sábado, 12 de março de 2005

Manifesto de pré-candidatura

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O povo da República da Guiné-Bissau, será chamado às urnas ainda este ano para escolher um Presidente da República, eleito democraticamente e pelo voto de todos os cidadãos da Guiné-Bissau. Neste momento da vida do país - em que se defrontam todos os contrastes; a riqueza e a pobreza, a opulência, a miséria cultural e a barbárie, a inteligência e a estupidez, o amor e o ódio, o altruísmo e o egoísmo, a paz e a guerra, a virtude e a imoralidade, a esperança e o desespero – há, contudo, três coisas que a mulher e o homem guineenses exigem constantemente: A paz, o pão e a liberdade.
Efectivamente, para os guineenses, já não restam dúvidas de que os protagonistas dos vários regimes políticos que comandaram este país durante 31 anos, tiveram tempo de mostrarem o que valem, tendo-o feito pela negativa. Assim, urge, democraticamente, dar-lhes um combate sem precedentes, combate esse baseado na tolerância e numa nova esperança que paute pelo respeito e observância dos direitos humanos (a violência e a violação dos direitos humanos foi sempre uma prática costumeira desses regimes).
Este combate contra o clientelismo político estabelecido e contra a corrupção instituída, tem objectivos claros: devolver ao povo guineense a dignidade e e a autoconfiança merecidas e rumar para o desenvolvimento. Neste contexto é minha profunda convicção de que é preciso fazer algo pela Guiné-Bissau e pelos guineenses, independentemente da sua raça, etnia ou crença.
Há 31 anos que assistimos e consentimos ao constante adiamento de um direito universalmente consagrado – o direito de um povo e a sua vontade sobre o modelo de sociedade que pretende instituir. É minha convicção de que os guineenses, movidos pela sua inabalável vontade de proceder a uma alternância política, seja imperioso cerrarem fileiras contra esta estirpe perniciosa, à qual não é senão uma combinação do absurdo e do ridículo, que levou a Guiné-Bissau aos piores lugares do ranking mundial em termos de desenvolvimento humano, não obstante serem de todos conhecidos as enormes potencialidades do país.
Por esta razão, e declarando o meu vivo repúdio a este estado de coisas, pelos quais, aliás, declaro estar consciente e disposto a dar a vida, se torna necessário bater-se com vista a tornar realidade a nova causa guineense. Interpretando fielmente a sentir e o pulsar da maioria dos guineenses e escolher entre viver na miséria, na desgraça e na humilhação, preferi a luta por ideais em que acredito.
Agradecendo de antemão todos os apoios, deixo aqui registado a minha garantia antecipada de que o vosso gesto afigura-se importante para a Pátria guineense, conquanto possa contribuir e traduzir-se gradativamente no penhor seguro de uma necessária vitória do meu projecto nas eleições presidenciais que se avizinham e na luta pela materialização na Guiné-Bissau dos mais profundos anseios do povo guineense.

Pela Guiné-Bissau, por todos os Guineenses e pelo Progresso da Guiné-Bissau.
Feliz Ano Novo de 2005
Viva a República da Guiné-Bissau
António José Aly Rodrigues da Silva