tratados por essa gente que vem para o nosso País encher-se de dinheiro sem nada fazer, levando a boa vida que levam, sem que ninguém se decida a por um termo a estes abusos.

A Reforma do Sector de Defesa e Segurança na Guiné-Bissau devia ser feita com o apoio dos Países vizinhos e Países da CPLP, e ser chefiada por um desses Países e não por um general espanhol que não têm nenhuma afinidade connosco.

Eu podia continuar a escrever sobre o assunto, e acredite que não me faltariam argumentos mas penso que disse o essencial. Espero que a Justiça seja feita, e que a Senhora que foi vitima da prepotência e abuso de poder do Sr. General, não desista mesmo e que saiba fazer bom proveito de tudo o que foi dito aqui, a seu favor.

Um Bom Ano para si, e os meus votos de muitos sucessos

Djibril